Capítulo 5: O Refugio das Sombras

A viagem até o Refúgio das Sombras era bem longa e cheia de perigos, mas Adrian e Clarice estavam determinados. O ar frio das montanhas tornava-se mais denso à medida que subiam, e a vegetação escassa dava lugar a formações rochosas irregulares, cobertas por uma fina camada de gelo.

Clarice — Este lugar... parece muito desolado — comentou Clarice, olhando ao seu redor.

Adrian — É como você está vendo o Refúgio das Sombras não é acolhedor para ninguém, nem mesmo para os vampiros que vivem aqui — respondeu Adrian. — Este é o único lugar onde aqueles que desafiam Viktor podem se esconder, aqui eles podem andar tranquilamente, sem medo de serem mortos pelos pau mandados de Viktor, mas não se engane Clarice pois, mesmo aqui, há vários perigos, principalmente para você, não se afaste por hipótese alguma, se isso acontecer você estará em grande perigo.

Clarice engoliu em seco. Mas ela sentia algo estranho sobre este lugar que a deixava extremamente inquieta, ela não sabia explicar o por que esse lugar a deixava incomodada.

Conforme eles avançavam, Clarice percebeu várias silhuetas nas sombras. Figuras muito pálidas e extremamente esqueléticas observavam eles de longe, com os olhos brilhando em vermelho ou em tens de âmbar. Eles não se aproximavam, mas suas presenças eram muito palpáveis.

Clarice — Eles sabem que nós estamos aqui? sussurrou ela bem baixinho para Adrian.

Adrian — Eles sempre sabem quando alguém estranho entra aqui. respondeu Adrian.

Quando eles chegaram na entrada do Refúgio, Clarice viu um enorme portão de ferro, bem enferrujado e decorado com alguns símbolos antigos. Dois guardas vampíricos estavam posicionados em ambos os lados, suas armaduras escuras refletindo a luz fraca da lua.

Lazareth — Adrian, o que trás você aqui, sentiu saudades? — disse um dos guardas, um vampiro alto e magro com olhos inquisitivos. — Nunca pensei que veria você de volta aqui.

Adrian — Não estou aqui por nostalgia, Lazareth, posso lhe garantir. Preciso ver Elias agora!— respondeu Adrian com firmeza.

O guarda soltou uma risada baixa. O que deixou Adrian muito irritado.

Lazareth — Elias não recebe visitas, Adrian. Especialmente visitas indesejadas como a sua.

Adrian deu um passo à frente, com seus olhos, fixados nos do guarda.

Adrian — Diga a ele que é urgente Lazereth, o Viktor está se movendo, e nós precisamos da ajuda dele.

Lazareth hesitou por um momento, então ele gesticulou para que outro guarda para que abra o portão.

Lazareth — Boa sorte, Adrian. Espero que você saiba o que está fazendo.

O interior do Refúgio era ainda mais sombrio do que Clarice havia imaginado. As construções de pedra pareciam que estavam prestes a desmoronar, e as ruas estavam repletas de vampiros de aparência muito faminta, muitos deles com olhares predatórios voltados para ela.

Adrian — Clarice, fique perto de mim, por favor. Disse Adrian, em um tom protetor mais que o normal.

Clarice assentiu, seguindo-o por ruas muito sinuosas e por becos bem apertados. O cheiro de decadência era extremamente forte, e ela sentia que cada passo a levava mais fundo em um abismo de perigos sem fim.

Finalmente, eles chegaram a uma construção maior que as outras e mais imponente, bem no centro do Refúgio. Adrian entrou rapidamente sem hesitar, Clarice entrou logo atrás dele.

Elias os aguardava em uma sala bem ampla, mas também desordenada. Era um vampiro de aparência bem envelhecida, e com cabelos grisalhos e olhos bem astutos. Ele estava sentado em uma poltrona bem desgastada, cercado por vários livros e por pergaminhos antigos.

Elias — Adrian. Que surpresa desagradável. Disse Elias, sem se levantar.

Adrian — Elias não temos tempo para formalidades — respondeu Adrian. — Viktor está se preparando para algo muito grande, e ele está atrás dela, porque?

Elias lançou um olhar bem avaliador para Clarice.

Elias — Então, esta é a jovem que o Viktor tanto deseja. Isso é muito interessante.

Clarice não se intimidou, apesar do imenso desconforto que ela estava sentindo.

Clarice — Por que ele me quer? Você sabe? perguntou ela, com sua voz firme.

Elias se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, admirando Clarice.

Elias — Viktor acredita que você é a chave para uma antiga profecia. Uma que pode garantir o domínio absoluto dos vampiros sobre o mundo inteiro.

Clarice sentiu um arrepio percorrer por toda a sua espinha.

Clarice — Eu? Porque ? O que isso significa para mim?

Elias — Significa que você é tanto uma ameaça quanto uma oportunidade — respondeu Elias. — Viktor não parará até que você esteja sob o seu controle... ou destruída.

Adrian interrompeu rapidamente.

Adrian — Nós precisamos de sua ajuda, Elias. Se nos unirmos, podemos nós poderemos dete-lo antes que ele alcance seus objetivos.

Elias soltou uma risada seca.

Elias — Você quer que eu enfrente o Viktor? Depois de tudo o que ele fez comigo? Eu sobrevivi ao abandonar a Irmandade porque me escondi aqui. Não sou louco de me expor novamente Adrian.

Adrian deu um passo à frente, com sua expressão bem determinada.

Adrian — Se nós não fizermos nada, ele nos destruirá de qualquer forma, você não acha? Não importa onde você se esconda, Elias sabe que ele vai te encontrar.

Elias o encarou por um longo momento, antes de dar um suspirar profundamente.

Elias — Muito bem, Adrian. Vou ajudá-lo. Mas não por você. Por e sim por ela.

Clarice sentiu um misto de alívio e de apreensão ao mesmo tempo.

Clarice — O que precisamos fazer agora?

Elias se levantou, pegando um mapa bem antigo de uma pilha próxima a ele.

Elias — Há um artefato, um amuleto pra ser mais específico, que é capaz de bloquear os poderes de Viktor, pelo menos temporariamente. Ele está escondido em um templo nas profundezas das montanhas. Encontrá-lo será a nossa única e última chance.

Adrian assentiu, mas ficou muito preocupado com a Clarice, pois as profundezas das montanhas não é um lugar seguro para ela.

Adrian — Então não temos tempo a perder, vamos.

Enquanto planejavam a próxima etapa, Clarice não pôde deixar de sentir que o destino dela e de Adrian estava cada vez mais entrelaçado com o futuro de ambos os mundos, humano e vampírico.

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Ana Regina Fernandes Raposo

Ana Regina Fernandes Raposo

A CLARICE VAI SALVAR A HUMANIDADE E OS VAMPIROS. LEGAL

2024-12-23

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