5 Capitulo UM ACORDO

Jade ainda estava deitada quando ouviu a sua família chegando, o seu coração batia acelerado, ela estava com muito medo, quase sempre as coisas não acabavam bem aos domingos. Ela escutou barulho de passos de aproximando e o seu corpo contraiu-se com medo, não conteve as lágrimas que se acumulou nos seus olhos fechados.

A pessoa chegou na sua porta verificando se ela estava como deveria estar.

_ Cadela obediente. Papai, está com o pulso a doer, mas eu irei fazer o trabalho dele em você hoje. Não sabe como gosto de ver-te ficar marcada quando a cinta cobre-lhe o couro.

Jade reconheceu a voz do seu irmão Vítor, e não teve tempo de se preparar quando escutou a conta estalando nas suas nádegas expostas. O grito saiu da sua garganta.

Mãos fortes agarraram os seus cabelos.

_ Grita, grita bem alto, para eu poder ter o prazer de ferir-te mais.

Dito isso ele apenas continuou a surrar Jade até que estivesse satisfeito. Foram 30 cintadas espalhadas por suas nádegas e costas. Jade mordeu o travesseiro e não emitiu nenhum som.

O suplicou terminou e o seu irmão já havia saído. Jade permaneceu na cama, machucada física e emocionalmente.

Deixou que as lágrimas corressem soltas dos seus olhos. Soluços sentidos e desesperados saiam dos seus lábios.

Tinha que fugir dessa casa. Para isso era necessário ganhar mais dinheiro, para ir bem longe. Também tinha que deixar o medo de lado.

Jade tinha medo de fugir e ser encontrada e trazida de volta. A sua vida já era um inferno suficiente.

Adormeceu, fazendo planos para libertar-se.

Vitor, estava em seu próprio quarto lembrando com prazer as cintadas marcando a pele da irmã. Desde que era muito novo viu e foi ensinado a bater nela.

Na verdade poderia fazer qualquer coisa com ela que seus pais não se importavam.

Quando era criança não entendia o porquê Jade era tratada assim, mas com o tempo não quiz mas saber, ela não era importante, era ruim, merecia cada tapa, surra e castigos que recebia.

Alguém bateu na porta e ele deixou entrar, era sua mãe.

_ Fez o que eu te mandei? Eu fui cuidar do pulso do seu pai. Espero que tenhas dado o que aquela merecia e um pouco mais.

_ Ela recebeu sua lição mamãe. Um sorriso em seu rosto deu a sua mãe a confirmação da suas palavras.

_ Muito bem meu filho.

_ Mãe, quem é o homem que papai encontrou hoje? Foi ele quem torceu o pulso do papai, eu vi. Desculpe, não foi com intenção. Eu fui buscar o sorvete e apenas aconteceu.

O rosto da sua mãe ficou sério e lívido derrepente.

_ São negócios, e acho que você está errado, ele não machucaria o seu pai. Aquele homem irá ser nosso colaborador. A nossa vida irá mudar para melhor e a vida daquela coisa que voce castigou para pior.

Um sorriso surgiu no rosto da mulher.

_ Espere e verá. Dito isso deu um beijo na testa do filho e saiu.

Já no seu quarto a mulher conversa com o seu marido.

_ Vitor viu o seu "acidente". Temos que resolver isso logo. Faça a proposta. Dê aquela m@ldit@ para pagar a sua dívida. Ela é virgem, e no ramo de trabalho que ele e os seus irmãos têm isso vale uma fortuna. Podemos liquidar a sua dívida e ainda pedir um pouco a mais.

_ Está certa, mas quem fará o que ela faz? Você quer contratar uma empregada?

_ De maneira nenhuma. Ela pode muito bem-fazer os dois trabalhos. Isso tem que ficar no acordo. Trabalha de noite para os irmãos Feline e de dia para nós.

_ Está certa, amanhã mesmo irei ver isso.

O homem virou de lado e sorriu. Sua mulher não sabia que tipo de dívida tinha com os irmãos Feline. Ele havia dito ser muito alta, mas, na verdade não tinha dívida de dinheiro. Ele queria entrar para a organização dos irmãos Feline como colaborador. Ele já procurara os irmãos, exposto a sua família, e agora os irmãos queriam que ele desse uma prova de lealdade. O preço era alto. E a sua mulher talvez tenha-lhe dado a solução.

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