Quase o levantei do sofá pelo colarinho do casaco dele, ele acordou desnorteado e só aí começou a debater-se na tentativa falhada que eu o soltasse.
- Larga-me!!!- ele gritou irritado.
- Antes vais-me dizer o que a tua mãe afinal quer do meu pai!!!- gritei-lhe de volta. A minha governanta apareceu a correr vinda do seu quarto em pânico.
- Menino largue o senhor Jin! O seu pai vai ficar muito chateado se algo lhe acontecer!!!- ela foi para o meio de nós na tentativa que eu o largasse, empurrei-a para cima do sofá e ela lá ficou, penso que estava mais chocada do que outra coisa, ela já me conhecia e sabia muito bem do que eu era capaz, caramba eu trabalhava para a máfia, ela estava à espera do quê?!
Jin continuava a debater-se como se a sua vida dependesse disso, o lingrinhas até que tinha força, mas nada se comparava á minha força, mas se eu não estivesse tão convencido que eu era o maior tinha evitado o valente pontapé que ele me deu no meio das pernas. Larguei-o em cima do sofá e fiquei de joelhos no chão de lágrimas nos olhos a avaliar os estragos que ele tinha feito.
- Seu desgraçado! Não usa, não estraga!- rosnei-lhe agora com uma vontade enorme de o comer vivo. Jin levantou-se do sofá rapidamente e pegou numa cadeira em modo de defesa, mas eu já nem quis saber, ele tinha mexido com a parte mais valiosa do meu corpo e isso eu não ia perdoar. Ainda aflito levantei-me do chão e andei a cambalear até ele, mas no preciso momento em que eu estava a chegar ao pé dele o meu pai e a perua chegaram.
- Jung!- ele gritou mal entrou em casa e viu-me prestes a esganar o nerd. A perua correu para o lado dele para o proteger, eu fiquei ali em modo besta pronto para atacar quem se metesse no meio de nós.
- O que passa afinal?!- perguntou a senhora A'costa olhando para nós, mas passando o filho dela para trás dela como se ela fosse um escudo.
- Vocês vão casar?!- cuspi as palavras olhando para ela e para o meu pai. Reparei que Jin ficou tão parvo como eu fiquei quando soube da notícia.
- Casar?- ele saiu detrás da mãe e sem se aperceber ficou ao meu lado enquanto os confrontava.- Disseste que era apenas teu amigo...O pai morreu nem á três meses!- ele disse-lhe transtornado. Ela olhou para ele e começou a gaguejar, pelos vistos tínhamos sido os dois mantidos á parte desta decisão descabida deles.
- É verdade, ou não?- perguntei ao meu pai novamente, ele suspirou.
- É. O que queres agora? Não tenho o direito de refazer a minha vida?Tenho de ficar solteiro até morrer?!
Aquela pergunta atingiu-me de uma maneira que eu nunca pensara que ia atingir. Ele queria voltar a ter uma mulher na vida dele...então e se a minha mãe regressasse?
- Mas...
- ...Ela não vai voltar Jung!!!- ele gritou-me agarrando-me pelos ombros para eu olhar para ele. - Mete nessa tua cabeça de vento que se ela quisesse voltar já o tinha feito!!! Somos só eu e tu!!!
Soltei-me. Jin estava a ouvir aquilo tudo, mas olhava para a mãe dele incrédulo, como se estivesse que a qualquer momento ela fosse dizer que aquilo era apenas uma mentira, mas isso não ia acontecer.
- O casamento vai para a frente, habituem-se á ideia!- ela disse quando ganhou coragem, olhando mais para mim do que para o próprio filho. Jin passou por mim de lágrimas nos olhos, puxando-me por um braço e eu feito idiota segui-o até á rua.
- Vamos sair daqui.- ele disse-me de cabeça baixa. Eu fiquei ainda a olhar para ele: estava deveras dividido entre entrar dentro de casa e não deixar pedra sobre pedra ou sair dali com o nerd que eu não suportava.
- Por favor, vamos...- ele voltou a pedir, a voz dele estava trémula e eu ignorei isso.Ter pena dele era uma coisa que eu não podia ter, não naquele momento.
- Não sou teu criado.- resmunguei, mas nessa altura altura vi o meu pai abrir a porta de casa e chamar por nós. Tirei do porta bagagens da minha mota um capacete e dei-lhe.
- Vamos embora, não temos nada a fazer aqui.- rosnei olhando para o meu pai.
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