Nossas Quatro Vindas
Era uma manhã chuvosa de sábado. a primeira manhã chuvosa sem meu pai, o rei Leônidas. Era a primeira semana sem a sua presença, e aquele dia chuvoso representava toda a minha dor, toda a minha solidão e todo o meu medo do que estava por vir. Eu me chamo Regina, princesa Regina Alessandra Ravel do reino de fronteira e essa é a história de como eu morri.
Desde que nasci a minha vida sempre foi do mesmo jeito, vazia, sem novidades, era uma rotina seca e desagradável completamente controlada por a minha mãe, a rainha Martha.
toda manhã bem cedo eu saía para cavalgar junto com meu pai pelo os campos do reino, eu ia com meu cavalo Rey e ele com sua égua branca Nila. os passeios não agradavam minha mãe, a rainha que era muito rude. após o passeio, as oito da manhã regressávamos ao castelo para tomar café todos juntos, as nove horas da manhã eu tinha aula de pintura com a madame Desinrre, as dez horas era a aula de piano com a madame Kate, as onze eu ia fazer yoga com a rainha e a madame Beatriz, ao meio dia era hora do almoço, e as uma da tarde eu tinha aula de etiqueta com a madame Elizabeth, as duas eu tinha que provar os vestidos para os milhares de bailes que era obrigada a ir, as três horas era o chá da tarde onde eu via meu prometido o príncipe Felipe Campos. só depois das quatro eu tinha um tempinho pra mim antes da hora do jantar. a minha vida era completamente controlada, eu tinha que está sempre na hora, tinha que está sempre perfeita, e já estava convencida e resignada a viver daquela maneira pelo o resto de minha vida, ate uma certa manhã, a manhã que mudou todo o rumo de minha vida, a manhã que eu conheci Leonel Sanches, o único e verdadeiro amor de minha vida.
Estava chovendo muito naquela manhã e eu não conseguia voltar para o castelo por ser muito arriscado, então resolvi me abrigar junto com meu cavalo Rey em um estábulo abandonado na beira do rio. foi naquele momento que eu o vi, estava montado em sua égua branca, vindo em minha direção. nunca o via visto por aquelas bandas, era um homem lindo, jovem, forte com um olhar triste, más um belo sorriso. quando me viu, desceu de sua égua branca e me revefenciou.
_ majestade.
eu tentava manter minha postura firme, mas estava sentindo coisas que nunca havia sentido antes. estava flutuando, meu coração batia tão rápido que parecia que ia saltar da minha boca, minhas pernas tremiam e eu sentia milhões de borboletas no meu estômago, era uma sensação estranha, mas uma sensação ótima, parecia que eu tinha encontrado algo que procurava por toda minha vida.
_ posso me abrigar junto a senhora, alteza?
só concordei com a cabeça pois era extremamente proibido falar com desconhecidos, principalmente com homens. nos abrigamos juntos, ele eu o meu cavalo Rey e sua linda égua branca. eu estava tão ofegante que se quer lembrei que já estava atrasada para o café da manhã no castelo, e que irritaria a rainha. eu só queria está perto dele, era como se o conhecesse há muito tempo.
Essa era as primeiras páginas do livro que Babi, uma menina de dez anos lia em sua nova casa.
_ que melancólico, pra quê tanto drama? ( diz Lucy a irmã mais velha de Babi)
_ isso é uma história real, Lucy. é uma história de amor impossível que termina de uma forma trágica.
_ isso não aconteceu de verdade, Babi, é só uma história de um livro.
_ essa é uma história real, todos dessa cidade tem um livro desses.
_ é um livro bobo. ( diz Lucy)
_ você tá muito ranzinza, o que houve?
_ esse tipo de amor não existe.
_ você não era apaixonada pelo o seu patrão?
_ era, mas eu nunca fui e nunca vou ser correspondida. as pessoas abusam dos seus sentimentos. isso é só um livro, com certeza o escritor é um iludidor muito ousado.
_ escritora! ( corrige Babi)
_ tanto faz. já tá tarde, dorme ou a mamãe vai vir te dar uma bronca.
_ só mais um capítulo, por favor! ( ela pede manhosa)
_ não.
Lucy tira o livro da irmã e o guarda debaixo do travesseiro.
_ boa noite, Babi.
_ boa noite, Lucy. tenha bons sonhos.
_ você também.
as duas dormem. Lucy cai no sono de repente e tem sonhos estranhos como se teletransportasse pra dentro do livro.
a tempestade parecia não querer passar, estava cada vez mais forte, estava completamente encharcada e estava com muito frio.
_ está tremendo, majestade.
_ estou bem, não se preocupe.
_ é a primeira vez que me dirige a palavra há horas. me chamo Leonel Sanches.
ele me estende a mão, mas não o comprimento.
_ perdão. ( diz ele)
_ preciso regressar ao castelo.
_ é perigoso, a tempestade está muito forte ainda. espere mais um pouco. tenho certeza que sua mãe entenderá porque se atrasou.
_ o senhor não a conhece mesmo.
_ não a conheço, mas tenho certeza que vai preferir que se atrase um pouco do que morra nessa tempestade. prometo que se não passar logo te acompanho até o castelo.
_ não é necessário!
_ é necessário. não vou deixar que saia sozinha.
naquele momento eu já tinha certeza que tinha encontrado o amor da minha vida, más ia passar a vida toda sem ele.
Lucy desperta e já era dia. ela estava confusa, não sabia se tinha sido um sonho ou uma lembrança.
_ tudo bem, Lucy?
_ sim, acho que sim.
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Atualizado até capítulo 33
Comments
GDEKMDMN Silva
brincadeira que era só um livro que estavam contando e eu aqui amando kkkkkk
2024-10-24
0
Mirla Silva
muito bom gostei demais do primeiro capítulo
2024-10-17
1
GDEKMDMN Silva
mistério gostei
2024-10-24
0