Anda Catarina! Estamos atrasados.
- Estou indo! Amor você pode prender o meu colar? Eu peço e me aproximo. Me viro de costa e ele prende o colar ao meu pescoço.
Roberto dá um tapa no meu bumbum. E beija meu pescoço.
- Você é linda demais Catarina. Ele diz e me estende o braço. Eu passo meu braço pelo dele e seguimos para o carro.
- Boa noite Marco. Eu digo assim que ele abre a porta do carro para mim.
- Boa noite Sra Mancini.
Eu entro e Roberto entra pelo outro lado.
Seguimos para o grande restaurante.
O restaurante Milanos é um espetáculo à parte. Assim que cruzo a porta de vidro fumê com detalhes dourados, sou recebida por uma atmosfera que mistura o luxo contemporâneo com o calor da Itália tradicional.
Lustres de cristal pendem do teto, iluminando suavemente as mesas de mármore com bordas douradas. As cadeiras, estofadas em veludo verde-esmeralda, contrastam lindamente com o piso de madeira clara. Nas paredes, grandes painéis de paisagens italianas, como campos da Toscana e a grandiosidade do Coliseu, criam um ambiente acolhedor e sofisticado.
Uma música suave, composta de violinos e acordeões, flutua no ar enquanto garçons em trajes impecáveis deslizam pelo salão, carregando bandejas com pratos que exalam aromas irresistíveis de trufas, manjericão e molho de tomate fresco. Roberto me guia até uma mesa reservada no canto mais discreto do restaurante. Ele sempre escolhe lugares assim, longe dos olhares curiosos. Apesar de tudo, a segurança está sempre em sua mente.
Sento-me e ajeito o vestido vermelho, que comprei especialmente para esta noite, embora parte de mim questione se o esforço vale a pena. Roberto está impecável em seu terno sob medida, como sempre, mas a frieza em seus olhos não desaparece, mesmo em momentos como este.
- Espero que aprecie o ambiente, Catarina. Ele diz, com um sorriso controlado.
- É lindo. Minha resposta é curta, e percebo que ele nota minha falta de entusiasmo. Não faço questão de esconder, já que Roberto não aceita mudar por nós, não acredito que esse casamento possa continuar.
Mal nos acomodamos, e um casal se aproxima. O homem é alto, cabelos grisalhos bem penteados, com um ar de quem está sempre no comando. A mulher ao seu lado é uma figura elegante, com um vestido preto que lhe cai como uma luva.
- Roberto, meu amigo, que prazer reve - lo! O homem exclama, apertando a mão do meu marido com vigor.
- Giovanni, igualmente. Roberto sorri, mas é o sorriso de negócios, aquele que não chega aos olhos.
Giovanni e sua esposa, Francesca, são apresentados a mim rapidamente. Ela sorri, mas é aquele sorriso polido, sem calor genuíno. Sentam-se conosco, e eu percebo imediatamente que este jantar é de negócios.
Enquanto as entradas chegam: bruschettas perfeitamente montadas e uma salada caprese com tomates que parecem pintados à mão. Os homens começam a falar sobre o tal prédio. Giovanni tem a experiência no ramo da construção, enquanto Roberto possui o terreno perfeito, bem no coração da cidade.
- É uma oportunidade única, Roberto. Com sua localização e meu expertise, não há como dar errado. Giovanni gesticula com entusiasmo, e eu me pergunto se ele percebe o quão ensaiado soa.
- Concordo, mas quero garantir que cada detalhe seja vantajoso para ambas as partes. Responde Roberto, com aquele tom frio e calculista que me dá arrepios.
A conversa continua, e eu me esforço para parecer interessada, mas, na verdade, estou entediada. Francesca também parece, embora mantenha a postura perfeita e sorri educadamente sempre que os homens a incluem no assunto.
