Cap. 13 - Verdades

...Jonathan...

Elas foram embora e eu fiquei como um idiota tentando entender o que aconteceu aqui.

A minha irmã sabe da história e eu vou direto para a casa falar com ela, já chego gritando o seu nome e a minha mãe aparece e me olha assustada.

Virgínia: O que está acontecendo aqui, meu filho, gritando desse jeito a sua irmã está se arrumando para trabalhar, hoje é o primeiro dia dela.

Jonathan: Ok, mas eu preciso falar com ela, e a senhora também deve ter escondido de mim algumas informações sobre a Madeleine, não é.

Assim que falo isso, vejo no seu olhar uma certa surpresa misturada com nervosismo.

Virgínia: Eu não escondi nada de você.

Nessa hora vejo a minha irmã descendo e ela vai logo dando uma bronca em mim.

Barbara: Faça me rir, cobrando explicações do quê, se você quem não quis saber de nada sobre ela, quantas vezes tentamos te contar, mesmo indo contra a vontade da Madeleine, eu iria te contar pois merecia saber, mas agora se quiser saber vá direto a fonte, eu que não vou te falar nada, afinal você era o namorado, quem dizia para todos, em todos os cantos do mundo que ela era a mulher da sua vida, e foi o primeiro a não acreditar nela, não deu nem o benefício da dúvida, conhecendo ela como conhece, eu nunca acreditei mesmo quando ela mesmo achava que tinha te traído eu duvidei, fui atrás dela, e você aonde estava, eu digo, vivendo a sua vidinha como se ela não existisse.

Quando ela me diz isso, sinto o baque e vejo o quanto imaturo eu fui, e pensando bem eu achei essa história bem estranha e assim que voltei de viagem fui procurar ela que tinha sumido, e a Melinda me mostrou as fotos dos dois juntos na cama e ainda me disse que ela fugiu com o Christopher e eu acreditei, afinal contra fatos não há argumentos, fiquei cego de raiva e realmente não deixei ninguém falar dela, estava perdido no meu próprio mundinho cheio de raiva e dor que não enxerguei ninguém ao meu redor.

Virgínia: Calma filha, não precisa falar assim com seu irmão, ele não sabe o que aconteceu de verdade.

Barbara: Então me diga mamãe, você acreditou antes de saber a verdade, ou você também duvidou.

Eu olho para a minha mãe que me olhou com pesar antes de responder.

Virgínia: Essa história nunca me desceu, conheço aquela menina desde pequena, e sua índole, então não realmente não acreditei e sempre disse que aquele "amigo" de vocês era mal caráter, não estava errada, só não sabia que ele era tão perigoso.

Minha cabeça está uma confusão, eu não consigo respirar direito, acredito que estou tendo uma crise de ansiedade, já tive algumas vezes nesses anos que se passou.

Minha mãe vem ao meu lado e pega na minha mão me conduzindo para sentar no sofá, me pede para respirar e expirar, aos poucos vou me acalmando, mas preciso saber o que realmente aconteceu.

Jonathan: Eu preciso falar com ela, me ajuda por favor, eu não consigo seguir a minha vida, se é isso que pensa, nenhuma outra mulher me interessou nesses anos todos, me fechei para o mundo por isso fiquei tantos anos fora, não queria voltar e reabrir essas feridas, mas também nunca esqueci só aprendi a mascarar a dor e o meu amor, sei que não mereço nada, e nem que me ajude, mas por favor eu preciso ao menos saber de tudo para seguir em frente.

Barbara: Ok, eu vou te colocar na frente dela, mas se você magoar ela eu juro que lhe mato, não imagina como ela viveu todos esses anos e o quanto ela sofreu.

Eu não sei o que de fato aconteceu, mas agora pude perceber que ela não teve culpa de nada, tomo banho me troco e tomo somente um café preto a fome foi embora, minha irmã me diz que vamos agora para lá e eu não sei nem o que estou sentindo neste momento........

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