A Revelação Chocante

Os dias que se seguiram foram um turbilhão de emoção controlada. Cada minuto ao lado de Daniel se tornou um exercício de paciência, enquanto eu o observava com um olhar atento e calculista. Sabia que ele acreditava estar seguro, que pensava ter tudo sob controle, mas a verdade era que cada passo que ele dava me levava para mais perto do meu objetivo. A ansiedade de ter em mãos as provas definitivas cresciam a cada momento, e o contato com o investigador me mantinha focada. O que antes era apenas uma suspeita, agora se transformava em um jogo de estratégia, onde a vitória seria minha.

Naquela manhã, o telefone tocou. Era o investigador, sua voz calma e controlada ao outro lado da linha, trazendo as primeiras informações que eu precisava ouvir.

— Tenho algo que vai te interessar — disse ele, sem rodeios. — O encontro entre Daniel e a ex-namorada foi registrado ontem à noite. Eu tenho fotos e vídeos que comprovam tudo. Parece que o "jantar de negócios" foi mais íntimo do que ele deixou transparecer.

Senti um frio na espinha, uma mistura de raiva e motivação ao mesmo tempo. Era isso. A prova concreta de que eu preciso para desmantelar a mentira. As fotos e os vídeos, por si só, já eram o suficiente para expor a verdade e me dar a vantagem que eu tanto queria. Mas eu sabia que, antes de agir, primeiro de mais. Precisava garantir que, quando o momento chegasse, Daniel não tivesse para onde fugir.

— Envie-me tudo o mais rápido possível — respondi, mantendo minha voz firme, apesar da profunda que fervilhava dentro de mim.

Desliguei o telefone e, por um momento, olhei em volta, tentando absorver o que estava prestes a fazer. Eu estava construindo um cenário onde Daniel seria o único prejudicial, o único a perder tudo. Em meu coração, ainda havia um leve resquício de dor. Afinal, eu me dediquei a esse relacionamento, acreditado em promessas e sonhos que agora estavam desmoronando. Mas, a cada segundo que eu lembrava de como ele me havia traído, a dor cedia lugar à determinação.

Quando as fotos chegaram, eu fiquei sozinho em casa. Abri o e-mail enviado pelo investigador e, com um único clique, as imagens se abriram na tela. Lá estavam eles: Daniel e ela, em um restaurante romântico, sentados à luz de velas, como se estivessem em um encontro perfeito. Seus rostos estavam iluminados por sorrisos cúmplices, seus olhares trocando uma conexão que me fez sentir um aperto no peito. Não era apenas uma traição física — era uma traição emocional, algo que ele havia cultivado nas sombras enquanto fingia ser o noivo dedicado.

Rolei as imagens com a mão firme, absorvendo cada detalhe. Em um dos vídeos curtos, Daniel se inclinava sobre a mesa para segurar a mão dela. As palavras trocadas entre eles eram inaudíveis, mas não era difícil imaginar o que ele estava dizendo. A cena se repetia em minha mente, e cada segundo alimentava minha raiva, não de um jeito descontrolado, mas de uma forma que me dava clara. Agora, eu tinha uma peça que faltava.

Com essas tentativas em mãos, comecei a traçar o próximo movimento. O que Daniel não sabia era que, legalmente, eu poderia usar essa traição para obter mais do que apenas uma separação dolorosa. Eu queria uma compensação, e agora, com as provas do caso, eu tinha base para negociar de forma vantajosa. Ele não sairia disso, e, definitivamente, não sairia dessa sem pagar um preço alto.

Mas, antes de confrontá-lo, eu preciso de algo mais: a confirmação de que o relacionamento dele com ela não era apenas uma recuperação temporária, mas algo sério. Isso seria fundamental para garantir que, quando eu agisse, ele não tivesse desculpa ou fuga possível. Liguei novamente para o investigador e pedi que continuasse a vigiar Daniel de perto. Eu precisei de mais encontros, mais provas, algo que consolidasse o fato de que essa traição não era apenas um deslize, mas uma escolha consciente e repetida.

Ao desligar, sinta-me no sofá, contemplando o próximo passo. Minha mente girava em torno de como jogar essas cartas da maneira mais eficaz. Eu já havia previsto a ocorrência de Daniel quando fosse confrontado: ele tentaria negar, se desesperar, talvez até se vitimizar. Mas eu estava pronto para isso. Cada cenário já estava mapeado em minha cabeça.

No fim da tarde, quando Daniel voltou para casa, seu comportamento era o mesmo de sempre. Ele me beijou na testa e falou sobre meu dia com uma naturalidade irritante. Mal sabia ele que, enquanto falava, eu já sabia de tudo. Cada sorriso que ele me lançava, cada palavra suave que ele dizia, era uma confirmação do jogo duplo que ele estava jogando.

— E como foi o jantar ontem? — quis casualmente, testando os limites da sua mentira.

— Foi bom, produtivo — ele respondeu, sem hesitar. — Estamos fechando um contrato importante. A empresa está animada.

Senti um nó de frustração se apertar em meu peito. Ele mentia com uma facilidade crescente. Quase admiro o nível de frieza que ele consegue manter, mas isso apenas reforçava minha determinação. Ele realmente acreditava que poderia seguir com esse teatro, como se nada acontecesse. A pequena vitória que ele perdeu estar conquistando estava prestes a se desmoronar sobre ele, e eu seria a responsável por puxar o fio que faria tudo ruir.

Naquela noite, enquanto ele dormia ao meu lado, revirei os pensamentos em minha cabeça. O confronto viria, mas não seria apenas uma explosão emocional. Eu o destruiria com roupas, com provas, com fatos que ele não poderia negar. E, acima de tudo, garantiria que ele pagasse caro por cada sorriso falso, por cada palavra vazia, e por cada noite que passasse ao lado dela enquanto me deixava acreditando em suas mentiras.

Agora, com as experiências nas mãos e o plano em movimento, eu sabia que o fim desse relacionamento estava próximo. Mas, ao contrário do que ele acreditava, não seria ele quem controlaria o fim. Esse controle era meu.

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