Capítulo 03

Catarina: É-é... quem é você?

Nervosa, ela gaguejou.

Romeu: Pode me chamar de Romeu, sou o médico temporário do convento.

Catarina: Eu não estou tendo outro pesadelo?

Romeu: Depende, você me achou tão feio assim?

Ele riu.

Romeu: Não, Catarina, não está tendo um pesadelo.

Você reclamou de dor de cabeça ao acordar, ainda está sentindo ou foi só a luz forte?

Catarina: Sim... foi só a luz.

Ela ainda estava confusa e nervosa com a presença de Romeu.

Romeu: Você provavelmente desmaiou por não ter se alimentado direito… E vá com calma, não faça movimentos tão bruscos.

Ela assentiu e sentou enquanto Romeu foi buscar a bandeja de comida que haviam deixado para ela.

Romeu: Sua amiga Ana disse que você não tomou café da manhã.

Catarina permaneceu em silêncio, ainda tímida e nervosa.

Romeu: Então, suas colegas trouxeram esse banquete para você. Aproveite a comida, ou terei que preparar aquelas sopas horríveis que servem em hospitais. Acredite, Catarina, você não trocaria esse banquete por uma sopa, e muito menos pela minha sopa! Eu sou péssimo na cozinha.

Ela segurou o riso.

Romeu: Ah, consegui um sorriso! Isso significa que você está se recuperando bem.

Romeu sorriu para ela e sem que eles esperassem, Ana entrou na enfermaria.

Ana: Ah, graças a Deus! Você acordou!

Ana se aproximou de Catarina e beijou sua testa.

Romeu: Sim, e já está bem melhor. Foi só uma lição por ter ficado sem comer por muito tempo, não é, irmã Catarina?

Ele falou de forma simpática, mas Catarina mal conseguia encará-lo.

Ana: Ah, doutor! O padre Augustinho disse que assim que a irmã Catarina ficar bem, é para o senhor passadar na sala dele.

Romeu: Está bem, obrigado pelo aviso, vou lá agora mesmo. A irmã Catarina já está liberada para sair assim que terminar de comer… mais tarde confiro essa pressão novamente.

Ele olhou para Catarina e piscou.

Ana: Ok, doutor. Obrigada. Vou ficar de olho nela.

Ele saiu da sala, e Ana olhou para Catarina com certa dúvida.

Ana: O médico falando com você e você nem responde? O que aconteceu depois desse desmaio? Nem bateu a cabeça! E sorte a sua o doutor estar lá para evitar que você caísse no chão.

Catarina estava perdida em seus pensamentos.

Ana: Meu Deus, irmã! Estou começando a ficar preocupada. Você sempre fala pelos cotovelos e faz suas gracinhas. O que aconteceu com você?

Catarina: Nada, irmã Ana… é só um pouco de cansaço.

Ana: Então coma e vamos para o quarto. O padre disse que você pode tirar o dia para descansar hoje.

Catarina assentiu e começou a comer.

No caminho de volta para o quarto, Ana ainda achava estranho o comportamento de Catarina.

Ana: Irmã, foi só a queda de pressão mesmo ou aconteceu algo mais sério para você desmaiar daquela forma?

Catarina: Não, irmã… olha, eu preciso descansar um pouco. Mais tarde me levanto e vou fazer minhas obrigações.

Ana: Hoje você vai ficar de repouso. Amanhã volta às suas atividades! Afinal, as aulas de canto voltam só amanhã, fique tranquila.

Catarina se deitou e Ana apagou a luz do quarto.

Ana: Qualquer coisa é só chamar. Descanse um pouco, o doutor Romeu deve vir mais tarde ver como você está se sentindo.

Catarina: Não, não precisa! Por favor irmã, deixa ele lá… eu estou ótima.

Ana achou estranho a reação de Catarina, mas estava sem tempo para conversar. Apenas fechou a porta e saiu.

Catarina fechou os olhos e soltou o ar dos pulmões.

Catarina: Como é possível isso estar acontecendo!? Como?

Mais tarde, quando Romeu saía da sala do padre, ele se encontrou com Ana pelos corredores.

Romeu: Irmã Ana, que bom que a encontrei! Como está a Catarina?

Ana: A irmã Catarina não está bem. Acho que ela está escondendo alguma dor! Pois nunca para quieta, e desde o desmaio tem falado tão pouco… Essa menina nos dá trabalho antes mesmo de virar noviça, mas hoje está parecendo uma muda.

Romeu: Onde ela está? Vou pegar minhas coisas e ir vê-la.

