O ensaio terminou por volta das cinco horas da manhã, e antes de sair da quadra tomaram um último Chopp.Então entraram no carro e ele Prometeu deixá-la em casa. No caminho ela precisou deter as mãos dele várias vezes e por fim sentiu que os olhos estavam pesados, mas tentou manter a consciência.
A próxima coisa da qual se lembraria seria de alguém retirando as suas roupas e tocando o seu corpo. Num lampejo ela abriu os olhos e quem tentava retirar a ultima peça de suas roupas era Wanderley. Então mandou uma joelhada nos Países Baixos dele e saiu correndo seminua buscando a saída, invadiu um cômodo e viu-se dentro de outro quarto e um homem a segurou no momento em que trancou a porta. Apagou de puro pavor.
Quando recobrou os sentidos estava só naquele quarto, então encontrou uma camisa social grande masculina e vestiu, achou um cinto e agora ainda faltavam as sandálias. As que encontrou eram muito grandes para os pés dela, calçou assim mesmo, assuntou encostada na porta e saiu a correr pelo corredor até a porta que poderia ser a de saída da casa.
— Olha ela aí! Está usando suas roupas essa doida! Ela veio por livre e espontânea vontade e depois bancou a donzela ultrajada e me atacou!
- Ele estava se justificando para aquele homem que ela antipatizava.
— Seja decente e conte a verdade! Você me dopou seu cafajeste e eu só me defendi. Vou te denunciar, isso é sequestro e tentativa de estupro.
- Léo, não deixa ela ir embora antes de prometer não me denunciar! - Disse o safado assustado.
- Se essa moça cumprir o que está prometendo será bem feito para você! Não é certo obrigar uma mulher a fazer o que ela não quer!
- Você está contra mim? Que faço então?
- Bom negócio pedir perdão e prometer respeitar as mulheres! - disse o irmão
- Por favor, me deixem sair! Preciso voltar para casa! Os meus pais devem estar muito preocupados!
- Wanderley, devolve as roupas da moça que eu vou leva-la para casa.- ordenou sério.
- obrigado! - ela agradeceu a intervenção do homem.
Wanderley devolveu as roupas da moça e ela foi se trocar. Quando retornou estava mais calma calçando as próprias sandálias.
- Wanderley, nunca mais volte a me dirigir a palavra! Não te quero nem como amigo!
-por favor, me perdoe, prometo nunca mais tentar nada com você sem sua autorização!
- Ah! Nada mesmo, não vou te dar esse mole!
O homem abriu a porta e eles sairamda casa. No caminho descobriu que ele se chamava Leonardo e era meio irmão do Wanderley.
- Não sei o que direi em casa para justificar o meu sumiço? A minha vontade é ir direto para delegacia e denunciar o abuso do seu irmão!- disse revoltada.
— Ainda estamos a caminho se quiser te deixo na delegacia e você faz a sua denúncia. — disse o homem sério. — caso contrário vá pensando numa boa desculpa para os seus pais!
Pouco depois ele estacionou em frente a delegacia e abriu a porta para ela sair. Nesse momento ela acovardou-se, teve receio de encontrar os policiais e ser mal interpretada, afinal, a culpa é sempre da vítima. Então fechou a porta e pediu que a deixasse em casa.
Para Léo, a atitude dela reforçava as palavras do irmão. Se realmente fosse vítima estaria indignada e faria a denúncia, mas ao retroceder, demonstrava que o irmão falava a verdade. Ela teria se arrependido por chegar até a cama do cara e criou todo aquele tumulto. Não disse nada, apenas a deixou na porta de casa.
— Tenha um bom dia! — disse a abrir a porta para ela sair do carro.
— Obrigada! Para você também! — Ela observou que desde a porta da delegacia ele havia se calado e estava bastante sério.
Entrou em casa e encontrou a mãe com o rosto expressando cansaço tomando uma xícara de café na companhia do seu pai. Ambos pareciam muito tristes.
— Bom dia! meus amores! Que houve para estarem acordados tão cedo numa manhã de domingo? — perguntou a tentar parecer alegre!
— Thamy, nunca mais nos deixe sem notícias quando resolver passar a noite fora! — disse a mãe zangada. — Porque não atendeu o celular? Ligamos inúmeras vezes e ficamos desesperados s sem notícias.
— Desculpe meus pais amados! O celular está desligado e o ensaio na quadra terminou as cinco da manhã. Então ficamos conversando e não vimos a hora passar. perdoe-me!
— por sua irresponsabilidade, ligamos para todos os órgãos públicos em busca de você, hospitais, delegacias, até necrotério. Estamos cansados e ficamos muito angustiados por sua culpa. Só temos você e não imaginamos a vida sem você!
Thamy sentiu a extensão do amor dos seus pais e sentiu-se imensamente culpada por tudo que aconteceu naquela noite. Realmente ela deveria ter ligado para casa e avisado aos pais dos seus passos, onde estava e o que pretendia fazer, mas, não lembrou em momento algum que eles poderiam estar aguardando um contato seu. Num impulso abraçou os dois e cobriu de beijos e lágrimas de arrependimento.
— Prometo que sempre vou avisar onde estiver e com quem vou estar sempre que sair a noite!
Acalmado os ânimos ela sentou e fez o seu desjejum com os pais contando como foi a sua noite fora de casa omitindo a parte do quase estupro.
- Vou tomar um banho e dormir até a hora do almoço! — anunciou.
— Não vou cozinhar, vamos almoçar fora! — anunciou a mãe. — Nos também vamos descansar um pouco depois dessa noite insone!
Thamy tomou o banho anunciado e procurou algum sinal de violação no seu corpo, mas não encontrou nenhum. Então Wanderley não chegou as vias de fato. Ela despertou a tempo. Depois ficou lembrando da atitude do tal sujeito, de como invadiu o seu quarto seminua e apagou nos seus braços. As poucas palavras decisivas com ela e o irmão, depois a parada na porta da delegacia e o silêncio total após a sua desistência. Como seria encontrá—lo a partir de agora nos lugares? Deveria cumprimentar ou ignorar? Afinal ele salvou-a do irmão tarado.
Adormeceu com esse pensamento e sonhou que o encontrava na praia e ele salpicava água e areia no seu corpo quente do sol. Ela esbravejava como da outra vez e ele sorria deixando-a furiosa.
Dessa vez acordou sorrindo, ele era antipático, mas era um homem muito atraente.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Flavia Oliveira
E no final das contas o antipático foi seu salvador
2024-11-20
0
Flavia Oliveira
POR ESSE MOTIVO MUITAS MULHERES NÃO DENUNCIA,POIS SEMPRE SÃO VISTAS COMO AS QUE DEU CONFIANÇA.
2024-11-20
0
Patrícia Aparecida Silva
autora o nome do namorado não era Antônio? mudou no meio da história?
2024-10-14
0