Quando os pratos principais chegam, uma lasanha trufada para mim e um filé mignon ao molho de vinho para Roberto, decido focar na comida. Afinal, o chef é um verdadeiro artista, e seria um desperdício não aproveitar.
É durante a sobremesa, uma panna cotta com calda de frutas vermelhas, que percebo algo diferente. Um homem, sentado a algumas mesas de distância, lança olhares insistentes na minha direção. Tento ignorá-lo no início, mas é impossível não notar. Seus olhos escaneiam meu rosto, meu vestido, como se estivesse me devorando com o olhar.
Sinto um calafrio percorrer minha espinha e olho para Roberto, torcendo para que ele não tenha percebido. Mas é claro que ele percebe. Os seus olhos escurecem, e a linha de sua mandíbula fica tensa.
- Algum problema? Pergunto, tentando soar casual, e desentendida, mas meu tom sai mais tenso do que gostaria.
- Nada que eu não resolva. Ele responde, com um sorriso que mais parece um aviso de tempestade.
Antes que eu possa reagir, Roberto se levanta. Giovanni e Francesca observam, confusos, enquanto ele caminha em direção ao homem. Meu coração dispara, e uma sensação de pânico me domina.
- Roberto, não! Murmuro, mas ele não ouve.
O restaurante inteiro parece congelar quando Roberto agarra o homem pela gola da camisa e o levanta de sua cadeira.
- Está olhando o quê, imbecil? Ele rosna, com a voz baixa, mas carregada de ameaça.
O homem, visivelmente assustado, levanta as mãos em sinal de rendição.
- Desculpe. Não foi minha intenção...
Mas Roberto não é de aceitar desculpas. Ele saca uma arma...uma arma! E aponta para o rosto do homem. O som de gritos abafados e cadeiras arrastando ecoa pelo salão.
- Sr Mancini! Os seguranças de Roberto se aproximam, tentando impedi - lo.
- Sr, não faça isso! Vitto diz enquanto toca o ombro de Roberto.
- Ele precisa aprender a não desrespeitar as mulheres casadas. Ainda mais o que é meu. Os olhos de Roberto estão cheios de uma fúria que me assusta.
- Por favor, eu não quis ofender. O homem balbucia, com as mãos trêmulas.
- Sr. não é local e nem momento. Vitto diz com tranquilidade e em tom baixo.
- Suma com esse cara. Roberto diz com seriedade.
- Sim Sr. Vitto diz e ele arrastam o homem para fora. Roberto finalmente abaixa a arma e volta para nossa mesa, como se nada tivesse acontecido.
Eu, no entanto, estou furiosa.
- O que foi aquilo? Pergunto assim que ele se senta.
- Apenas colocando alguém em seu lugar.
- Você apontou uma arma para um homem! Isso foi ridículo, Roberto.
- Ridículo? Ele se inclina, com a voz baixa e carregada de perigo.
- Ridículo seria permitir que um verme como aquele achasse que poderia olhar para minha mulher daquela forma.
Sinto o sangue ferver, mas sei que discutir aqui, no restaurante, só pioraria as coisas.
- Giovanni, Franchesca me perdoem. Vamos continuar. Roberto diz.
- Sim claro! Giovanni diz sem jeito.
Eles continuam conversando enquanto eu não sabia onde enfiar a cara.
Finalmente o jantar acaba e eles chegam a um acordo
- Meu advogado irá procura - lo. Roberto diz e o cumprimenta.
Pego minha bolsa, me despeço e seguimos para o carro.
O caminho de volta é um silêncio pesado, cortado apenas pelo som do motor do carro. Quando finalmente chegamos, desço rapidamente e entro na casa, sem esperar por ele.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Eva Garbin
amo história de mafioso
2025-04-05
3
Maria Joana
Mafioso porreta rapaz kkkkkkkk ele não manda recado ele vai e faz kkkkkkkkkkkk
2025-01-22
1
Helena Dos Santos Santos
Esse homem marca território
2024-12-18
1