Ana: Obrigado, doutor. Eu te levo até lá, ela está no quarto.

Após pegar sua maleta, o médico seguiu até o quarto acompanhado de Ana.

Ana: Deixe-me entrar primeiro.

Romeu: Claro, irmã. Fique à vontade.

Ana entrou e logo abriu a porta para que Romeu entrasse.

Ana: Entre, doutor. Ela está acordada.

Quando Romeu entrou no quarto, foi direto para perto da cama de Catarina, que estava despertando.

Romeu: Com licença, irmã Catarina. Vim ver como você está. Posso me sentar?

Ela assentiu e ele se acomodou ao lado dela na cama.

Catarina: Eu estou bem...

Romeu sorriu.

Romeu: É bom ouvir isso, mas não custa nada conferirmos, tudo bem pra você?

Catarina: Sim…

Romeu: Ótimo.

Ele disse enquanto pegava o aparelho de medir pressão.

Romeu: É sempre assim calada?

Ana: Não! Fala que nem um papagaio!

Antes mesmo de Catarina pensar em responder, Ana disparou.

Romeu riu e Catarina olhou feio para Ana.

Ana: Só disse a verdade.

Catarina olhou para Romeu.

Catarina: Estou ótima, o senhor não precisa se preocupar comigo.

Romeu: Por favor, sem formalidades, pode me chamar apenas de Romeu.

Ele verificou a pressão arterial de Catarina e também se ela estava com febre.

Romeu: Bom, a irmã Catarina parece estar muito bem. De qualquer forma, se estiver sentindo algo, é só me chamar.

Catarina: Tudo bem.

Romeu levantou-se da cama.

Ana: Vamos, doutor. Eu te acompanho.

Antes que Romeu e Ana saíssem, Catarina o chamou.

Catarina: Doutor Romeu?

Ele se virou para olhá-la.

Catarina: Obrigada.

Ele sorriu e assentiu para Catarina, enquanto Ana também sorria.

Ana: Vamos.

Eles saíram do quarto e Ana fechou a porta atrás deles.

Ana: Obrigada, doutor Romeu. Eu insisto porque a Catarina é jovem e sabemos como essa juventude pode esconder as coisas. Ela nunca havia desmaiado ou algo assim, fiquei preocupada. Mas que bom que o senhor viu que está tudo bem.

Romeu: É visível que você cuida dela e se preocupa, isso é muito bonito, irmã Ana.

Ana: O senhor é tão gentil! Poderia trabalhar conosco quando o doutor Hugo se aposentar, não pensa nisso?

Romeu: Na verdade, irmã, estou acostumado com a vida na cidade grande.

Ana sorriu.

Ana: Pois é, imaginei que não tivesse interesse. Até porque se o padre Augustinho precisou ir até lá te convencer a vir, é porque você realmente gosta da sua vida na cidade grande. Sem contar que deve ter muitos trabalhos por lá e aqui não ganha nada.

Romeu: É verdade, irmã. Mas o problema não é financeiro, essa cidade pequena realmente não me interessa muito.

Ana riu.

Ana: Entendi, meu filho. Você não parou um minuto desde que chegou! Vamos tomar um café? Eu já vou preparar um bem fresquinho!

Romeu: Não dispenso um café fresquinho feito pelas suas mãos de anjo, mas primeiro gostaria de tomar um banho, tudo bem?

Ana: Claro, meu querido! Eu te aguardo na cozinha. Enquanto isso, vou colocar umas torradas para assar.

Romeu: Opa! Agora eu não posso perder mesmo!

Eles riram enquanto cada um seguia para seu destino.

Enquanto isso, Catarina tomava banho e pensava na manhã caótica que teve.

💭 Catarina: Virgem Santa… como é possível que isso esteja acontecendo? Agora o homem dos meus sonhos tem nome e está bem aqui… Romeu… ele é bonito, cheiroso e engraçado…

Catarina sorria enquanto passava sabonete pelo corpo e pensava em Romeu. Quando seus pensamentos ficaram intensos demais, ela se benzeu e se jogou embaixo da água fria.

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Comments

Marcia Santos

Marcia Santos

Catarina do céu 😯 você está com pensamentos pecaminosos🤔🤔🤔🤔vai rezar menina

2025-02-01

0

Magna Regina

Magna Regina

viram como donhis e pensamentos atraem kkkkk

2025-02-08

0

Magna Regina

Magna Regina

minha nossa senhora das calcinhas molhadas s Catarina vai pirar coitada

2025-02-08

1

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