Capítulo 2: A luta e a amizade.

Com o tempo, nos distanciamos ainda mais. As mensagens diminuíram e as visitas raramente aconteciam. A diferença social entre nós parecia um muro intransponível; mesmo assim, eu nunca deixei de torcer pelo sucesso dela.

Embora a dor da separação fosse intensa, aprendi algo valioso: a amizade verdadeira pode ter altos e baixos, mas as memórias criadas nunca desaparecem completamente.

E assim segui em frente — sozinha novamente — mas determinada a não deixar o passado definir meu futuro.

Meu último ano no orfanato foi uma montanha-russa de emoções. À medida que me aproximava dos 18 anos, percebi que a pressão para me encaixar só aumentava. Meu cabelo liso e platinado sempre chamava a atenção, mas nem sempre da maneira que eu desejava. Para muitos aqui, eu era diferente — uma estranha em um lugar onde todos pareciam tentar se conformar.

Enquanto Sophia era cercada por admiradores, eu sentia o peso do julgamento em cada passo que dava pelos corredores. Era como se as pessoas não vissem além da minha aparência. Os comentários sobre meu cabelo "exagerado" ou minha pele "doente" penetravam em meu coração, fazendo-me sentir invisível e indesejada.

Certa vez, durante uma refeição no refeitório, ouvi duas meninas rindo e sussurrando sobre mim. “Olhem para a Dewina, parece que nunca viu um espelho,” uma delas disse. O riso ecoou em meus ouvidos como uma ferida aberta. Naquele momento, decidi que não deixaria que aquelas palavras me definissem. Uma determinação cresceu dentro de mim, alimentada pela necessidade de provar meu valor.

Mas mesmo com essa determinação, as inseguranças eram difíceis de ignorar. Eu me isolava cada vez mais, passando horas estudando sozinha na biblioteca ou desenhando em um caderno que guardava com carinho. Esses momentos de solidão eram minha forma de escapar do mundo que muitas vezes parecia hostil.

Foi nesse período que comecei a perceber que as opiniões dos outros não importavam tanto quanto eu pensava. Inspirada pelos livros que tanto amava, comecei a escrever minhas próprias histórias — histórias onde a protagonista era corajosa e bonita à sua maneira única. Cada página preenchida era um passo em direção à autoconfiança, um lembrete de que minha beleza não estava nas normas impostas por ninguém.

Sophia sempre esteve ao meu lado, mesmo quando as outras meninas não compreendiam nossa amizade. “Dewina,” ela dizia com sinceridade, “sua beleza é diferente e especial. Nunca deixe ninguém te dizer o contrário.” Essas palavras eram um bálsamo para minha alma ferida, encorajando-me a lutar contra os rótulos.

À medida que meu aniversário se aproximava, fiz uma promessa a mim mesma: ao sair do orfanato, levaria comigo não apenas minhas conquistas acadêmicas, mas também uma nova perspectiva sobre quem eu era. Queria ser uma voz para aqueles que se sentem invisíveis e mostrar ao mundo que cada pessoa tem seu próprio brilho.

Com essa determinação ardendo no meu coração, enfrentei os últimos meses no orfanato com coragem renovada. Estava pronta para deixar para trás os julgamentos e abraçar quem realmente sou — uma jovem forte e cheia de sonhos.

Continua...

Olá sou a autora desta obra espero de coração que tenham gostado dessa história! Foi feita com muito carinho e dedicação. Não se esqueçam de deixar aquele like especial, compartilhar suas impressões nos comentários e me seguir para mais conteúdos especiais. Agradeço imensamente pelo apoio e carinho de cada um de vocês. Até a próxima aventura e que a magia das palavras continue nos conectando. Um grande abraço!

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Eura Tavares Pessoa

Eura Tavares Pessoa

Estou amando cada capítulo que leio.

2024-11-02

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