12 TRAGA MORANGOS

Assim foi... me arrumei, meio a contragosto mas fui com eles. Almoçamos, rimos com Alberto fazendo brincadeiras, fomos ao shopping e realmente escolhemos muitas coisinhas para os gêmeos, até o Tony conseguimos levar. Eu cheirava tanto uma das roupinhas que me encantou demais.

Olhamos um conjunto de colar e brinco para minha tia. Alberto escolheu um para mim também sem que eu visse, junto com Alice. Depois olhamos algumas roupas e por fim ainda fomos ao cinema.

No dia seguinte Alberto me levou a um cartório e marcamos nosso casamento para um domingo, era o dia do meu aniversário.

No jantar contamos para todos. Minha sogra veio para casa, Augusto e Lilian vieram também e falando no casamento, o que íamos fazer e todos opinando.

- Não gente. Se Alberto não se importar, seremos apenas nós da família. Não quero ninguém de fora.

- Não??? Mas amor gostaria de chamar alguns amigos...

- Amor, se essa situação que nos envolve acabar um dia, fazemos uma festa para comemorar tudo. Mas enquanto não, me perdoe... eu tenho medo. Estou assustada com tudo e não quero correr riscos e nem colocar meus bebês e qualquer um de vocês em risco. Além de que não temos tempo pra tanta coisa. Quero só nós mesmos.

- Mas amor... montamos uma equipe com reforço e

- Beto ... disse Augusto. Roberta tem razão. Não podemos nos expor tanto assim...

Todos começaram a pensar melhor...

- Já basta a festa da minha tia que estou indo, mas sem vontade nenhuma mais e com muito medo.

- Mãe, mas porque?

- Porque sim. Eu tenho medo Alice. Tenho medo de sair nessa porta de casa, tenho medo quando vocês todos saem e os coloco em risco. Tudo que o Alex disse tem razão. Coloquei todos vocês nessa situação.

Me levanto e saio... Alberto, Alice vem atrás.

- você já tá indo longe demais com essa cisma do que o Alex disse. Ele tava de cabeça quente, preocupado. Assim como eu fico.

- mãe uma coisa não tem nada a ver com a outra. Tia Rafa tem ligado, a sra se recusa falar com ela, não mexeu mais nas suas mensagens.

- Nem quero. Deixa ela lá que corre menos risco. quando tudo isso passar me desculpo com ela. Vou subir, estou cansada.

- Roberta, a Lilian quem chamou dessa vez.

eu trouxe uns documentos para vice analisar se fiz certo, quando puder claro.

- Lilian, muito obrigada por ter aceitado me ajudar. Estou muito feliz e satisfeita... Guto, obrigado! Pode deixar que olho hoje ainda ou amanha ta bom? Você trás prá mim filha? Desculpa pessoal, eu vou subir e descansar.

- Amor, eu vou com você...

- não Alberto, pode ficar com o pessoal, depois você sobe. Eu te espero. Aiiiiii, aiiiiii

Alberto vem em cima de mim... todos se levantam em alerta...

- os bebês... estão brigando aqui dentro. Desculpa gente pelo susto, mas

😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭

 me sentei na escada e peguei as mãos do Alberto que já estava de joelhos a minha frente assustado e coloquei em cima da minha barriga.

- Sente isso amor... olha, Sentiu?

- Roberta... Amor são eles mexendo?

- sim, sim... é o papai amores, mexam para ele sentir a bagunça de vocês.

Eu me escorei ali numa posição que fizesse com que Alberto desfrutasse ainda mais desse momento e ali toda tensão em mim desapareceu.

 - Meu amor ...

Minha sogra se abaixou um pouco e perguntou se poderia sentir também...

- Claro... vem filha também. Aí que delicia!

Estava um rebuliço ali dentro de mim. Eles mexeram bastante e ali foi como um bálsamo prá mim.

Alberto subiu comigo, deitou do meu lado acariciando a barriga e conversando com eles. eles se acalmaram quando ele falava.

- Quer dizer que vices só obedecem ao papai é?

- Own amor, que emocíonante. Olha só isso...

ele desceu e ficou com o pessoal, mais tarde eu analisei os documentos que Lilian trouxe e estava tudo melhor do que eu esperava.

No dia seguinte fui na empresa com Alberto. No caminho criei coragem e perguntei a ele sobre a Agatha.

- Amor ela se tornou testemunha, além de vítima claro. Então transferimos ela de lugar. Me contou muita coisa e, olha, você é admirável. Aquela mulher fez tudo o que fez, você deu a mão para ela.

- Amor não podemos escolher a quem ajudar. Independente das nossas escolhas, a violência é algo inconcebível.

- Eu sei, mas você cada dia me surpreende mais. Meus amigos só falaram nisso. No quanto você é uma mulher admirável, passou por cima de qualquer ressentimento. Outras adorariam ver a que causou dor e tristeza morta.

- Essa não sou eu. Por si só colhemos os frutos dos nossos atos. Espero que ela tenha aprendido a lição. Se fosse assim, o Túlio seria quem eu desejaria morto.

- Deixa para lá esse assunto.

Não fui visitar a Agatha, mas ficarei perguntando ao Alberto.

- Você pretende ficar na clínica até que horas?

- Só até o almoço mesmo.

- Certo. Eu passo para te pegar. Hoje e amanhã estamos resolvendo tudo sobre a nossa segurança nessa festa. Seu primo estará lá tenho certeza.

- Amor temos que ir? Se ele tentar algo? E você ter que vê-lo sabendo tudo que ele fez com a Anny. ir pra cima dele. Aí, não quero nem pensar.

- Eu quero pegar esse miserável, acabar com ele e salvar todas as futuras mulheres que cairiam nas garras dele. Esse monstro do inferno.

- Aí, agora eu quem quero deixar isso para lá.

- Amor, a noite vamos jantar fora?

- Own amor, eu queria ficar em casa com vocês. Tô querendo evitar estresses.

- Tudo bem então, escolha um filme para assistirmos juntinhos em casa mesmo. Vou chegar cedo e quero ficar com você grudadinho e aproveitar para acompanhar se eles mexerem de novo.

- Adorei. Farei isso. E os bebês vão animar o papai hoje né meus amores? (Falo mexendo na minha barriga)

Roberta trabalhou trancada, não queria ser incomodada e nem cruzar com as irmãs. Desde o ocorrido de Agatha ela não mexia no telefone para nada a não ser ligação doa seus filhos e Alberto. Então não houve uma oportunidade dela e Rafa conversarem. Mas a irmã preocupada e envergonhada já tinha procurado Alberto que pediu que ela esperasse o tempo de Roberta.

Alex e ela brigaram, mas depois se entenderam e ele estava envergonhado também. Tudo foi no impulso do medo do que pudesse acontecer com qualquer uma delas e ele especial a Rafa e a bebê. Não queria ter falado daquela forma com Roberta.

- Carol, não quero ser incomodada e não quero ver absolutamente ninguém, com isso, ninguém precisa saber que estou aqui tá certo? Nem as minhas irmãs.

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