Catarina: É-é... quem é você?
Nervosa, ela gaguejou.
Romeu: Pode me chamar de Romeu, sou o médico temporário do convento.
Catarina: Eu não estou tendo outro pesadelo?
Romeu: Depende, você me achou tão feio assim?
Ele riu.
Romeu: Não, Catarina, não está tendo um pesadelo.
Você reclamou de dor de cabeça ao acordar, ainda está sentindo ou foi só a luz forte?
Catarina: Sim... foi só a luz.
Ela ainda estava confusa e nervosa com a presença de Romeu.
Romeu: Você provavelmente desmaiou por não ter se alimentado direito… E vá com calma, não faça movimentos tão bruscos.
Ela assentiu e sentou enquanto Romeu foi buscar a bandeja de comida que haviam deixado para ela.
Romeu: Sua amiga Ana disse que você não tomou café da manhã.
Catarina permaneceu em silêncio, ainda tímida e nervosa.
Romeu: Então, suas colegas trouxeram esse banquete para você. Aproveite a comida, ou terei que preparar aquelas sopas horríveis que servem em hospitais. Acredite, Catarina, você não trocaria esse banquete por uma sopa, e muito menos pela minha sopa! Eu sou péssimo na cozinha.
Ela segurou o riso.
Romeu: Ah, consegui um sorriso! Isso significa que você está se recuperando bem.
Romeu sorriu para ela e sem que eles esperassem, Ana entrou na enfermaria.
Ana: Ah, graças a Deus! Você acordou!
Ana se aproximou de Catarina e beijou sua testa.
Romeu: Sim, e já está bem melhor. Foi só uma lição por ter ficado sem comer por muito tempo, não é, irmã Catarina?
Ele falou de forma simpática, mas Catarina mal conseguia encará-lo.
Ana: Ah, doutor! O padre Augustinho disse que assim que a irmã Catarina ficar bem, é para o senhor passadar na sala dele.
Romeu: Está bem, obrigado pelo aviso, vou lá agora mesmo. A irmã Catarina já está liberada para sair assim que terminar de comer… mais tarde confiro essa pressão novamente.
Ele olhou para Catarina e piscou.
Ana: Ok, doutor. Obrigada. Vou ficar de olho nela.
Ele saiu da sala, e Ana olhou para Catarina com certa dúvida.
Ana: O médico falando com você e você nem responde? O que aconteceu depois desse desmaio? Nem bateu a cabeça! E sorte a sua o doutor estar lá para evitar que você caísse no chão.
Catarina estava perdida em seus pensamentos.
Ana: Meu Deus, irmã! Estou começando a ficar preocupada. Você sempre fala pelos cotovelos e faz suas gracinhas. O que aconteceu com você?
Catarina: Nada, irmã Ana… é só um pouco de cansaço.
Ana: Então coma e vamos para o quarto. O padre disse que você pode tirar o dia para descansar hoje.
Catarina assentiu e começou a comer.
No caminho de volta para o quarto, Ana ainda achava estranho o comportamento de Catarina.
Ana: Irmã, foi só a queda de pressão mesmo ou aconteceu algo mais sério para você desmaiar daquela forma?
Catarina: Não, irmã… olha, eu preciso descansar um pouco. Mais tarde me levanto e vou fazer minhas obrigações.
Ana: Hoje você vai ficar de repouso. Amanhã volta às suas atividades! Afinal, as aulas de canto voltam só amanhã, fique tranquila.
Catarina se deitou e Ana apagou a luz do quarto.
Ana: Qualquer coisa é só chamar. Descanse um pouco, o doutor Romeu deve vir mais tarde ver como você está se sentindo.
Catarina: Não, não precisa! Por favor irmã, deixa ele lá… eu estou ótima.
Ana achou estranho a reação de Catarina, mas estava sem tempo para conversar. Apenas fechou a porta e saiu.
Catarina fechou os olhos e soltou o ar dos pulmões.
Catarina: Como é possível isso estar acontecendo!? Como?
Mais tarde, quando Romeu saía da sala do padre, ele se encontrou com Ana pelos corredores.
Romeu: Irmã Ana, que bom que a encontrei! Como está a Catarina?
Ana: A irmã Catarina não está bem. Acho que ela está escondendo alguma dor! Pois nunca para quieta, e desde o desmaio tem falado tão pouco… Essa menina nos dá trabalho antes mesmo de virar noviça, mas hoje está parecendo uma muda.
Romeu: Onde ela está? Vou pegar minhas coisas e ir vê-la.
