04:00

Após o jantar entre Geto e Utahime, Gojo encontrou seu amigo no escritório no dia seguinte. Ele tentava agir de maneira casual, mas sua curiosidade o traía. Com um sorriso despreocupado, ele se encostou na mesa de Geto.

— E então, como foi o jantar com a Utahime? — Gojo perguntou, tentando soar desinteressado.

Geto, percebendo a tentativa de disfarce de Gojo, sorriu.

— Foi bom, Satoru. Conversamos bastante, ela é muito inteligente e tem opiniões bem formadas, descobri que temos muito em comum.

Gojo sentiu uma pontada de ciúmes, mas manteve sua expressão relaxada.

— Interessante... — ele disse, tentando manter o tom leve. — Então, sobre o que vocês falaram?

— Muitas coisas, na verdade. Falamos sobre arte, filosofia... até política. Ela é bem mais interessante do que eu imaginava.

O incômodo dentro de Gojo crescia, mas ele não deixaria isso transparecer.

— Ah, que bom que você teve uma noite agradável, Geto — ele respondeu, forçando um sorriso.

Geto notou a tentativa de Gojo em esconder seus verdadeiros sentimentos e decidiu esclarecer a situação.

— Olha, Satoru, pode ficar tranquilo. Eu não tenho intenções românticas com a Utahime.

Gojo, surpreso, arqueou uma sobrancelha.

— Não tem?

Geto riu suavemente.

— Não, não tenho. Na verdade, estou interessado em outra pessoa.

Gojo, curioso e ligeiramente aliviado, perguntou:

— E quem seria essa pessoa?

Geto se inclinou um pouco para a frente, baixando a voz como se estivesse revelando um segredo.

— Shoko.

Gojo ficou momentaneamente sem palavras, a surpresa evidente em seu rosto. Ele não esperava essa revelação.

— Shoko? — ele repetiu, ainda assimilando a informação.

Geto assentiu.

— Sim, Shoko. Estou tentando encontrar uma maneira de me aproximar dela, mas é complicado. Ela é reservada, e eu não quero apressar as coisas.

Gojo sentiu o alívio lavar sobre ele, mas também uma leve preocupação. Se Geto estava interessado em Shoko, então sua aproximação com Utahime era realmente inocente.

— Bom, nesse caso, boa sorte, Geto — ele disse, genuinamente. — Shoko é uma boa pessoa. Espero que dê tudo certo.

Geto sorriu, satisfeito com a resposta de Gojo.

— Obrigado, Satoru. E não se preocupe com Utahime. Ela é uma amiga, e nada mais.

Gojo acenou com a cabeça, tentando absorver tudo. Agora, com seus sentimentos menos turbulentos, ele poderia focar em seus próprios pensamentos sobre Utahime sem a sombra da concorrência.

— Certo, obrigado por esclarecer isso, Geto — disse Gojo, sentindo-se mais leve.

— De nada, Satoru. Agora, vamos focar nos nossos negócios, certo?

— Claro — Gojo respondeu, mais tranquilo, mas ainda com Utahime em seus pensamentos.

O sol já batia no quarto de Utahime ela levantou e fez sua higiene matinal colocou seu vestido surrado de usar no seu ateliê desceu e encontrou sua família muito bem vestida a prestes a sair!

— Ah acordou querida?- Sua mãe dizia colocando o chapéu em Yuki

— Sim, aonde vão?

— Eu e Yuki estamos indo bater perna no mercado e depois iremos ao chá das mulheres e a Senhora  kamo estará lá será uma ótima oportunidade da Yuki conhecer mais sobre o Choso, já seu pai e Shoko vão para a feira de medicamentos.

— Devia vir com a gente — Yuki sugeriu

— Ah eu não estou nem um pouco a Fim, hoje eu prefiro ficar no ateliê.

— Certo, filha se não se sentir bem pode vir ao nosso encontro a qualquer momento— Meu pai disse sorrindo e me abraçando Shoko ultimamente não falava muito comigo ela ainda estava visivelmente triste com o ocorrido eu não a culpo, mas eu não teria coragem de casar com ele na verdade com homem nenhum eu não poderia casar com nenhum homem.

— Quer que eu traga algo filha?

— Sim mãe, me traga tintas visto que as minhas estão quase se acabando.

Assim se fez todos saíram e Utahime seguiu para seu ateliê.

O ambiente era acolhedor, com a luz do sol entrando pelas janelas e iluminando suas telas e materiais de trabalho, o ateliê era de vidro possibilitando todos que visse de fora ver Utahime desenhando suas telas com maestria.

Utahime estava perdida em sua arte, pincelando com delicadeza uma nova obra. O ateliê era seu refúgio, um lugar onde ela podia se expressar livremente e esquecer as tensões do mundo exterior. Ela movia o pincel com maestria, os movimentos fluindo quase como uma dança, seus olhos fechados em concentração.

