Amanhecia em Nocturnópolis, e os primeiros raios de sol começavam a romper a escuridão da noite. A cidade, ainda envolta em uma névoa fina, parecia despertar lentamente, mas Isabela Nocturna já estava em plena atividade. Ela sabia que a verdadeira batalha estava prestes a começar, e cada segundo contava.
No laboratório de Victor, a atmosfera era de concentração intensa. Victor estava imerso na análise das evidências, enquanto Isabela revisava as anotações e tentava conectar os pontos. A mensagem cifrada que encontraram na caixa de música parecia ser a chave para prever o próximo movimento do Sussurrador.
“Victor, você encontrou algo novo?” perguntou Isabela, sua voz carregada de urgência.
“Sim, Isabela. A mensagem cifrada menciona um local específico: ‘A Torre do Relógio’. Parece que o próximo ataque será lá,” respondeu Victor, apontando para o código decifrado.
A Torre do Relógio era um dos pontos mais altos e antigos de Nocturnópolis, um lugar que oferecia uma vista panorâmica da cidade. Isabela sabia que precisava agir rápido. “Precisamos montar uma operação para interceptar o Sussurrador antes que ele faça outra vítima.”
Victor assentiu. “Vou informar a polícia e preparar o equipamento necessário. Vamos pegar esse assassino.”
Enquanto Victor fazia os preparativos, Isabela refletia sobre os eventos recentes. A morte de Clara Luz havia abalado a cidade, mas também havia revelado a presença de um inimigo astuto e perigoso. O Sussurrador não era apenas um assassino; ele era um manipulador, alguém que gostava de brincar com símbolos e mensagens cifradas.
Isabela sentia uma mistura de determinação e ansiedade. Ela sabia que a captura do Sussurrador não seria fácil, mas estava pronta para enfrentar o desafio. Cada pista, cada detalhe, a levava mais perto da verdade. E ela não descansaria até que Clara Luz tivesse justiça.
Ao se aproximarem da Torre do Relógio, Isabela e Victor encontraram o Capitão Duarte e sua equipe já posicionados. “Estamos prontos, Nocturna. Qual é o plano?” perguntou Duarte, sua voz firme.
“Vamos nos dividir em grupos e cobrir todas as entradas. Precisamos ser rápidos e silenciosos. O Sussurrador é esperto, mas não podemos deixá-lo escapar,” respondeu Isabela, traçando a estratégia.
Com todos em posição, a operação começou. Isabela liderava um dos grupos, movendo-se com cautela pelas escadas estreitas da torre. O som dos passos ecoava pelo espaço vazio, aumentando a tensão. Ao chegarem ao topo, encontraram uma sala ampla, com janelas que ofereciam uma vista deslumbrante da cidade.
No centro da sala, uma figura encapuzada estava de costas, aparentemente alheia à presença deles. Isabela fez um sinal para que todos se aproximassem silenciosamente. Quando estavam a poucos metros de distância, a figura se virou abruptamente, revelando um rosto mascarado.
“O jogo acabou, Sussurrador,” disse Isabela, sua voz firme.
O Sussurrador riu, um som frio e desdenhoso. “Você acha que pode me pegar, Nocturna? Eu sou apenas uma sombra, um sussurro na noite.”
Antes que pudesse reagir, a equipe de Duarte avançou, imobilizando o Sussurrador. Isabela se aproximou, retirando a máscara para revelar o rosto do admirador obcecado de Clara. “Você está preso. E vai pagar por todos os seus crimes.”
Enquanto o Sussurrador era levado pela polícia, Isabela sentiu uma onda de alívio. A batalha estava longe de terminar, mas aquele era um passo importante para trazer justiça a Clara Luz e a todas as vítimas. Nocturnópolis ainda guardava muitos segredos, mas Isabela estava pronta para enfrentá-los, um passo de cada vez.
Com o amanhecer iluminando a cidade, Isabela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando. E ela não descansaria até que todos os segredos fossem revelados e a justiça prevalecesse.
A sensação de alívio que Isabela sentiu ao capturar o suposto Sussurrador foi breve. Algo não parecia certo. Enquanto o homem era levado pela polícia, Isabela notou um detalhe perturbador: o olhar dele. Não havia medo, raiva ou desespero, apenas uma calma inquietante, quase como se ele estivesse esperando por aquilo.
De volta ao seu escritório, Isabela começou a revisar todas as evidências novamente. Ela sabia que não podia se dar ao luxo de cometer erros. Cada detalhe precisava ser examinado com cuidado. Foi então que recebeu uma ligação de Victor.
“Isabela, precisamos conversar. Há algo estranho sobre o homem que prendemos,” disse Victor, sua voz carregada de preocupação.
“Estou a caminho,” respondeu Isabela, sentindo uma nova onda de ansiedade.
No laboratório, Victor mostrou a Isabela os resultados das análises. “Os padrões de escrita nas cartas e nas mensagens cifradas não correspondem ao estilo do homem que prendemos. Além disso, ele tem um álibi sólido para a noite do assassinato de Clara.”
Isabela sentiu um calafrio. “Então, ele não é o Sussurrador. Ele está fingindo ser.”
“Exatamente. Acho que ele foi manipulado para se passar pelo Sussurrador, talvez para desviar nossa atenção,” disse Victor.
Isabela sabia que precisava agir rápido. O verdadeiro Sussurrador ainda estava à solta, e cada minuto contava. Ela decidiu voltar ao Clube de Jazz Nocturno, o local onde tudo começou. Talvez houvesse algo que ela havia deixado passar.
Ao chegar ao clube, Isabela foi direto para o porão onde havia encontrado as cartas e os recortes de jornais. Ela começou a examinar o local com mais atenção, procurando por qualquer pista que pudesse ter sido negligenciada. Foi então que encontrou uma pequena abertura na parede, escondida atrás de uma estante.
Com esforço, Isabela conseguiu mover a estante e revelar uma passagem secreta. A passagem levava a um túnel estreito e escuro, que parecia se estender por baixo da cidade. Usando sua lanterna, ela começou a explorar o túnel, sentindo uma mistura de medo e determinação.
No final do túnel, Isabela encontrou uma sala pequena e mal iluminada. As paredes estavam cobertas de fotos de Clara e de outras vítimas, todas com uma rosa negra desenhada ao lado. No centro da sala, havia uma mesa com uma caixa de música e uma carta.
Isabela abriu a carta e começou a ler:
“Isabela, Você é mais esperta do que eu imaginava. Mas o jogo ainda não acabou. Estou sempre um passo à frente. Nos veremos em breve. O Sussurrador”
Isabela sentiu uma onda de frustração e determinação. O Sussurrador estava brincando com ela, desafiando-a a continuar a perseguição. Mas ela não desistiria. Cada pista, cada detalhe, a levava mais perto da verdade.
Determinada a capturar o verdadeiro Sussurrador, Isabela voltou ao laboratório de Victor. “Precisamos revisar todas as evidências novamente. Ele está nos desafiando, e não podemos falhar.”
Victor assentiu. “Vamos pegar esse assassino, Isabela. Juntos, vamos desvendar todos os segredos de Nocturnópolis.”
Enquanto a noite caía sobre a cidade, Isabela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando. E ela não descansaria até que Clara Luz tivesse justiça e o Sussurrador fosse capturado. Nocturnópolis ainda guardava muitos segredos, mas Isabela estava pronta para enfrentá-los, um passo de cada vez.
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Atualizado até capítulo 63
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