03:00

No escritório de Geto, a luz do sol da tarde filtrava-se através das pesadas cortinas de veludo, lançando um brilho suave sobre os móveis luxuosos. Geto, Choso e Gojo estavam reunidos em torno de uma mesa de mogno, discutindo os negócios e estratégias para o futuro.

— Precisamos considerar a expansão das nossas propriedades na região leste — disse Choso, olhando atentamente para os documentos na mesa. — Os lucros podem ser substanciais se conseguirmos fechar os acordos corretos.

— Concordo — respondeu Geto, ajustando seus óculos. — Tenho alguns contatos que podem facilitar as negociações. Vou providenciar os encontros nas próximas semanas.

Gojo, que até então estava distraído, passou a prestar mais atenção quando ouviu o nome de Utahime ser mencionado.

— E a propósito — continuou Geto, com um sorriso malicioso —, estou pensando em convidar Utahime para um jantar na minha casa. Parece que temos algumas questões para resolver e achei que um jantar seria a ocasião perfeita.

Gojo tentou disfarçar o interesse que despertou com a menção do nome de Utahime. Ele ajeitou a postura e respondeu com um tom desdenhoso:

— Utahime? E o que você espera resolver com ela, Geto?

Geto deu de ombros, mas seus olhos brilhavam com determinação.

— Apenas algumas pendências que ficaram no ar. E quem sabe, talvez aprofundar um pouco mais nossa... amizade.

Choso observou a troca entre os dois, notando o leve desconforto de Gojo, embora ele tentasse esconder.

— Boa sorte com isso — disse Gojo, forçando um sorriso de desdém. — Tenho certeza de que será uma conversa... interessante.

Geto percebeu a mudança no comportamento de Gojo e, conhecendo bem seu amigo, notou o leve tom de ciúme. Mas decidiu não aprofundar a provocação. Afinal, tinha seus próprios interesses em jogo.

A reunião prosseguiu, mas a mente de Gojo estava distante, refletindo sobre Utahime e o que aquele jantar poderia significar.

Enquanto a reunião prosseguia, a mente de Gojo estava a quilômetros de distância. Ele fingia prestar atenção nas discussões sobre negócios, mas sua cabeça estava cheia de pensamentos conflitantes sobre Utahime e o jantar que Geto havia mencionado.

Ele tentou focar nos documentos à sua frente, mas não conseguia afastar a sensação de inquietação que o tomava. O nome de Utahime ecoava em sua mente, trazendo memórias de suas interações passadas - suas brigas, as trocas de olhares, os momentos de tensão.

“Por que isso me incomoda tanto?” ele pensou, tentando encontrar uma resposta lógica para seu desconforto. “Ela é só uma... amiga, ou talvez nem isso. Por que me importo com quem ela janta?”

Mas, no fundo, Gojo sabia que não era tão simples. Havia algo em Utahime que sempre o desafiava, algo que ele não conseguia ignorar. E a ideia de Geto, seu amigo de longa data, tentando se aproximar dela o deixava inquieto.

“Geto e Utahime...?” Gojo balançou a cabeça, tentando afastar o pensamento. “Isso não pode estar certo.

Ele começou a questionar seus próprios sentimentos. Por que se importava tanto? Era ciúme? Inveja? Ou algo mais profundo que ele não estava pronto para admitir? Cada possibilidade o deixava mais confuso.

“Droga, Satoru, pare com isso,” ele se repreendeu mentalmente. “Você tem coisas mais importantes para se preocupar.”

Mas, mesmo enquanto tentava se concentrar, a imagem de Utahime não saía de sua mente. Ele se lembrava de sua determinação, sua coragem, e até mesmo das vezes que ela o desafiar diretamente. Tudo nela parecia provocar uma reação nele, e agora, a ideia de vê-la em um jantar com Geto era quase insuportável.

...Quebra de tempo!...

Alguns dias após o baile, Suguru Geto fez uma visita à residência dos Iori. Ele foi recebido com grande hospitalidade por Kai Iori, que o conduziu até a sala de estar, onde conversaram enquanto tomavam chá

Na manhã daquele sábado Utahime estava em seu ateliê realizando pinturas, Shoko entrou correndo chamando a atenção da garota.

— Utahime !! - Entrou afoita e puxando meu braço.

—O que foi? - Disse mais perdida que uma agulha em um palheiro.

— O senhor Geto está na sala conversando com nosso pai.

— Sério?

— E ele Trouxe com ele um presente ! Eu não consigo parar de imaginar coisas!!!

— Calma, Vamos para casa e ver o que ele quer.

Acompanhei Shoko de volta para casa como era uma conversa particular as portas estavam fechadas Shoko me arrastou para o quarto para ajudar ela escolher uma roupa, Yuki já estava muito bem arrumada, eu estava com meu  vestido velho surrado que eu usava para pintar no ateliê  coloquei um bem simples na cor verde claro, Shoko por outro lado se vestiu elegantemente com um vestido vermelho que a deixava  linda.

Ficamos esperando na escada.

— Senhor Iori, agradeço pela recepção calorosa — começou Geto, com um sorriso gentil. — Gostaria de conversar com o senhor sobre um assunto importante.

