Capítulo 4: A Nova Vida na Praça

Quando decidi deixar minha antiga vida para trás, nunca imaginei que acabaria vivendo em uma praça. O cheiro de comida de rua misturado com o aroma fresco do ar da manhã se tornou meu novo despertar. A princípio, tudo parecia estranho e assustador, mas logo percebi que a praça tinha seu próprio ritmo, uma batida que eu poderia aprender a acompanhar.

Conheci pessoas incríveis ali. Havia o velho Joaquim, que sempre contava histórias engraçadas sobre sua juventude; a jovem Maria, que vendia flores com um sorriso contagiante; e muitos outros que, assim como eu, buscavam um lugar no mundo. Cada um tinha sua própria história de luta e resiliência, e eu sentia parte de uma comunidade inesperada.

As noites eram mais desafiadoras. O frio cortante me fazia lembrar da minha antiga casa, onde eu tinha um teto sobre minha cabeça e um lugar seguro para dormir. Mas na praça, eu aprendi a encontrar calor nas pequenas coisas — nas conversas ao redor da fogueira improvisada, nas risadas compartilhadas. A vida não era fácil, mas havia beleza até mesmo na simplicidade.

Com o tempo, comecei a me adaptar à nova rotina. Durante o dia, ajudava Maria a vender flores e passava horas ouvindo as histórias dos outros. À noite, quando todos se recolhiam, eu me sentava em meu cantinho e refletia sobre como cheguei até ali. Era um recomeço doloroso, mas necessário.

Apesar de ter me adaptado à vida na praça, sabia que precisava de uma fonte de renda. A cada dia que passava, minhas economias diminuíam e a pressão para encontrar um novo emprego se tornava cada vez mais intensa. Com determinação, comecei a procurar por oportunidades.

Nas primeiras semanas, acordava cedo e percorria as ruas da cidade em busca de anúncios de emprego. Visitava cafés, lojas e pequenas empresas, deixando meu currículo em todos os lugares possíveis. Porém, a resposta era quase sempre a mesma: "Desculpe, estamos sem vagas no momento." Algumas vezes, as entrevistas não passavam da primeira conversa; os empregadores olhavam para minha aparência desleixada e hesitavam em me contratar.

As rejeições começaram a pesar em meu coração. Sentia-me desanimada e questionava se conseguiria realmente recomeçar. O medo da escassez me acompanhava como uma sombra constante. Em minhas noites na barraca, olhava para o céu estrelado e me perguntava se algum dia teria uma vida estável novamente.

Mesmo assim, não desisti. Enquanto tentava arranjar um novo emprego, comecei a pensar em maneiras alternativas de ganhar dinheiro. Observando os artistas de rua que se apresentavam na praça, tive uma ideia: por que não aproveitar minhas habilidades de escrita? Eu poderia criar poemas ou contos curtos e vendê-los aos passantes.

Com essa nova motivação, comecei a trabalhar em pequenos textos e ilustrações nas horas vagas. Sentada em um banco da praça com meu caderno, escrevia sobre minhas experiências diárias e as histórias das pessoas que conhecia ali. Cada palavra era uma forma de expressar minha luta e resiliência.

Quando finalmente me senti pronta, armei uma pequena mesa ao lado da barraca e comecei a oferecer meus escritos aos curiosos que passavam. Apesar do nervosismo inicial, fui recebida com sorrisos e palavras encorajadoras. As vendas eram modestas, mas cada centavo contava.

A vida na praça não era fácil, mas comecei a perceber que havia beleza nas pequenas vitórias. Embora ainda estivesse em busca de um emprego formal, encontrei uma forma de sustentar-me temporariamente através da criatividade.

Alguns dias depois, enquanto caminhava pelas ruas iluminadas da cidade, uma bela mulher de pele escura e cabelos cacheados se aproximou de mim. Com um sorriso confiante, ela me fez uma proposta de emprego que me deixou intrigado. __Você é uma garota linda, sabia? Você pode ganhar mais do que muitos trabalhadores. - disse ela, sua voz suave e envolvente.

De início, estranhei a abordagem direta, mas a curiosidade falou mais alto. Pedi que ela me explicasse melhor do que se tratava. Para minha surpresa, ela revelou ser dona de um cassino e que lá trabalhavam algumas mulheres como acompanhantes. A ideia de "acompanhar" não parecia apenas um trabalho simples, mas a necessidade de dinheiro urgente começou a pesar em minha mente.

__Eu sei que não é o que você imagina.- ela continuou, percebendo minha hesitação. __Aqui, as garotas são bem tratadas e o pagamento é generoso.

Ouvindo isso, comecei a ponderar sobre as possibilidades. O cassino poderia ser uma porta de entrada para algo maior na minha vida ou talvez apenas uma armadilha disfarçada. Mas a urgência da situação falava mais alto. __E quais seriam as minhas responsabilidades exatas?- perguntei, tentando entender melhor o que estava por vir.

_Além de socializar e entreter os clientes.-ela explicou com entusiasmo. __ Você também poderá participar de eventos especiais e festas exclusivas. É uma oportunidade única para conhecer pessoas influentes e expandir seu círculo social.

Com essa perspectiva em mente, eu sabia que precisava saber mais antes de tomar qualquer decisão precipitada. __Posso visitar o lugar antes de decidir? indaguei.

Ela assentiu, parecendo satisfeita com meu interesse. __Claro! Vamos agendar uma visita e você verá como tudo funciona. Assim, a proposta que parecia tão estranha começou a se transformar em uma nova aventura na minha vida.

Continua...

Olá sou a autora desta obra espero de coração que tenham gostado dessa história! Foi feita com muito carinho e dedicação. Não se esqueçam de deixar aquele like especial, compartilhar suas impressões nos comentários e me seguir para mais conteúdos especiais. Agradeço imensamente pelo apoio e carinho de cada um de vocês. Até a próxima aventura e que a magia das palavras continue nos conectando. Um grande abraço!

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