Dante e Lia eram sempre simpáticos, tornando a noite mais divertida. Eles se serviram do delicioso estrogonofe que Judith preparou e brindaram de maneira descontraída, com direito a uivos. Dante beijou Judith, fazendo Maeve e Lia suspirarem, encantadas. Eles realmente formavam um casal muito bonito.
— Quando é que eu vou encontrar um amor assim, igual ao de vocês? — resmungou Lia, arrancando risadas de todos.
— Um dia você vai encontrar, é só ter paciência. — respondeu Judith.
— Ainda bem que eu não estou sozinha nessa mesa. — Maeve levantou as mãos, brincando.
— Eu que o diga. Não vou mentir, vocês me fazem ter vontade de arrumar um namorado.
— Você é minha irmã, não é para qualquer um! — disse Dante, completando. — É melhor que demore para encontrar alguém que só vá brincar com os seus sentimentos.
— Tem razão. Vou beber bastante água, para não ficar com sede. — Lia respondeu, rindo.
— Acho que vou fazer o mesmo. — Maeve cutucou Lia, e ambas caíram na gargalhada.
— Gente, a Magnólia procurou a Maeve hoje. — disse Judith, olhando para a amiga.
— Jura? A Magnólia Torres? — Lia se surpreendeu.
— Sim, ela me ligou dizendo que queria conversar. Imagino que seja por causa do Lorenzo Torres.
— Eu ouvi dizer que ele se isolou depois do acidente. No noticiário, falaram que foi um erro técnico na construção, mas há quem diga que foi um atentado. Nem sei em quem acreditar. — completou Dante.
— Ele deve estar devastado. Não deve ser fácil se isolar, ainda mais sendo um homem tão admirado. — Judith lamentou.
— Sem contar que ele roubava a cena por onde passava. — comentou Lia.
— Não sei como vai ser. Só sei que irei e verei no que dá. — Maeve respondeu sem muita empolgação.
— Você ainda está preocupada por causa do que aconteceu antes? — perguntou Dante, percebendo o desconforto dela.
— É uma decisão difícil voltar à fisioterapia. Me sinto péssima pelo que aconteceu.
— Ei, isso já passou. Eu entendo que foi um erro grave, mas você não é uma má profissional por causa de um deslize. Estamos aqui para te apoiar. Vai dar tudo certo. — ele a consolou.
— E se eu não aceitar?
— Você nasceu para cuidar dos seus pacientes, senhorita! — disse Judith, sorrindo.
— Exato! E a gente vai calar a boca de quem falar qualquer coisa! — acrescentou Lia.
— Gente, eu amo vocês.
— Nós te amamos mais, nossa fisioterapeuta. Ah, estou com uma dor no pescoço... Pode fazer uma massagem para mim? — Judith pediu, fazendo uma cara de dor.
— Vou ligar para um amigo massagista, ele vai te atender na hora. — Maeve provocou.
— Como é? E eu sou o quê? — Dante encarou Judith, fazendo Maeve e Lia rirem ainda mais.
— Me passa o contato dele! — Judith provocou.
— Se fizer isso, nunca mais olho na sua cara, Maeve. — Dante fingiu estar bravo.
— Ai, ele é tão ciumento. É só uma massagem! — Lia comentou, gesticulando.
— Ah, quer massagem? Então vamos embora agora! — disse Dante, brincando.
— Eita, vamos sair daqui, Maeve! — Lia falou, rindo.
— Vou pegar a sobremesa! — Maeve correu para a cozinha, e Lia a seguiu, deixando Judith rindo da cara de Dante, que, sem pensar duas vezes, bebeu o restante da água e espirrou algumas gotas em Judith, que soltou uma gargalhada.
...***...
Na manhã seguinte, na mansão dos Torres, Magnólia recebeu Maeve em sua sala de estar com uma calorosa recepção, deixando Maeve um pouco sem jeito, mas grata. Magnólia, mesmo aos 48 anos, era uma mulher incrivelmente atraente, sempre usando roupas elegantes e sensuais. Seu estilo jovial contrastava com o papel de mãe.
Maeve, por sua vez, tinha a pele morena, longos cachos bem definidos e olhos claros. Quem a visse poderia facilmente confundi-la com uma modelo ou miss, e Magnólia não deixou de reparar sua beleza. Maeve vestia um elegante vestido azul-marinho com mangas curtas, que destacava sua postura profissional.
— Você é muito bonita, eu precisava dizer isso. — comentou Magnólia.
— Muito obrigada, senhora Magnólia. A senhora é extremamente elegante, meus parabéns.
— Obrigada, querida. Vamos conversar no escritório do meu filho.
— Ele está por aqui?
— Está no quarto dele.
No escritório, Maeve se sentou enquanto Magnólia pedia café a Fernanda, a empregada. Magnólia então pegou uma pasta com documentos e foi direto ao ponto.
— Este é o motivo pelo qual a convidei aqui. Há dois dias, meu marido e eu decidimos contratar uma fisioterapeuta para nosso filho. Como você deve saber, ele sofreu um acidente na empresa, no escritório dele. O médico explicou que ele foi atingido na coluna, o que afetou a medula espinhal, causando a perda dos movimentos das pernas. Agora, ele usa uma cadeira de rodas, mas acreditamos que, com fisioterapia, ele possa voltar ao normal.
— Entendi. O médico que fez o diagnóstico já está ciente dessa decisão?
— Sim, está a par de tudo. Lorenzo também concordou. Na verdade, foi o próprio médico que nos indicou você. Ele disse que te conhece e que você é a pessoa mais qualificada para cuidar do Lorenzo.
— Quem foi o médico? — Maeve perguntou, curiosa.
— Doutor Cézar.
— Ah, claro, o doutor Cézar! Ele foi fundamental no início da minha carreira.
— Confiamos muito nele, o consideramos parte da nossa família. Se ele diz que você pode nos ajudar, eu acredito nele.
— Fico muito honrada por essa indicação. Mas... senhora...
— Por favor, apenas me chame de Magnólia.
— Magnólia, eu amo minha profissão e sou extremamente dedicada quando assumo a responsabilidade por alguém. Acredito que o melhor seria um atendimento domiciliar.
— Isso seria ótimo. Meu filho não sai de casa desde que voltou do hospital.
— Lamento que ele esteja se isolando, mas sim, posso atendê-lo em casa. Meu trabalho é particular, seja no consultório, seja em domicílio.
— Muito obrigada. Aqui estão os laudos médicos e os últimos exames que ele fez. — Magnólia entregou uma pasta a Maeve. — E este é o contrato. Ele tem a duração de seis meses e pode ser renovado dependendo do progresso de Lorenzo.
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Atualizado até capítulo 126
Comments
Ezanira Rodrigues
Ela vai aceitar e fará um bom trabalho.
2024-12-12
1
Débora Oliveira
vai aceitar
2024-11-27
1
Alzira Alves Bezera
Vai se um trabalho difícil, ...
2024-11-12
2