A chuva continuava a cair sobre Nocturnópolis, criando uma melodia constante que acompanhava os pensamentos de Isabela Nocturna. De volta ao seu escritório, ela espalhou as pistas sobre a mesa: a partitura, a rosa negra e o diário de Clara. Cada item parecia contar uma parte da história, mas faltava a peça central do quebra-cabeça.
Isabela começou a examinar a partitura novamente. As notas formavam uma melodia sombria, mas algumas estavam ligeiramente destacadas. Ela transcreveu essas notas, formando uma sequência que parecia um código. Após alguns minutos de concentração, uma mensagem surgiu: “Encontre-me onde a luz não brilha.”
Determinada a descobrir o significado, Isabela decidiu visitar o apartamento de Clara. Ao chegar, foi recebida por um ambiente que refletia a personalidade vibrante da dançarina. Fotos de apresentações, troféus e lembranças de viagens decoravam o espaço. Isabela começou a vasculhar o apartamento, procurando por qualquer coisa fora do lugar.
Foi então que encontrou um envelope escondido atrás de um quadro. Dentro, havia uma carta escrita à mão:
“Clara, Sei que você está assustada, mas prometo que tudo ficará bem. Encontre-me no lugar onde a luz não brilha, e eu explicarei tudo. Com carinho, Seu Admirador”!
Isabela sentiu um calafrio. O admirador misterioso de Clara estava envolvido nisso. Mas quem era ele? E por que Clara estava com medo? A detetive sabia que precisava agir rápido. Ela decidiu voltar ao Clube de Jazz Nocturno, pois algo lhe dizia que a resposta estava lá.
Ao chegar ao clube, Isabela foi direto para o porão, um lugar raramente visitado. A escuridão era quase total, e o ar estava pesado com o cheiro de mofo. Usando uma lanterna, ela começou a explorar o espaço. Foi então que encontrou uma porta trancada. Com um pouco de esforço, conseguiu arrombá-la.
Dentro, havia um pequeno quarto, quase como um santuário. Fotos de Clara cobriam as paredes, e no centro do quarto, uma mesa com uma única vela acesa. Ao lado da vela, um diário. Isabela abriu o diário e começou a ler. As páginas estavam cheias de declarações de amor obsessivo e planos detalhados para “proteger” Clara de um perigo imaginário.
De repente, Isabela ouviu um ruído atrás dela. Virou-se rapidamente, mas não viu ninguém. A sensação de estar sendo observada era inegável. Ela sabia que o Sussurrador estava perto, talvez mais perto do que ela imaginava.
Com o diário em mãos, Isabela saiu do porão, determinada a desvendar a identidade do admirador e a conexão dele com o Sussurrador. A noite ainda era longa, e Nocturnópolis guardava muitos segredos. Mas Isabela estava pronta para enfrentá-los, um passo de cada vez.
Enquanto a chuva continuava a cair lá fora, a detetive sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando. E ela não descansaria até que Clara Luz tivesse justiça.
Isabela Nocturna deixou o porão do Clube de Jazz Nocturno com o diário do admirador misterioso em mãos. A sensação de estar sendo observada ainda a acompanhava, mas ela se forçou a manter a calma. Cada passo que dava a levava mais perto da verdade, e ela não podia se dar ao luxo de cometer erros.
De volta ao seu escritório, Isabela começou a ler o diário com mais atenção. As páginas estavam repletas de declarações de amor obsessivo, mas também havia menções a encontros secretos e lugares específicos em Nocturnópolis. Um desses lugares chamou sua atenção: “O Jardim das Sombras”. Era um parque abandonado na periferia da cidade, conhecido por ser um local de encontros clandestinos e atividades suspeitas.
Determinada a seguir essa nova pista, Isabela decidiu visitar o Jardim das Sombras. A noite estava fria e úmida, e a chuva fina continuava a cair, criando uma atmosfera ainda mais sombria. Ao chegar ao parque, ela foi recebida por um silêncio inquietante. As árvores altas e densas bloqueavam a pouca luz das estrelas, mergulhando o local em uma escuridão quase total.
Isabela caminhou lentamente pelo parque, seus sentidos em alerta máximo. Foi então que ela viu uma figura ao longe, perto de um antigo carrossel enferrujado. A figura parecia estar esperando por alguém. Isabela se aproximou com cautela, mantendo-se nas sombras.
“Quem está aí?” a figura perguntou, a voz tremendo de medo.
“Sou Isabela Nocturna, detetive. Estou aqui para ajudar,” respondeu ela, saindo das sombras.
A figura se revelou ser uma jovem mulher, com olhos arregalados e expressão assustada. “Sou Ana, amiga de Clara. Ela me disse para vir aqui se algo acontecesse com ela.”
Isabela sentiu um aperto no coração. Clara havia previsto que algo ruim poderia acontecer. “O que você sabe sobre o admirador dela?” perguntou a detetive.
Ana hesitou por um momento antes de responder. “Ele era obcecado por ela. Mandava cartas, flores, e a seguia por toda parte. Clara estava com medo, mas não queria envolver a polícia. Ela achava que poderia lidar com isso sozinha.”
Isabela assentiu, compreendendo a situação. “Você sabe quem ele é?”
“Não, mas Clara mencionou que ele sempre falava sobre o Jardim das Sombras. Dizia ser um lugar especial para eles.”
A detetive agradeceu a Ana e continuou sua busca pelo parque. Ela sabia que o Sussurrador estava jogando um jogo perigoso, e cada pista a levava mais perto de confrontá-lo. Ao se aproximar do carrossel, Isabela encontrou outra rosa negra, cuidadosamente colocada em um dos cavalos de madeira. Ao lado da rosa, havia uma pequena caixa de música.
Isabela abriu a caixa de música, e uma melodia familiar começou a tocar. Era a mesma melodia da partitura encontrada no clube. Na caixa, havia uma pequena chave e um bilhete: “A chave para os segredos está nas suas mãos. Encontre a porta certa.”
Com a chave em mãos, Isabela sentiu uma nova onda de determinação. Ela sabia que o Sussurrador estava deixando pistas deliberadamente, desafiando-a a decifrá-las. A próxima etapa da investigação estava clara: encontrar a porta certa e desvendar os segredos que ela guardava.
Enquanto a chuva continuava a cair, Isabela sabia que a verdadeira batalha estava apenas começando. E ela não descansaria até que Clara Luz tivesse justiça. Nocturnópolis estava prestes a revelar seus segredos mais sombrios, e Isabela estava pronta para enfrentá-los, um passo de cada vez.
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Atualizado até capítulo 63
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Curumim
Magnífica história
2024-10-09
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