Capítulo 04.

— Enrico: Eu fiz uma pergunta, me responde: a gente teve relação, sim ou não? — alterar a voz.

A Cristal não gostou do tom de voz dele e disse:

— Cristal: Em primeiro lugar, você abaixa o tom para falar comigo. Em segundo, se você quer tanto saber se a gente teve... — fala chateada.

— Enrico: Meu Deus, garota, você ficou maluca! Eu vou me casar em um mês. Por que você deixou isso acontecer? Eu estava bêbado, não sabia o que estava fazendo. Você...

Cristal não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Ele estava colocando toda a culpa nela, sendo que foi ele quem a procurou. Ficou chateada e disse:

— Cristal: Eu, o que Enrico? Foi você que entrou no meu quarto. Foi você que iniciou quando eu falei sobre o seu casamento. Você disse que não estava se importando e, além do mais, eu não estou me importando se você vai me fazer casar em um mês ou daqui a duas semanas. Quem é o comprometido aqui é você, não eu. Na hora de fazer, você nem pensou na sua noiva. Agora vai colocar toda a culpa em mim? Me poupe! A culpa é de nós dois. Seja homem e assuma a sua responsabilidade. Quer saber? Saia do meu quarto agora!

Enrico não falou nada, apenas se levantou, pegou suas roupas e saiu do quarto.

— Cristal: Que ódio, Enrico! Você é um imbecil. - Começa a chorar.

Algum tempo depois, lá embaixo, Klaus, Rebecca e Jade acordaram, e todos foram tomar café na mesa. O clima entre Enrico e Cristal estava um pouco tenso.

— Rebecca: Cris, Enrico, o que aconteceu? Que cara são essas?

— Enrico: Nada não, mãe.

— Klaus: Eu não quero saber o que aconteceu. Resolvam logo isso e parem de frescura, estão me entendendo.

— Enrico: Não está acontecendo nada! Saco, a gente nem pode tomar café em paz - fala alterado.

— Klaus: Ó, moleque, quem você acha que eu sou? Fala comigo direito! Eu sou seu pai e quero respeito. Eu não vou admitir esse tipo de coisa na minha casa. Está me entendendo? Se não estiver satisfeito aqui, a porta da frente é a serventia da casa.

— Enrico: Desculpa, papai. Ontem eu exagerei na bebida, estou com um pouquinho de dor de cabeça.

— Klaus: Você não é o dono do mundo, Enrico. Todo mundo bebe.

No meio de toda essa conversa, Jade apenas tomava seu café tranquilamente, calada. Após terminar, ela disse:

— Jade: Tchau, vocês que resolvam os seus B.O.s. Eu estou satisfeita, eu não quero guerra com ninguém.

A Jade se retirou da mesa e Klaus disse:

— Klaus: Eu concordo com a Jade. Tchau.

Klaus se retirou da mesa; ele já havia terminado de tomar café e, logo em seguida, Cristal disse:

— Cristal: Licença.

A Cristal não esperou ninguém falar nada e se retirou. A Rebecca ficou olhando para o Enrico em silêncio.

— Enrico: A senhora também.

— Rebecca: Você não me engana. Posso saber o que meu filho tem?

— Enrico: Nada não, mãe.

— Rebecca: Eu sinto que tem alguma coisa errada. Enrico, você é meu filho, eu te conheço muito bem. Sei que você não está muito bem.

— Enrico: Não se preocupe, está tudo bem.

— Rebecca: Tem certeza?

— Enrico: Sim. Eu estou me sentindo um pouco pressionado. A Summer não me deixa em paz, principalmente agora que está próximo do casamento. Eu estou trabalhando bastante.

O Klaus entrou na cozinha dizendo:

— Klaus: Ou, Enrico querido, vamos ser sinceros. Está escrito na sua festa que você não quer se casar. Independente dos seus motivos, ainda dá tempo de você reconsiderar essa ideia de casamento. Eu vou te dar um conselho: se você quer se casar, siga em frente. Agora, se não quer, não se case. Independente do que a Summer pensa, para um casamento dar certo, é preciso que os dois queiram.

— Rebecca: Seu pai tem razão. Se você está em dúvida, é melhor não se casar. Converse com a Summer sobre isso antes que seja tarde demais para voltar atrás.

— Klaus: Sua mãe tem razão. A gente já falou o que pensa; agora é só você decidir o que você quer. Tchau, eu vou beber minha água.

Klaus saiu da sala e foi em direção à cozinha. Aí, no outro cômodo, ele bebeu a sua água e saiu pela porta de trás, indo em direção à área de lazer, indo em direção à casa do Guilhermo. Klaus bateu na porta e ele abriu.

— Guilhermo: Oi, Klauzito! Tudo bem? Precisa de alguma coisa?

— Klaus: Oi, Gui! Está tudo bem, sim. Na verdade, eu preciso de um favor seu.

— Guilhermo: Se eu puder ajudar.

— Klaus: A Pilar vai chegar hoje à noite de viagem. Você pode ir buscá-la?

— Guilhermo: Tudo bem. Que horas?

— Klaus: Às 20 horas. Obrigado, licença.

— Guilhermo: Klaus, espera! A Pilar não tinha dito que só vinha daqui a duas semanas?

— Klaus: Sim, mas ela resolveu voltar para casa mais cedo.

— Guilhermo: Tá bom.

— Klaus: Licença, agora eu vou dar uma saída.

— Guilhermo: Certo.

Klaus saiu. Algum tempo depois, na sala da presidência do banco, a Cristal entrou e fechou a porta. Ela se sentou em uma das cadeiras e disse:

— Cristal: É impressionante a sua capacidade de mentir.

Enrico percebeu que ela estava falando de manhã mais cedo e disse:

— Enrico: Você queria que eu fizesse o quê? Desculpa, mamãe, papai, mas ontem eu bebi demais e tive relações com a tua filha postiça, a ruiva falsificada. Me poupe. Cristal, é o seguinte: papai e mamãe saber disso, a gente está encrencado. Então é melhor você manter essa boquinha em silêncio.

— Cristal: Não precisa falar assim.Eu já entendi. E o seu casamento com a Summer?

— Enrico: Vai continuar de pé o que você esperava.

— Cristal: Nada. Era isso que eu esperava de você, do jeito que você é cínico.

— Enrico: Ou ruiva falsificada. Eu estou falando que o Klaus Villalobos vai matar a gente se souber disso.

— Cristal: Ou louro oxigenado, você vai ter um problema maior se eu engravida.

— Enrico: Loiro oxigenado? Não, eu sou natural. Eu não pinto meu cabelo, igual certas pessoas. Não se preocupa, isso não vai acontecer. Esse é o nosso segredo.

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