Ana: Obrigado, doutor. Eu te levo até lá, ela está no quarto.
Após pegar sua maleta, o médico seguiu até o quarto acompanhado de Ana.
Ana: Deixe-me entrar primeiro.
Romeu: Claro, irmã. Fique à vontade.
Ana entrou e logo abriu a porta para que Romeu entrasse.
Ana: Entre, doutor. Ela está acordada.
Quando Romeu entrou no quarto, foi direto para perto da cama de Catarina, que estava despertando.
Romeu: Com licença, irmã Catarina. Vim ver como você está. Posso me sentar?
Ela assentiu e ele se acomodou ao lado dela na cama.
Catarina: Eu estou bem...
Romeu sorriu.
Romeu: É bom ouvir isso, mas não custa nada conferirmos, tudo bem pra você?
Catarina: Sim…
Romeu: Ótimo.
Ele disse enquanto pegava o aparelho de medir pressão.
Romeu: É sempre assim calada?
Ana: Não! Fala que nem um papagaio!
Antes mesmo de Catarina pensar em responder, Ana disparou.
Romeu riu e Catarina olhou feio para Ana.
Ana: Só disse a verdade.
Catarina olhou para Romeu.
Catarina: Estou ótima, o senhor não precisa se preocupar comigo.
Romeu: Por favor, sem formalidades, pode me chamar apenas de Romeu.
Ele verificou a pressão arterial de Catarina e também se ela estava com febre.
Romeu: Bom, a irmã Catarina parece estar muito bem. De qualquer forma, se estiver sentindo algo, é só me chamar.
Catarina: Tudo bem.
Romeu levantou-se da cama.
Ana: Vamos, doutor. Eu te acompanho.
Antes que Romeu e Ana saíssem, Catarina o chamou.
Catarina: Doutor Romeu?
Ele se virou para olhá-la.
Catarina: Obrigada.
Ele sorriu e assentiu para Catarina, enquanto Ana também sorria.
Ana: Vamos.
Eles saíram do quarto e Ana fechou a porta atrás deles.
Ana: Obrigada, doutor Romeu. Eu insisto porque a Catarina é jovem e sabemos como essa juventude pode esconder as coisas. Ela nunca havia desmaiado ou algo assim, fiquei preocupada. Mas que bom que o senhor viu que está tudo bem.
Romeu: É visível que você cuida dela e se preocupa, isso é muito bonito, irmã Ana.
Ana: O senhor é tão gentil! Poderia trabalhar conosco quando o doutor Hugo se aposentar, não pensa nisso?
Romeu: Na verdade, irmã, estou acostumado com a vida na cidade grande.
Ana sorriu.
Ana: Pois é, imaginei que não tivesse interesse. Até porque se o padre Augustinho precisou ir até lá te convencer a vir, é porque você realmente gosta da sua vida na cidade grande. Sem contar que deve ter muitos trabalhos por lá e aqui não ganha nada.
Romeu: É verdade, irmã. Mas o problema não é financeiro, essa cidade pequena realmente não me interessa muito.
Ana riu.
Ana: Entendi, meu filho. Você não parou um minuto desde que chegou! Vamos tomar um café? Eu já vou preparar um bem fresquinho!
Romeu: Não dispenso um café fresquinho feito pelas suas mãos de anjo, mas primeiro gostaria de tomar um banho, tudo bem?
Ana: Claro, meu querido! Eu te aguardo na cozinha. Enquanto isso, vou colocar umas torradas para assar.
Romeu: Opa! Agora eu não posso perder mesmo!
Eles riram enquanto cada um seguia para seu destino.
Enquanto isso, Catarina tomava banho e pensava na manhã caótica que teve.
💭 Catarina: Virgem Santa… como é possível que isso esteja acontecendo? Agora o homem dos meus sonhos tem nome e está bem aqui… Romeu… ele é bonito, cheiroso e engraçado…
Catarina sorria enquanto passava sabonete pelo corpo e pensava em Romeu. Quando seus pensamentos ficaram intensos demais, ela se benzeu e se jogou embaixo da água fria.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 40
Comments
Marcia Santos
Catarina do céu 😯 você está com pensamentos pecaminosos🤔🤔🤔🤔vai rezar menina
2025-02-01
0
Magna Regina
viram como donhis e pensamentos atraem kkkkk
2025-02-08
0
Magna Regina
minha nossa senhora das calcinhas molhadas s Catarina vai pirar coitada
2025-02-08
1