Era domingo e o esse dia trazia bons momentos para Jade. A sua família ia passear aos domingos, ela nunca foi nesses passeios, era sempre deixada em casa, quando era pequena chorava muito e apanhava, hoje era dia de liberdade, não dava para sentir falta do que nunca se teve.
Era claro que a sua mãe não lhe deixaria o dia todo livre, as obrigações ao domingo triplicavam, e ela tinha que levantar muito mais cedo para dar conta de tudo, porém ela podia fazer barulho, tropeçar, cantar, dançar sem medo e sempre acabava a dar tempo para fazer o que gostava, desenhar, ler, e ouvir música, bem ouvir música dependia da vizinha, mas mesmo assim Jade estava feliz.
Não havia indício do amanhecer quando Jade pulo da cama, organizou as suas coisas, fez a sua higiene e foi começar a preparar o café da manhã.
Quando chegou a cozinha e viu o que estava marcado no papel deu um suspiro de alívio, acordará a tempo para preparar tudo o que foi solicitado.
Sem exitar foi fazendo tudo que lhe foi pedido. De tanto ser surrada por servir comida que a sua família achava ruim, jade lia e guardava toda receita para fazer o seu melhor, por isso a sua comida era deliciosa. Ela entendia que nada satisfazia a sua família mais do que a ver sofrendo, então cozinhava para si, e para os amigos que ela teria no futuro.
Jade olhou para a mesa organizada com capricho e perfeição, sabia que tudo estava no lugar, mesmo assim o seu coração apertava no peito de expectativa, um dia começava bem quando não havia surras, castigos, falta de comida.
Com os ouvidos sempre atentos escutou os primeiros sinais de vida na casa e correu para terminar de dar os últimos toques e terminar de servir a mesa.
Agora com tudo pronto e os alimentos na temperatura perfeita para ser comido, ela correu de volta para a cozinha terminar de lavar a louça e guardar.
Seu coração saltou no peito quando a voz da sua mãe chegou até ela.
_ Estamos saindo verme. Quero tudo feito quando voltarmos, não me faça ir até o seu quarto quando eu voltar. Se eu tiver que fazer isso, quem conversará será seu pai. Pode comer os restos.
Jade sentiu um alívio imediato, mas não demonstrou nenhum sinal. Mostrar felicidade era considerado um ato de rebeldia que precisava ser cortado pela raiz. E quem sofria esse "corte" eram suas costas, pernas, joelhos, enfim sei corpo.
Apartir desse momento Jade continuou as tarefas com o mesmo semblante derrotado, submisso e infeliz até que ouviu o carro deixando a casa.
O som do carro se afastando era como o b arulho das suas correntes caindo, uma felicidade explodia no seu coração, fazendo com que desse pulos e gargalhadas.
Foi com essa alegria que começou e terminou o seu serviço, nem parou para almoçar, não queria perder tempo, queria um tempo livre para fazer o que queria.
Jade estava no seu quarto, havia tomado um banho relaxante e lavado os seus cabelos, ela tinha permissão de lavar os cabelos apenas aos domingos.
Ela queria usar shampoo condicionador e sabonete cheiroso, tinha dinheiro o suficiente para comprar, porém, como iria explicar aos outros da casa o seu cabelo cheiroso e brilhante? Como iria falar como conseguirá o dinheiro para a compra? Ela não podia correr esse risco, portanto usava os restos de sabão e sabonete que a sua mãe lhe dava.
Olhou- se no espelho, tinha altura mediana, cabelos compridos e pretos, olhos castanhos esverdeados, seu corpo era magro, mas as tarefas do dia a dia o deixara definido, o seus lábios eram carnudos e rosado naturalmente, seu rosto tinha a pele lisa. Aliás Aliás, aa que resumia em muita verdura e legumes, pouco sal, água e pouca carne e que deveria causar-lhe desnutrição deixava-lhe com a aparência boa de se ver. Ela se achava bonita.
O som da música chegou aos seus ouvidos. E ela começou a dançar e rir, ela não sabia que música era, quem era o cantor, mas cantava e dançava junto, além de dançar e cantar Jade desenhou.
Ela olhou o desenho e sorriu, estava muito bom, que história curiosa era aquela. Uma ratinha que se apaixonou por um gato e conquistou seu coração.
Já eram 20:30 quando Jade foi arrumar o lanche que deveria deixar pronto para a família quando essa chegasse e verificar se tudo estava em ordem.
Depois voltou ao seu quarto, tirou a sua roupa, abriu a porta e deitou-se no colchão. Sua liberdade tinha chegado ao fim.
Era assim que deveria ficar, exposta, para que se achassem necessário pudessem surra-la sem nada impedir.
Uma única vez havia desobedecido. Foi surrada e espancada durante sete noites pela família que se revesava. Nunca mais cometera o mesmo erro.
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Paula Ferreira
gente sei que é um livro, mais não entra na minha cabeça uma criatura com essa idade aceitar essas coisas. e continuar morando com esses povo.
2025-02-22
10
Maria Helena Macedo e Silva
infelizmente isso é uma realidade na vida de muitas pessoas e algumas morrem aprisionadas outras superam todo o passado de dor e triunfa sobre ele.
2025-03-27
0
Ester
não entendi porque aos 18 e conseguindo ganhar seu próprio dinheiro ela se presta a aguentar isso é só ir embora e pronto vai se virar e denuncia esses merdas
2025-03-01
1