Do lado de fora, Gojo Satoru se aproximou silenciosamente. Ele tinha ouvido sobre as habilidades artísticas de Utahime e, movido pela curiosidade, decidiu vê-la em ação. Parado à porta, ele ficou observando-a por alguns momentos, fascinado pela graça com que ela se movia. Utahime estava tão imersa em sua pintura que não percebeu a presença de Gojo.

Ela começou a dançar levemente enquanto pintava, girando com o pincel na mão. Em um desses giros, seu pincel se estendeu e tocou o nariz de Gojo, deixando uma mancha de tinta. Utahime abriu os olhos de repente, assustada ao ver Gojo ali, com uma expressão surpresa e divertida.

— Senhor Gojo! — exclamou ela, levando a mão à boca, surpresa e um pouco envergonhada. — Eu... Eu não sabia que você estava aí.

Gojo sorriu, tentando conter uma risada ao tocar o nariz manchado de tinta.

— Parece que sua pintura se estendeu além da tela, Senhorita Iori. — ele disse, seu tom carregado de um humor gentil. — Eu estava curioso para ver suas habilidades de perto. Não sabia que teria a sorte de ser parte de sua obra.

Utahime sentiu suas bochechas corarem, mas tentou recuperar a compostura.

— Me desculpe, eu realmente não percebi... — ela começou a dizer, mas Gojo a interrompeu com um aceno de mão.

— Não se preocupe. Eu é que deveria ter anunciado minha presença. — ele respondeu, os olhos azuis brilhando com um toque de divertimento. — Posso entrar?

Ela assentiu, ainda um pouco desconcertada, e Gojo entrou no ateliê, olhando ao redor com interesse.

— Suas pinturas são impressionantes, Utahime. Você tem um talento notável. — ele comentou, aproximando-se de uma das telas.

Utahime relaxou um pouco com o elogio, embora ainda estivesse cautelosa na presença de Gojo.

— Obrigada, Senhor Gojo. A pintura sempre foi uma paixão minha. — ela disse, voltando-se para sua obra inacabada. — É onde encontro paz.

Gojo a observou por um momento, uma expressão pensativa cruzando seu rosto.

— Todos precisamos de um refúgio. — ele comentou, suavemente. — Às vezes, os lugares mais tranquilos são onde encontramos as verdades mais profundas sobre nós mesmos.

Utahime olhou para ele, surpresa pela profundidade de suas palavras. Por um momento, a tensão entre eles parecia ter desaparecido, substituída por uma compreensão mútua.

Utahime correu até uma mesa próxima, pegou um lenço de linho e voltou rapidamente para onde Gojo estava, pedindo desculpas enquanto se aproximava para limpar a tinta de seu rosto. Ele permitiu, mantendo-se calmo enquanto ela cuidadosamente removia os vestígios de tinta com o lenço macio.

—Desculpe por isso.— murmurou Utahime, focada em sua tarefa, sentindo a proximidade inesperada de Gojo a deixar um leve nervosismo em seu estômago.

Gojo riu suavemente. -Não se preocupe, acontece. 

Ela sorriu levemente, agradecendo com um aceno de cabeça antes de recuar para avaliar o estrago. Satisfeita com o resultado, guardou o lenço e o olhou nos olhos por um momento, surpresa com a expressão gentil em seu rosto.

—Então, o que te trouxe aqui, Gojo?-Ela perguntou finalmente, quebrando o breve silêncio.

Ele pareceu considerar suas palavras por um momento, antes de responder:

—vim falar com seu pai sobre alguns negócios pendentes. Mas seus empregados me disse que ele saiu.

Utahime assentiu, lembrando que seu pai estava fora com sua irmã

— Sim, ele não deve retornar tão cedo. Pois esta na feira junto com minha irmã,  mas eu  posso ajudar em algo?

Gojo olhou ao redor do ateliê, os olhos captando os detalhes das pinturas e dos objetos artesanais meticulosamente dispostos. —Na verdade, eu gostaria que você me desenhasse enquanto espero.

Acho que seria uma boa maneira de passar o tempo.

Utahime ficou momentaneamente surpresa com o pedido, mas decidiu aceitar. Ela trouxe um cavalete e posicionou Gojo próximo às flores rosas no jardim, onde a luz do sol destacava os tons cinzentos de seu cabelo e os olhos azuis profundos.

Começou a pintar com movimentos cuidadosos e deliberados, capturando não apenas sua aparência física, mas também tentando expressar algo da complexidade de sua personalidade. Durante o processo, conversaram sobre arte, seus interesses mútuos e o mundo ao redor deles.

Quando finalmente terminou, Utahime deu um passo para trás para avaliar o retrato. Ela capturou não apenas a imagem de Gojo, mas também algo de sua essência que parecia escapar das palavras.

—Está incrível, comentou Gojo, olhando o retrato com admiração genuína.—Você tem um talento excepcional.

Ela sorriu, grata pelo elogio. —Obrigada, Gojo. Fico feliz que tenha gostado.

