Capítulo 3 Rian

Me despedi da minha família e junto da minha irmã segui para a rodovia, poucos minutos depois já estávamos a chegar no supermercado onde funcionava o escritório do meu avô, chamado sede onde ele administrava todas as filiais espalhadas pelo Brasil

Entramos juntos no supermercado e todos olhavam para nós, eu nem ligava já estava acostumado a ter os olhares direcionados para mim, Zoe cumprimentou algumas pessoas que estavam pelo caminho, e juntos fomos a sala da gerência onde a nossa avó nos aguardava, assim que entramos ela já se aproximou nos abraçando

Luzia: oi, meus amores

Rian: oi vovó

Zoe: bom dia! vovó

Nos abraçamos e já saia para ir até o meu avô, mas minha avó parou-me

Luzia: filho deixa a vovó dar uma palavrinha com vc

Rian: sim, vovó o que houve

Luzia: filho é seu avô, tente não deixar ele nervoso, ele não anda muito bem de saúde, o coração dele já não está saudável e estes dias têm piorado, tenta ter paciência com ele evita alterar a vós com ele para ele não passar mal, não fica falando destas moças que vc sai não, ele não gosta desta vida promiscua que vc leva

Rian: vovó pode deixar que vou ajudar o vovô, eu prometo que vou mudar, não quero perder o vovô

Falo com uma grande tristeza no coração, sabia que a saúde do meu avô não era das melhores, mas saber que tem piorado trazia um medo dentro de mim, não queria perder mais uma pessoa que amo, me sentia mal por causar sofrimento aos meus avós de uma certa forma os meus pensamentos eram corretos porque as minhas ações causavam decepção as pessoas que eu amava, o meu avô era o que mais sentia, pois ele confiava em mim, o sonho dele sempre foi deixar o património que seria da minha mãe para o neto mais velho.

Assim que entrei na sala de reuniões, o meu avô olhou-me e sorriu se levantando, abracei ele apertado queria mostrar naquele abraço o meu amor e carinho, nos sentamos e o meu avô apresentou-me aos rapazes que estavam na sala, e logo a secretaria anunciou a chegada de mais três rapazes, completando assim cinco investidores que estavam marcados naquela reunião, o meu avô pediu que eu fizesse a apresentação da empresa e mostrasse os gráficos da contabilidade, o meu avô apresentou as empresas parceiras e falou um pouco da sociedade que fechou com a família Azevedo, ou seja, com as empresas da minha família, eu ainda era criança quando o meu avô quase perdeu as redes, isso foi após a morte da minha mãe, ele não conseguia trabalhar os problemas acumularam-se e ele teve problemas com fornecedores e transporte, foi assim que o meu avô Leonardo ajudou a reerguer as redes de supermercado da família da minha mãe

Alberto: estão é isso, o que acharam da nossa rede de atacado

Homem 1: bom senhor Alberto já conhecia um pouco das suas redes, só não sabia haver uma aplicação da família Azevedo, quero investir, mas tenho um pedido, não moro aqui no Brasil tenho apenas familiares aqui, sou residente em Portugal, quero uma rede de atacado no meu país

Alberto: expandir ainda mais o nome da minha família

Homem 1:sim, senhor, teremos o apoio dos brasileiros que moram fora do país, sabe a dificuldade para encontrar os produtos brasileiros que aqui são fáceis de achar, lá tem que revirar a cidade inteira, e muitas vezes volta para casa sem, porque não encontra, e quando não, tem que pedir para exportar já que lá não é comum comércios brasileiros

O meu avô olhou-me e pude ver que ele estava feliz, mas tinha toda a democracia que teríamos que enfrentar para fazer aquilo acontecer

Rian: e o que o senhor sugere, não é só chegar no país e abrir o comércio vamos ter muita democracia para resolver e tem também a fiscalização dos produtos os testes de transporte e armazenamento dos produtos, ainda teremos que levantar uma equipe

Homem 1: sim, vamos fazer o levantamento de toda a documentação, o meu advogado vai cuidar de toda a papelada e também a assinatura do nosso contrato, assim vamos levantar a nossa parceria, eu invisto os valores e vcs entram com o nome do conglomerado

Os homens começaram a falar também sobre os investimentos que fariam, no final meu avô estava muito feliz porque ele conseguiu não só o investimento, mas uma parceria, peguei toda a informação que tinha sobre o investidor português, não deixaria o meu avô cair num golpe, mandei mensagem para meu tio Rodrigo para ele investigar tudo sobre o homem, ao finalizar a reunião todos se despediram de mim e o meu avô, ficando nos dois na sala

Alberto: filho com este contrato vamos passar a ser conhecido internacionalmente

Rian: o senhor ficou feliz por isso né vovô

Alberto: sim, é a realização de um sonho, mas vamos falar sobre outro assunto que está me deixando de cabeça quente

Ele fica em silêncio por alguns segundos, imaginei que estava a pensar nas palavras que diria para chamar a minha atenção

Alberto: Rian, meu neto, vc não se sente envergonhado por ter o seu nome sujo nas colunas de fofoca não

Rian: não penso que, o que faço seja uma vergonha vovô

Alberto: filho uma vida regada a bebidas e mulheres não é uma imagem correta para um jovem empresário, aí vc fala-me como vou passar para vc o cargo de presidente se não se comporta, assim vai afundar a imagem da empresa isso não posso permitir

Rian: o que o senhor sugere então

Alberto: um namoro fixo

Rian: uma única namorada, e se ela não dar conta

Ele olha-me sério e começa a rir de mim, nunca escondi de ninguém os meus desejos sexuais até a minha avó Maria já brigou comigo quando soube que dormi com duas garotas numa só noite

Alberto: Rian pensa na minha proposta e outra coisa para de dar em cima das funcionárias, a maioria é casada isso vai trazer problemas para a nossa empresa

Rian: esta bem vovô, e quando eu encontrar a garota certa eu vou apresentar ela a vcs

Alberto: já está na hora do príncipe criar juízo, e peça para seu pai ir em casa neste fim de semana que quero passar alguns documentos para ele

Rian: farei vovô

Ele levantou-se e abraçou-me despedindo-se me deixando sozinho na sala, eu arrumei os documentos que estavam na mesa e saí, caminhei para fora da área administrativa e fui até o supermercado, o gerente veio falar comigo, era um típico bajulador puxava saco para crescer na empresa, mas era uma boa pessoa não cometia injustiça e não negava ajuda a quem precisava, o meu avô gosta do trabalho dele, nunca tivemos problemas com ele na gerência daquela rede.

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