Capitulo 4

— E acha que vou acreditar em ti quando me contrataste sem lhe dizer? — Olho os olhos e ele ri-se de uma risada que o faz tossir.

— Essa é a única coisa que fiz sem a tua permissão porque sabia que não me faria nada — cinicamente diz.

— Esse homem te ama, mesmo que ele não seja mais o mesmo, e ele não vai te demitir, não importa o quanto você grite em seu rosto mil vezes que você não o ama.

— Nunca mais lhe direi. — Grupo

— Se o fizer, acabará por destruir todos os ativos tangíveis desta empresa, começando pelas nossas mesas.

— Você começa a entender, cunhadinha. — Ri novamente. — Bem, agora temos que ir à reunião importante

que eu te dizia, já acabou com as pastas?

— Lista. — Dou um tapinha na montanha de pastas pretas, que contêm informações que os acionistas e alguns outros membros da empresa têm de considerar.

Há uma troca entre comprar da Sky Life, uma empresa de mensagens instantâneas, que promete ser um sucesso ou desenvolver seu próprio aplicativo, e percebo que há mais cédulas colocadas em compra da pequena empresa. Estou honestamente orgulhoso de que José e Jaime estão fazendo grandes negócios, crescendo o negócio que vi nascer com meu ex.

Uma vez na espaçosa sala de reuniões, coloco as pastas na frente de cada cadeira, as quais são muitas. Atrás da mesa longa estão as janelas, ao lado das quais há uma pequena sala, que suponho que se destine a reuniões com menos de quatro pessoas.

De repente, alguém entra na sala de reuniões. Estou prestes a dizer “olá”, mas as palavras congelam na minha garganta quando vejo ser José, que ainda tem o rosto de poucos amigos.

— Vais ficar na reunião? — o irmão dele pergunta, bastante espantado.

— Sou o dono de tudo isto, por que não estaria presente? — responde presunçosamente, dando-me um olhar cheio de desprezo antes de caminhar em direção à cabeceira da mesa. O aroma de seu perfume que ele emite ao passar quase faz minhas pernas tremerem.

Cheira tão bem, tão viril, como eu desejo. Não posso continuar a delirar assim.

— Você disse que não viria, então eu não estava esperando — Jaime confessa enquanto José se senta.

— É melhor eu vir controlar tudo com mais frequência, já que estás fazendo coisas pelas minhas costas que me incomodam. — Olha para mim, e sei que fala sobre a minha contratação.

— Vou ignorar isso e não vou ficar ofendida só porque sei que não quer dizer má gestão — O Jaime parece irritante, mesmo que eu tente escondê-lo. Também estou com raiva.

Meus ovários escondidos agora saem.

— Você pode deixar as dicas e dizer de uma vez por todas que sou o que te incomoda — Eu apenas cuspo em você. José me observa com uma expressão imperturbável enquanto bate os dedos na mesa.

— Para ser franco, sim — diz dar de ombros —. Sua presença me incomoda e me impede, então quero você fora da minha vista e fora da vista de todos agora. Você não estará presente nesta reunião ou em qualquer outra em que eu esteja.

Bebida de saliva. Suas palavras me machucam, mesmo que eu não queira assim. No entanto, eu aguento isso como machas, como minha irmã diria.

Não chore, ridícula. Ele é um cara que te enganou, você feriu seu ego, lembro-me de não chorar.

— O que raio se passa contigo? Ele é meu assistente! Meus assistentes sempre vêm comigo — Jaime protesta, batendo com um punho a cabeça da cadeira em que ele está inclinado.

— Você é tão incompetente que precisa de um assistente? Eu não preciso de um — Alexander zomba, e só porque ele é dono, eu não vou e bato os dentes para fora.

Cerro meus punhos, imaginando que eu jogue meus calcanhares na cabeça dele. A fantasia me dá algum prazer.

— Você é o incompetente que não pode assumir a sua empresa só porque ele não supera que seu ex não o ama mais — Jaime responde com coragem, e estou sem palavras.

Sim… valeu a pena… Mãe, é tudo o que consigo pensar antes do caos irromper.

— Perdemos a oportunidade com a Sky Life, os proprietários viram a bagunça que ficou na sala de reuniões e ficaram assustados — diz Jaime, desculpe, quando ele voltou ao nosso escritório. Todo o seu rosto doce é ferido pelos golpes da besta selvagem de José. — Não teremos escolha a não ser fazer nossa própria aplicação.

— Sinto muito — sussurro — Foi tudo culpa minha.

— Não, foi meu por fazer o que disseste que não faria. — Ele ri-se fracamente enquanto se senta no sofá onde estive durante algum tempo, escondendo-se de todos devido ao senhor do pavio curto. — Agora você entende o quanto isso o afeta, que você não o ama?

— Devo visitar o psiquiatra agora, algo não está bem com ele. Levanto-me do sofá, pronto para ir encontrar um armário de remédios no banheiro, cuja porta está no hall de entrada. Felizmente, eles têm um e eu volto para curar as feridas do meu pobre amigo.

— Obrigado, agradeço quando terminar. Coloquei o armário de remédios na minha mesa e voltei para Jaime.

— Perdoa-me por te meter em sarilhos. Talvez seja melhor eu desistir — digo tristemente, caindo de volta no sofá.

— Não diga isso, Lexa. — responde alarmado — Precisas deste trabalho, não podes ir. E de qualquer forma,

acho que o José recusará a sua demissão.

— Por que não? Ele disse que me quer fora de sua vista, que eu o impeço.

— São verborragias para se defenderem. Se você sair agora, eu não aceitaria. — Substitui —. Ele conhece bem a situação que você passou e por que você precisa do dinheiro agora.

— Você disse a ele? — Começo a me sentir chateado novamente, mas agora com meu ex-irmão-de-lei.

— Não, não sei o que disse — nega com a cabeça. — Ele localizou-me este tempo todo e eu descobri há pouco menos de um mês; foi por isso que decidi pegar no touro pelos chifres e contratá-lo antes que ele enviasse dinheiro — revela-me, deixando-me congelado. — Conheço-o bem e não o teria aceitado.

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