CAPÍTULO 11

Quando a Sofia desmaiou eu fiquei sem saber o que fazer na hora, então a peguei no colo e deitei ela na cama. Eu peguei um pano molhado e deixei em cima da testa dela, a todo momento eu a balançava e chamava seu nome, mas ela continuava dormindo.

 — Droga, não posso chamar nenhum médico aqui.

Fiquei o tempo todo sentado no chão ao lado dela esperando ela acordar. O quarto não era muito enfeitado. Havia um roupeiro bege, a cama era um conjunto dele, tinha também uma cômoda com um espelho e led's em volta. 

Tinha um painel de tarefas na parede e em volta algumas fotos coladas, eu me levanto para ir em direção às fotos mas ela acaba acordando

 — O que houve? — pergunta ela já se levantando da cama. — Você ficou a tarde toda aí?

 — Desculpa por não chamar um médico, poderia te causar problemas.

 — Está tudo bem! Acho que a comida que fizemos estava um pouco sem sal e isso fez a minha pressão cair, vai ficar tudo bem. — ela levanta e vai em direção ao guarda roupa.

 — Aqui tem um moletom e uma calça do meu pai, acho que cabem em você.

 — Está preocupada comigo? Você desmaiou faz pouco tempo, eu quem deveria estar cuidando de você! — falo indo em direção a ela.

 — Eu já estou melhor, está bem? Vamos para o restaurante da minha mãe. Tenho tudo o que precisa para você se esconder! Agora pode ir tomar banho. — diz ela me entregando as roupas e uma toalha. — E não demore.

 — Está bem, capitão!

Entro no banheiro e estava bem cheiroso. Não era um cheiro de produto de limpeza e sim o cheiro dela, ela usava um shampoo que o cheiro ficava o dia inteiro na minha mente. 

Resolvi não usar. 

Depois que eu terminei de tomar banho, ela também toma e nos arrumamos para sair.

Eu coloquei um boné branco dela e uma máscara preta para cobrir o rosto. Quando pisamos na rua tive uma ideia.

 — Que tal se formos de mãos dadas? — estendo uma mão para ela.

 — Oi? — pergunta ela corada.

 — Assim ninguém vai desconfiar. 

 — Acho que você está se aproveitando da situação. — ela fala rindo.

Eu estico ainda mais a minha mão e por um momento achei que ela não fosse concordar, mas acabou aceitando.

Já não tinha mais nenhum cliente quando chegamos lá, os pais da Sofia vieram abrir a porta para nós e assim que entramos eles trancaram a porta.

 — Podem vir entrando... Estão com fome? — nesse momento ele olha para nós dois e fica todo confuso. — Querida, venha ver quem está aqui!

 — Quem que chegou a essa hora? — Ela para e abre um sorriso cheio de felicidade. — Desde quando namoram?

Automaticamente olho para a Sofia e depois para as nossas mãos.

Esquecemos de soltar assim que chegamos no restaurante. Era uma sensação tão boa que eu não queria que acabasse.

 — Desde ontem! — A Sofia responde. 

Meu coração erra as batidas.

 — Então vamos, se sentem! — O Sr. Shin pede.

A Shin Eun-Ji sai levando a Sofia e eu fico ali, paralisado.

Ela disse que estávamos namorando?

Ela disse que somos um casal?

Realmente fiquei sem entender a situação.

Depois que terminamos de comer, começamos a nos ajeitar para voltarmos

[...]

 — Então, estamos namorando... — Digo pegando a mão dela e colocando no bolso do moletom.

 — Meus pais ficariam bravos se eu falasse que você vai dormir lá em casa, e sendo o meu namorado eles não ligariam. — vi ela abaixar a cabeça com vergonha.

Eu paro de andar na mesma hora.

 — Você me usou? — olho pra ela na mesma hora.

 — Estou lhe dando o troco! — ela responde de forma irônica. 

 — Troco de quê? 

 — No avião, você implorou para eu me sentar ao seu lado sabendo que a Hanom iria também.

Eu não acredito. Eu sei que ela nunca esteve em um relacionamento mas, qualquer um teria percebido as minhas atitudes.

Eu queria ela perto de mim, poxa.

 — Shin Sofia! — Eu seguro as mãos dela e olho fixamente nos seus olhos. — Não se lembra de hoje cedo? Eu disse que estava gostando de você! Tudo o que eu fiz depois de te conhecer, foi pensando em você. Se estamos aqui nessa rua escura e sozinhos, é porque eu me importo muito contigo! O que me diz disso?

 — Eu..

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