1 ANO DEPOIS

...Rebecca ...

"Você não se cansa de me deixar mal na frente dos meus amigos e sócios, primeiro escolheu aquele curso que não serve para nada, pensava querer ser ao menos uma professora universitária, mas quer ser escritora, e agora diz que não quer se casar"

O meu pai diz, visivelmente se controlando, mas não pretendo ceder.

"O senhor quer que eu me case com Enzo, não quero, não gosto dele!" digo com firmeza

"Não preciso que goste dele, só preciso que se case, será importante para os negócios, os Hernandez são uma família com poder e nós temos dinheiro, se nos unirmos todos sairão ganhando"

"Então é isso, tudo sobre negócios, e os meus sentimentos, senhor?" pergunto com um nó na garganta olhando-o nos olhos.

"Por acaso está apaixonada por alguém?" ele responde com outra pergunta.

"Na-não senhor" minto desviando o olhar.

"Então, qual o problema?" ele pergunta franzindo as sobrancelhas.

"E se eu gostar de alguém? O que devo fazer?" Falo esperando que ele entenda.

"Esquecê-lo. Eu só tive uma filha única, não tenho um herdeiro para assumir os meus negócios, então deve se casar com alguém da minha escolha e me dar um neto saudável. Eu te deixei que fizesse a faculdade que queria e perseguisse o seu sonho inútil, agora deve devolver-me o favor".

"Favor? Que favor? Eu entrei na faculdade por mérito próprio, eu estudei e ganhei a bolsa integral, eu trabalho, pago o lugar onde moro e todas as minhas contas, que favor você fez para mim todo esse tempo?" digo entre dentes com os olhos cheios de água, tenho vontade de chorar, mas não farei isso aqui.

"Eu te deixei viver, te dei um sobrenome, pensa que seria alguém sem mim? Acha que teria chegado a algum lugar sem a minha ajuda? Se você é algo hoje foi porque eu permiti. Ele diz cruel e implacável, ferindo-me por dentro. Caminho até a saída do escritório e saio batendo a porta, os meus olhos encontram um par de saltos vermelho, subo a minha visão e vejo meu algoz, a pessoa que assombra os meus pesadelos a noite, a esposa do meu pai.

"Parece que não entendeu ainda, você não é ninguém" diz sussurrando no meu ouvido "Não tente ser alguém, não queira ser especial, se eu estalar os meus dedos, tudo que você mais ama desaparece" ela olha nos meus olhos, com o rosto a centímetros "Apenas faça o que lhe mandarem e seja o que quiserem que você seja, não se atreva a desejar que o seu pai te enxergue, ele só ouve a mim e enquanto eu quiser, você será apenas um estorvo para ele" os seus olhos refletem pura maldade e rancor, engulo a vontade de chorar quando as suas unhas se encravam na minha mandíbula.

A porta se abre e o meu pai sai com uma expressão confusa, "O que está acontecendo aqui?", a mulher que a segundos me ameaçava, põe as suas mãos no meu rosto fazendo um carinho e diz com um sorriso falso

"Estava olhando como Rebecca está tão bonita, puxou a mãe com certeza, estava-lhe dizendo agora como será uma excelente esposa, não é?" ela pede-me confirmação, mas eu apenas me viro indo embora, ainda a ouço dizer "Volte mais vezes querida, sentimos a sua falta", hipócrita.

No caminho para casa, deixo as lágrimas seguradas até agora caírem livremente, sinto as minhas forças se esgotando e o meu corpo caindo, antes de cair o meu corpo é segurado por alguém, essa sensação tão familiar... Alex, já faz um ano, por onde andou todo esse tempo?

Meus olhos se fecham e a última coisa que vejo antes de perder a consciência é o seu lindo sorriso.

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Comments

Vera Lúcia Vieira

Vera Lúcia Vieira

que pessoas sem noção não fazem nada por ela e ainda se achando no direito de cobrar o que não fazem que horror

2025-04-04

1

Elaine Maria

Elaine Maria

Que incrível

2025-01-21

1

Ver todos

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