O Baile da Escola.

A atmosfera na escola era palpável, uma mistura de ansiedade e excitação. O baile de formatura estava chegando, e a expectativa para o grande evento tomava conta de todos. Guilherme, em meio a tanta euforia, se sentia dividido entre a alegria de compartilhar a noite com Lucas e a apreensão de se expor em um ambiente ainda tão carregado de preconceitos.

Lucas, percebendo a insegurança de Guilherme, fez questão de tranquilizá-lo. "Não se preocupe, Guilherme. Vamos aproveitar a noite juntos, e se alguém fizer algum comentário, a gente ignora. A gente não precisa se justificar para ninguém."

Guilherme, com um sorriso tímido, concordou com a cabeça. Ele sabia que Lucas estava certo, mas o medo ainda o assombrava.

No dia do baile, Guilherme se arrumou com cuidado, tentando esconder o nervosismo que o consumia. Lucas, elegante em seu terno azul, esperava por ele na porta, com um sorriso radiante que o fez esquecer de todos os medos.

"Você está lindo", disse Lucas, com um olhar apaixonado.

Guilherme, com as bochechas coradas, agradeceu. Ele nunca se sentiu tão bem consigo mesmo, e sabia que era por causa de Lucas.

Ao entrarem na escola, a música alta e a atmosfera vibrante os envolveram. Guilherme se sentiu um pouco perdido, mas a presença de Lucas o tranquilizava.

Eles dançaram, conversaram, riram, e Guilherme se esforçava para se divertir. Ele se sentia um pouco deslocado, observando os outros casais, mas Lucas estava ali, segurando sua mão, o olhando com ternura, o fazendo esquecer de tudo.

Mas, como um fantasma que ronda os sonhos, o medo voltou a assombrar Guilherme. Um grupo de alunos, com olhares de desaprovação, começou a se aproximar. Guilherme, com a garganta seca, sentiu o corpo tremer.

Lucas, percebendo a tensão, segurou firme a mão de Guilherme. "Está tudo bem", sussurrou ele, com um olhar de apoio.

O grupo de alunos se aproximou, e um deles, com um tom de voz irônico, disse: "Olha só, o casalzinho do ano."

Guilherme, com o corpo tenso, se preparou para uma briga, mas Lucas o interrompeu. "Deixe pra lá", disse ele, com um sorriso desafiador. "A gente está aqui para nos divertir, e vocês não vão estragar nossa noite."

Os alunos, sem saber o que dizer, se afastaram, deixando Guilherme e Lucas sozinhos. Guilherme, ainda abalado, se encostou no ombro de Lucas.

"Obrigada", disse Guilherme, com a voz fraca.

"Não precisa agradecer", respondeu Lucas, com um sorriso carinhoso. "Eu sempre vou estar ao seu lado."

Guilherme se sentiu mais forte, mais confiante. Ele percebeu que, com Lucas ao seu lado, ele podia enfrentar qualquer obstáculo. Eles estavam unidos pelo amor, e nada poderia destruí-lo.

A noite seguiu com o som da música, a dança, as risadas. Guilherme e Lucas se divertiram, se amaram, e se sentiram livres. Eles eram um casal, e não se envergonhavam disso.

No fim do baile, enquanto se despediam, Guilherme e Lucas se sentiam mais unidos do que nunca. Eles sabiam que o caminho seria longo e cheio de desafios, mas estavam dispostos a enfrentá-los juntos, com o amor como escudo, com a força da felicidade que só o amor verdadeiro pode proporcionar.