— Doutor, o senhor sabe que não é fácil voltar. Depois do que aconteceu com aquela paciente, é loucura arriscar novamente. Tenho medo de prejudicar mais uma pessoa e depois não ter cara para sair na rua.
— Erros acontecem. E sabemos que não foi intencional. O importante é você aprender com o seu erro para fazer melhor, e não ficar preso a ele.
— Ela não anda mais por minha culpa.
— Foi sua culpa, mas isso não pode te parar, Maeve. A família dela já te perdoou, você lidou com as consequências. Agora siga a sua vida.
— Como eu posso ter certeza? Eu tenho medo.
— Você está traumatizada. Vá ao psicólogo, procure se dar uma chance e siga em frente. Pessoas como o Lorenzo está te esperando.
— O senhor fez isso de propósito, não é?
— Sim, e não me arrependo porque confio em você.
— Magnólia me deu um contrato para assinar.
— Isso é ótimo. Eles estão contando com você.
— Doutor, existe outra pessoa mais preparada do que eu. Estamos falando do Lorenzo Torres.
— Estamos falando dele sim, e estamos falando de você. Aceite, volte ao seu trabalho.
— E o que eu faço? Digo o que aconteceu para a senhora Magnólia?
— Não é necessário. Se precisar pode contar comigo.
— Não quero problemas por causa disso.
— Eu não vou aceitar ver a minha fisioterapeuta favorita, estacionada, enquanto pessoas esperam pelos os cuidados dela . Você é excelente, vá brilhar. — Ele abre um sorriso incentivador.
— Obrigada, doutor Cézar. Os seus conselhos sempre me motivam.
— Estamos juntos.
Maeve se despediu, pegou um táxi e foi para o restaurante da sua amiga.
Judith viu a sua amiga chegar e fez sinal para ela ir até o balcão. Maeve estava sorridente ativando toda a curiosidade da Judith.
— O que foi?
— Adivinha quem será a fisioterapeuta do Lorenzo?
— Mentira? Jura? Você aceitou?
— É, eu vou dar uma chance a mim mesma, e acreditar que o meu erro não tem poder para me definir.
— É isso aí! É assim que se fala. — Vibra. — Vai atrás do seu sonho, não fica aí parada. E aproveita para cuidar muito bem daquele bonitão. — Se inclina sobre o balcão enquanto fala.
— Para de falar assim Judith. — Maeve olha para os lados. — Não quero que ninguém saiba.
— Estou tão feliz, amiga! Não se preocupe, ninguém mais vai saber além do Dante e a Lia.
— Obrigada. Quando dizer a eles, peça sigilo! Agora me dê um cupcake desse aí.
— Tá, tá, é para já!
Judith ficou até mais animada, Maeve só sabia rir da amiga. Sempre que algo dar certo na vida delas, elas comemoram.
Três dias depois...
Maeve acabou atrasando para dar a resposta, estava pensando se era mesmo o que queria agora. Com tantos conselhos e incentivo dos amigos, ela não teve para onde correr. Pela manhã, após a primeira refeição, ela vestiu uma calça social bege e uma camiseta listrada. Prendeu os cabelos volumosos para trás com algumas mechas soltas na testa e seguiu pronta para mansão Torres.
Ao chegar, Magnólia quem a recebeu, estava feliz e não parava de sorrir. Seria a primeira vez que iria conhecer o Lorenzo pessoalmente. No fundo estava nervosa, mas a todo momento lutou pelos os pensamentos positivos mantendo-se tranquila.
Na sala de estar, Lorenzo a esperava, ele estava lindo como de costume. Seu olhar era semicerrado mirando nos olhos da fisioterapeuta. Magnólia fez questão de apresentá-los começando pela Maeve.
— Filho, essa é a fisioterapeuta Maeve Garcia.
— Maeve, esse é o Lorenzo, meu filho.
Os dois se entre olharam, Lorenzo tinha um olhar frio e misterioso, Maeve nunca viu um paciente assim antes. O olhar dele lhe deixava tensa, como se fosse uma barreira de limite entre a aproximação deles.
— Seja bem-vinda, senhorita Maeve. Satisfação a minha poder contar com seu trabalho. —Ele diz com um tom de voz forte e baixo ainda olhando nos olhos dela.
— Eu agradeço a confiança, acredito que juntos teremos bons resultados. Prazer em conhecê-lo.
— Bom, eu vou deixá-los a sós. Qualquer coisa, é só me chamar.
Maeve observou Magnólia sair, Lorenzo parecia uma estátua, não se movia e nem tirava os olhos dela. Se era a sua intenção com algo através disso, ela não tinha conhecimento algum, mas tudo estava intenso só nesse momento. Maeve olhou para os lados e teve a confirmação de que só havia eles dois naquela enorme sala de estar.
— Não vai dizer nada? —Ele iniciou.
— Sim! Na verdade, eu posso me sentar para conversarmos?
— A vontade.
Maeve sentou-se numa poltrona próxima a ele e cruzou as pernas enquanto tirava uma pasta de documentos da bolsa.
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Atualizado até capítulo 126
Comments
Ezanira Rodrigues
O cupido vai entrar em ação.
2024-12-12
1
Débora Oliveira
amor a primeira vista
2024-11-27
1
CássiaLuz🌻
Hummmmmm um olhar 43. 😊
2024-11-20
1