Ele se aproximou para observar mais de perto, e por um breve instante, seus olhares se encontraram intensamente. Utahime sentiu uma estranha sensação de conexão, algo que ela não esperava.

— Sabe Gojo me admira que essa sua língua seja capaz de elogiar, além de destilar seu pequeno veneno!- Utahime cruzou os braços convencida de que desta vez ela tiraria com a cara dele primeiro.

Gojo sorriu e indagou.

— Ah minha bela Utahime, minha língua é capaz de fazer coisas maravilhosas você quer ver?- ele falou encarando ela.

— Eu adorari....- colocou a mão na boca assim que percebeu que as palavras de Gojo tinha um duplo sentido,ele sorriu e provocou mais um pouco

— O que gostaria que eu fizesse?-Falou deixando a garota a sua frente vermelha como um pimentão.

— Olha escuta aqui seu... Seu ... Ordinário!

Protestou incrédula. Gojo riu da situação.

—Eu deveria ir  disse Gojo finalmente, interrompendo o momento. —Obrigado pela sua hospitalidade, Utahime. E pelo retrato, e diga ao seu pai minha cara safadinha que eu volto depois, e caso queira saber as coisas incríveis que eu sou capaz de fazer com minha língua é só me procurar !

Ele piscou convencido, Utahime ficou sem fala e vermelha não teve condições de reagir Gojo saiu rápido antes que ela pudesse reagir.

Após a saída abrupta de Gojo, Utahime passou o resto do dia perdida em pensamentos. As palavras e as provocações dele ecoavam em sua mente, despertando sentimentos conflitantes. Ela se sentia desconcertada pela intensidade de seus olhares e pelo duplo sentido em suas palavras, algo que ela não esperava e que a deixava perplexa.

Tentando distrair-se, Utahime voltou para seus afazeres, mas a lembrança do encontro no ateliê continuava a perturbá-la. Decidiu que precisava conversar com alguém e compartilhar o que estava sentindo. Então, subiu as escadas em direção ao quarto de sua irmã Shoko.

Utahime bateu levemente na porta antes de entrar. Encontrou Shoko sentada na cama, olhando pela janela com uma expressão pensativa.

— Shoko, posso entrar? — Utahime perguntou suavemente.

Shoko virou-se, os olhos refletindo um misto de tristeza e ciúme. — Claro, entre.

Utahime fechou a porta atrás de si e sentou-se na cadeira próxima à cama. Por alguns momentos, o silêncio entre as irmãs foi tenso.

— Eu... queria falar sobre o jantar com Geto — começou Utahime, hesitante.

Shoko respirou fundo, sua voz tingida de frustração. — Como foi? Imagino que tenha sido encantador.

Utahime percebeu o tom ressentido na voz da irmã e tentou abordar o assunto com delicadeza. — Foi agradável, mas não é como você pensa. Passei a maior parte do tempo nervosa, falando sobre você e Yuki.

Shoko desviou o olhar, mordendo o lábio. — Parece que todos estão interessados em você agora. E eu... eu me sinto deixada de lado.

— Shoko, eu entendo como você se sente — disse Utahime, aproximando-se da irmã e pegando suas mãos. — Mas quero que saiba que, se houver uma oferta de casamento, eu vou recusá-la.

Shoko olhou para Utahime, surpresa. — Por que você faria isso?

— Porque eu quero que você tenha a oportunidade de ser feliz. E também, Geto merece alguém que esteja verdadeiramente interessada nele, não alguém que está simplesmente seguindo as tradições — explicou Utahime, com sinceridade.

Shoko suspirou, os olhos suavizando um pouco. — Eu sei que você está tentando me proteger, mas é difícil não sentir ciúmes. Eu também quero ter minha chance de ser cortejada, de encontrar alguém especial.

— E você terá, Shoko. Tenho certeza disso. Você é brilhante e encantadora, e não vai demorar para que alguém veja isso — Utahime sorriu, apertando as mãos da irmã com carinho.

As palavras de Utahime pareceram aliviar um pouco da tensão, e Shoko finalmente sorriu de volta, ainda que timidamente. — Obrigada, Utahime. Eu realmente aprecio o que está tentando fazer.

As duas irmãs se abraçaram, um momento de reconciliação e compreensão mútua. Utahime sentiu uma onda de alívio ao perceber que, apesar das dificuldades, elas sempre se apoiariam.

O momento era agradável de mais para ela mensionar Gojo e suas falácias, então decidiu não dizer nada.

Depois dessa conversa, Utahime voltou para seu quarto, sentindo-se estranhamente aliviada. O encontro com Gojo e a conversa com Shoko deixaram-na emocionalmente esgotada, mas também mais determinada a enfrentar os desafios que viriam.

Ela sabia que a relação com Gojo ainda estava carregada de tensão, mas, de alguma forma, estava ansiosa para ver o que o futuro reservava. Afinal, a vida na monarquia inglesa estava longe de ser monótona, e Utahime estava pronta para encarar qualquer coisa que viesse em seu caminho.

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2024-07-19

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