Magnus exibia-me como se tivesse muito orgulho de ter-me por perto. O que era até engraçado... Por que ele não sentia nada por mim além de nojo e ódio.
A forma que ele me tratou hoje me deixou muito surpresa. Pensei que estava sonhando,já que ele nunca foi cordial comigo. Mas eu entendi assim que chegamos a esse jantar.
Ele está fazendo isso só porque o Senhor Giordano está presente. Eu odeio o modo como ele finge. O modo como ele não sabe disfarçar o olhar de repúdio quanto a mim.
Eu estou acostumada com ele me odiando,mas ele fingindo que gosta de me ter por perto me deixa enjoada. Prefiro que ele destile seu ódio por mim. Que me despreze sem nenhuma falsidade.
Eu saí para respirar um pouco de ar fresco e encontrei um jardim muito bonito. Havia várias rosas,de todas as cores. E eu amo as rosas,plantas e tudo que a natureza possa ter.
Senti alguém se aproximando e me virei,vendo o médico que me atendeu no dia em que eu caí da escada.
- Você está bonita,Senhorita Mia!! - falou sorrindo
- Obrigada,Senhor Michello! Não sabia que estaria em um lugar...assim!
- Eu...faço parte da organização! Sou o médico em quem eles confiam quando alguém é ferido!
Falou sorrindo
- Ah!!
- Quer caminhar comigo?? Preciso espairecer. Sabe ...muita gente! Em que eu não confio muito.
Suspirei e levantei o olhar para ele
- Não é uma boa idéia!! Não sei o que podem falar se nós verem juntos! Não quero arrumar problemas com Gior... - parei de falar assim que Michelo sorriu largamente - Magnus.
- Te entendo! Mas,eu não quero te seduzir ou algo assim, Senhora Giordano!
Bufei e gemi internamente
- Por favor!! Não me chame assim!!
- Por que não?
Escutei a voz que me atormenta atrás de mim. Me virei e vi Magnus com ódio nos olhos. Mas,pela primeira vez,não estava destinados a mim. Michelo era o alvo da vez.
- Por que ela não gosta! Não é, Mia?
Michelo proferiu com um sorriso no rosto. Magnus fez menção de avançar em Michelo,mas eu entrei na frente dele o fazendo direcionar seus olhos ardentes em mim.
- Saía! - rugiu e num impulso coloquei as mãos em seu peitoral
- Por favor!
Supliquei e parece que a raiva triplicou
- Está defendendo ele?
- Não...só....só,não quero criar confusão! Até porque,ele não estava fazendo nada. Só estava sendo gentil.
Ele respirou fundo com olhos fechados e quando abriu parecia mais calmo.
- Ok! Vamos embora! Meu pai quer falar conosco antes de irmos.
Acenei e me virei para o Michelo. Acenei e saí andando em direção aonde acontecia a festa.
......................
POV: Magnus
Cheguei bem perto dele para que ela não corresse o risco de escutar o que eu ia proferir em seguida.
- Fica.longe.da.minha.esposa!
Ele deu um sorriso irritante
- Ela é minha paciente! Sempre vou me preocupar com ela. E julgando pelo o que eu já vi você fazer...creio que ela está em perigo. Você não é de confiança,só pensa em si mesmo....e ela tem medo de você! Acho que nunca reparou...a forma como os olhos dela desviam dos seus,o jeito como estremece quando fala com ela. No hospital ela implorou que não deixasse você entrar. Comportamento estranho vindo de uma jovem que se casou a pouco tempo.
- Você não é pago para saber da vida dos pacientes,você é pago para curá-los.
Falei com raiva
- Isso se chama empatia,Magnus. Se chama humanidade,se importa com o próximo. Ter o mínimo de consciência. Eu faria por qualquer um.
- Tão bonzinho! Nem parece que,fodeu com a vida da...
Ele não me deixou terminar,socando a minha cara.
- Não se atreva a dizer o nome dela! Você foi quem nos arruinou. Você quem fez ela....
Ele não conseguiu terminar porque saquei minha arma e apontei para ele. Depois de segundos ele deu um sorriso forçado.
- Vai em frente! Acabei logo com isso. Mostre do que é capaz,prove que eu estou certo! Deixe o maligno Magnus sair. Mostre como é o senhor sem alma.
O SENHOR SEM ALMA
Era assim que eu era chamado no submundo. O tão assustador Sem Alma. O homem cruel que foi criado para ser o pior dos piores. O matador sem dó nem piedade.
E o doutorzinho na minha frente está preste a conhecê-lo.
- VAI MAGNUS!
Gritou e eu destravei a arma.
- ABAIXA A ARMA,MOLEQUE!
A voz do meu pai trovoou atrás de mim. Abaixei a arma e Michelo parecia decepcionado.
Ele queria morrer?
- Não posso virar as costas e você já arruma confusão. Michelo me deixe a sós com esse basttardo.
- Sim Senhor! E Magnus! - se virou para mim - Não vou ficar longe dela.
Assim saiu em direção ao salão de festa.
- O que foi dessa vez,Magnus?
- Nada pappa! Vamos entra!
Tentei passar por ele,mas ele não deixou.
- Nem pensar. Diga logo o que ouve!
Suspirei pesadamente
- Não foi nada pai! Ele só me irritou.
- Tudo te irrita Magnus! Foi assim que Mia quebrou o braço? Te irritando?
- Pappa,eu nunca a machucaria! Que história é essa.
- Acha que sou idiota? Aquela conversa de que ela caiu porque o chão estava escorregadio não me convenceu nem um pouco! E se eu descobrir que você teve alguma coisa a ver com isso eu acabo com você,seu imbecil.
Fiquei calado.
Sei que Mia não dirá nada ao meu pai. Mas,e pra Molly?
Ela contou?
- Tá bom pai!!
- Agora vamos! Leve sua mulher para casa,ela está se recuperando ainda! Não pode deixar ela se cansar. É seu dever cuidar dela. E por favor...a trate bem.
Saí pisando duro.
Vi ela sentada afastada de todos bebendo um suco ou algo do tipo. Fui até ela vagarosamente.
- Mia! Desculpa pelo me comportamento.
Ela se engasgou e começou a tossir sem parar. Dei uns tapinhas nas costas dela para ajudar. E assim que se recuperou ela me olhou e disse.
- Pare de fingir que se importa!!
Quem pode julgá-la por não acreditar em mim?!
Eu não.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Keila Mar
verdade, pq acreditou nas palavras da tia, que tipo de mafioso ele é que acredita sem investigar
2025-04-15
2
Gigliolla Maria
tá na hora dele descobrir tudo sobre a vida da esposa mia
2025-01-06
0
Erica Souza
paola só estava com ele por causa de dinheiro
2025-02-03
0