Capítulo 01

...seis meses atrás......

O salão estava lotado. Ricos, famosos, e aqueles que fingiam pertencer ao círculo fechado de Hollywood se misturavam em uma dança de sorrisos falsos e conversas calculadas. Eu não estava ali por nenhum deles. Minha presença no lançamento do filme era um pretexto, mais um movimento no tabuleiro para manter as aparências.

Então eu a vi.

Camille Spencer. A estrela da noite.

Ela não precisava do vestido brilhante que abraçava suas curvas ou do colar cravejado de diamantes para chamar atenção. Camille tinha algo que nenhuma joia podia comprar: magnetismo. A forma como ela movia os lábios ao falar com um grupo de diretores, como lançava olhares controlados mas intensos, como ria de algo que provavelmente não achava engraçado. Era tudo encenado, e ainda assim, irresistível.

Eu deveria tê-la ignorado. Me manter distante, como sempre faço com esse tipo de mulher. Glamour e perigo não se misturam bem, e meu mundo é feito de sombras, não de luzes de câmera. Mas naquela noite, algo dentro de mim decidiu que, só por uma vez, eu poderia ceder.

Aproximei-me dela quando vi uma brecha, bem no instante em que ela se afastava do grupo para pegar uma taça de champanhe.

— Você é bonita só nas sextas-feiras?

─ Mas hoje não é sexta...

─ Ah, entendi, então você é bonita todo dia!

Porra.

Eu já devia ter bebido demais para estar dando uma cantada barata numa mulher como ela. Normalmente, são elas que vêm até mim, e nunca precisei me esforçar muito para levar alguém para minha cama. Mas essa aqui... Camille era linda pra cacete, e se ela recusasse minha companhia, só haveria uma explicação: péssimo gosto.

Meu ego gritou para eu recuar, mas uma parte de mim — talvez a mais idiota e impulsiva — se recusou a ouvir. Foda-se. Se eu me arrepender amanhã, pelo menos terei algo para lembrar. Hoje, eu vou ter essa mulher.

...[...]...

Duas horas depois, estou num quarto de hotel, minha boca colada à de Camille. O gosto do champanhe ainda estava em seus lábios, misturado ao calor da nossa pressa. Seus saltos, altos demais para qualquer mortal, quase a fazem tropeçar, mas meu aperto firme em sua cintura a mantém no lugar. Não foi difícil chegar até aqui.

Ficamos nos encarando pelo resto da festa, num jogo silencioso que eu sabia que ia vencer. Depois, uma conversa rápida — seis minutos exatos, porque eu contei. Foi o suficiente para acertarmos o que ambos já sabiam. Pegamos o elevador e subimos direto para a cobertura.

Agora, ela está na minha frente, e eu a empurro na cama com o cuidado exato: nem tão forte a ponto de machucá-la, nem tão suave para que não pense que sou um amador. Ela cai de costas no colchão, rindo, um som rouco que faz meu sangue ferver.

Dou um passo para trás, encarando o espetáculo à minha frente. Camille é um caos delicioso: a maquiagem ainda impecável, exceto pelo batom vermelho, agora borrado nos cantos da boca. O vestido apertado, que molda cada curva como uma segunda pele, desceu um pouco, revelando o início dos seios perfeitamente esculpidos. O penteado elaborado desmoronou, e seus cabelos loiros caem como uma cascata desalinhada pelos ombros.

Ela é um desastre luxuoso. E, porra, que desastre gostoso.

— Vai ficar me encarando ou vai me comer, Dominic? — A voz dela era uma provocação deliciosa, um desafio que eu estava mais do que pronto para aceitar.

— Ah, lindinha, quando eu te comer, você não vai implorar para eu parar, certo?

— Pode crer que não. — Ela sorriu de lado, aquele sorriso que era pura tentação, uma promessa de caos e prazer.

Sem pressa, tirei seus saltos e os joguei para o lado, sentindo suas pernas se relaxarem sob o toque das minhas mãos. Meu olhar estava preso ao dela enquanto minha língua subia lentamente pelas curvas definidas de suas pernas, levando o vestido junto. E então, lá estava a surpresa: a safada não usava nada por baixo além de uma calcinha minúscula, quase decorativa.

Eu não desvie o olhar de suas íris cinzentas, hipnotizantes, nem por um segundo. Tirei a peça delicada e a levei ao nariz, inalando o perfume quente de sua excitação. Camille riu, um som rouco e desarmante, enquanto se livrava das mangas do vestido, deixando-o amontoado no quadril.

Sem cerimônia, puxei o tecido restante para baixo, e ali estava ela, uma visão que beirava o inacreditável. Cada curva, cada detalhe do seu corpo era um convite à perdição. Meus olhos, azuis como gelo derretendo, deviam estar completamente dilatados. Não era apenas desejo; era um tipo de fascinação crua que fazia o sangue correr mais rápido.

— Acho injusto eu ser a única sem roupa aqui — provocou ela, inclinando a cabeça com aquele ar de desafio que me fazia querer tomá-la ali mesmo.

— Tá apressada, lindinha? — perguntei, deixando meu tom mais baixo, como se a controlasse pelo som da minha voz.

— Nem um pouco. Mas quero ver você também. — Ela levantou, ainda de joelhos na cama, e começou a desfazer minha camisa, botão por botão, os dedos ágeis mas sem pressa, aproveitando cada segundo.

Seu olhar subia para o meu de vez em quando, aquele sorriso malicioso ainda presente. Camille sabia exatamente o que estava fazendo. E eu sabia que estava prestes a perder o controle, exatamente como ela queria.

Assim que se livrou da minha camisa, os olhos de Camille deslizaram imediatamente para a cicatriz de tiro no meu ombro. Em seguida, seu olhar desceu até outra marca perto do meu umbigo. E isso porque ela ainda não tinha visto as duas nas minhas costas.

— O que foi isso? — perguntou, a voz misturando curiosidade e algo mais que eu não consegui decifrar.

Dei de ombros, casual.

— Eu fui do exército. — Mentira. Mas saiu com tanta naturalidade que ela nem piscou antes de acreditar.

Sem desviar os olhos dos dela, comecei a desafivelar meu cinto, o som do metal ecoando no quarto silencioso. Tirei as calças e depois a cueca box, deixando meu corpo completamente exposto. Camille me encarou, seus olhos cinzentos ganhando um brilho travesso enquanto desciam, fixando-se em mim como se eu fosse um presente embalado só para ela.

— Gostando da visão? — perguntei, a provocação evidente no meu tom.

Ela respondeu apenas com um sorriso e mordeu o lábio, o suficiente para me fazer perder qualquer traço de paciência. A joguei na cama novamente, sem cerimônia, e capturei sua boca num beijo faminto. O gosto dela era uma mistura perfeita de doçura e desafio, e eu sabia, naquele momento, que estava ferrado.

Camille virou a minha perdição a partir desse dia. Não porque ela era a mulher mais linda que eu já tinha visto — embora fosse —, mas porque, pela primeira vez, senti que estava diante de algo que eu talvez não pudesse controlar.

...⚔️...

Mais populares

Comments

Joscilene Santos

Joscilene Santos

começando a ler 02/02/2025

2025-02-02

1

vera santos

vera santos

começado a ler 20 - 1-25

2025-01-20

1

Roseane Tavares

Roseane Tavares

🔥🔥🔥🔥🔥

2024-12-28

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!