Cap. 17- Paternidade???

...Jonathan...

Não sei o que aconteceu, mas do nada ela ficou nervosa, e começou a chorar, eu não sei o que eu fiz de errado, a policial vem para perto dela e abraça, pega as crianças e eles vão para a casa dela, eu não sei o que fazer.

Minha vontade era ir junto, mas acredito que ela precisa de espaço, eu fico tentando lembrar-me o que pode ter feito ela surtar assim.

E nada vem à minha cabeça no primeiro momento, vou para casa e me sentei frustrado no sofá, como pude ser tão idiota, não ir atrás dela, eu realmente não mereço que ela me perdoe, perdi a minha oportunidade de ser feliz e amado verdadeiramente.

Virgínia: Meu filho, você voltou e aí como foi a conversa, pela sua cara já sabe o que aconteceu com ela.

Jonathan: Você podia ter me contado mamãe, insistido para eu te ouvir.

Virgínia: No início eu tentei muito, mas você ficava bravo comigo e depois, quando descobrimos que ele era um homem perigoso, ela pediu para a sua irmã não contar e também não deixar ninguém contar, que isso lhe deixaria na mira daquele bandido, eu sou sua mãe e não poderia deixar que nada de mal lhe acontecesse.

Jonathan: Outro dia ouvi vocês conversando que era um plano isso da aposentadoria do papai, que foi para eu voltar, e saber a verdade ou entendi errado.

Virgínia: Quando soubemos que eles fariam desse condomínio um lugar altamente protegido, eu quis vir morar aqui e eles aceitaram, a minha intenção era ou melhor é que você possa viver esse relacionamento com a mulher que ama, e aqui estará protegido, e outra coisa, essas crianças precisam de um pai, e tenho certeza que você será um pai maravilhoso, um marido incrível e vice versa, eu quero a felicidade dos dois.

Jonathan: Só tem uma coisa errada no seu plano, ela não me quer nem como marido e nem como pai dos filhos dela, quando falei isso ela chorou e foi embora.

Nossa, então foi isso que a magoou, eu dizer que parecia que eles eram meus filhos, acredito que ela lembrou das nossas conversas de adolescente, eu dizendo que jamais iria conseguir amar um filho que não era meu, que eu admirava a mãe dela por isso, como sou idiota, naquela época eu não sabia de nada, eu tinha uns 13 anos e foi a nossa primeira briga.

Levanto de pressa eu tenho que falar com ela que não penso mais assim, na realidade acredito que nunca pensei, era só para irritar ela na época, adorava ver ela toda vermelha de raiva, ela ficava ainda mais bonita.

Virgínia: Onde você vai com tanta pressa?

Jonathan: Preciso falar com a Madeleine de novo, acredito que ela me interpretou mal, preciso explicar.

Virgínia: Eu vou junto, quero ver ela e as crianças, fiquei a esperar pelo seu pai e até agora não fui.

Saímos de casa rumo a casa dela, que é na mesma rua da nossa, tocamos a campainha e ficamos aguardando meu coração parece que vai sair do peito.

A porta se abre e vejo que é a mesma policial que trouxe ela para casa, ela me dá espaço para entrar e estão todos na sala, os pais dela, os irmãos, os avós também, uma reunião de família, eu olho para ela que ainda está emocionada.