Kai assentiu, indicando que Geto prosseguisse.

— Tenho grande admiração por sua filha, Utahime — Geto continuou, sua voz cheia de sinceridade. — Gostaria de pedir sua permissão para convidá-la para um jantar. Acredito que seria uma oportunidade para conhecê-la melhor e, talvez, fortalecer um possível vínculo.

Kai Iori sorriu, satisfeito com a proposta de Geto.

— Fico honrado com seu interesse em Utahime, senhor Geto. Ela é uma jovem extraordinária e muito querida por nossa família. Tenho certeza de que ela ficará surpresa e feliz com seu convite. — Kai respondeu, apertando a mão de Geto em sinal de acordo.

Depois que Geto se despediu,

Ao abrir a porta as meninas e sua mãe foram ao encontro deles na sala.

— Senhoritas! - Geto falou, as três fez reverência segurando os vestidos

— Sr Geto sua companhia no almoço será muito bem vinda!- a senhora mitsuri falou se juntando ao lado se seu esposo.

— Creio que Sim, mas tenho que recusar, infelizmente eu tenho negócios a tratar agora.

— Ah é uma pena, Mas está convidado a vir almoçar conosco quando quiser !

— Eu agradeço o convite e eu virei sim, Bom, eu já vou indo é um prazer ver senhoritas tão belas e de boa educação! Ele sorriu e beijou a mão de cada uma de Nós.

Ele cumprimentou  a todos e saiu.

As meninas entraram curiosas na sala de estar esperando seu pai falar o assunto dessa visita inesperada. Shoko, que trazia um ar de expectativa encarava o pai ansiosa.

— Meninas, tenho uma notícia para vocês

— Kai começou, olhando de uma para a outra. — O senhor Geto esteve aqui e me pediu permissão para convidar Utahime para um jantar, ele trouxe isto para você utahime- Meu pai me entregou uma caixa

Utahime ficou surpresa, seus olhos se arregalando levemente.

— Um jantar? — Ela murmurou, sentindo um misto de emoções, e preocupação.

Shoko, por outro lado, não conseguiu esconder sua decepção. Ela tinha uma admiração especial por Suguru Geto e esperava ser a primeira a chamar sua atenção.

— Papai, isso é maravilhoso para Utahime — Shoko disse, tentando disfarçar a tristeza em seu tom. — Mas... por que não eu?

Kai olhou para Shoko com ternura e compreensão.

— Shoko, minha querida, entendo seus sentimentos. Mas, por tradição, Utahime é a mais velha e deve ser a primeira a ser cortejada. É uma questão de respeito e honra para nossa família. — Ele explicou, colocando uma mão reconfortante no ombro dela.

Shoko suspirou, assentindo lentamente.

— Eu entendo, papai. Só espero que Utahime esteja feliz com isso. — Ela disse, voltando-se para Utahime com um sorriso forçado.

Utahime, ainda absorvendo a notícia, olhou para a irmã com gratidão.

— Obrigada, Shoko. Eu... estou surpresa eu nem sei como agir  — Ela respondeu, sentindo a responsabilidade que vinha com o convite de Geto.

Kai sorriu para suas filhas, orgulhoso de ambas.

— Sei que você fará isso, Utahime. E Shoko, sua vez também chegará. Tenham paciência e confiem no processo. — Ele disse, abraçando as duas.

—E o que será que tem na caixa ?—  Yuki chamou a atenção lembrando do presente.

Utahime desfez fez o laço da grande caixa e um vestido  azul-celeste Utahime ficou vermelha e feliz ao mesmo tempo nunca tinha Cido presenteada daquela forma.

— É lindo— Shoko disse.

— Me desculpa Shoko isso deveria ser para você!— Utahime se sentia tão culpada.

— Não se culpe, Vocês não estão se casando ele só está seguindo as etiquetas, Utahime va a esse jantar e mostre o seu melhor.

O coração de Utahime ficou aliviado com a maturidade de sua irmã, ela estava triste e chateada mas sabia que Utahime nunca a decepcionaria.

A noite chegou, e a casa dos Iori estava agitada com os preparativos para o jantar especial. Utahime estava no quarto, terminando de se arrumar com a ajuda de sua mãe. Ela vestia um deslumbrante vestido azul-celeste, presente de Suguru Geto. O tecido fluía graciosamente, destacando a beleza natural de Utahime, enquanto o decote e os detalhes em renda acrescentavam um toque de elegância. Seus cabelos negros estavam presos em um penteado sofisticado, e a cicatriz em seu rosto estava parcialmente coberta por delicados cachos.

— Você está linda, Utahime — Mitsuri disse, admirando sua filha com orgulho. — Este vestido realça sua beleza de uma maneira que poucas roupas poderiam.

Utahime sorriu, nervosa, mas animada.

— Espero que o senhor Geto goste. — Ela respondeu, ajustando os últimos detalhes.

Lá fora, Suguru Geto aguardava próximo à sua carruagem. Ele estava impecavelmente vestido com um traje formal, que realçava sua presença elegante e atraente. Seu olhar estava fixo na porta da casa dos Iori, antecipando a aparição de Utahime. A carruagem, ornamentada com detalhes dourados, refletia a luz da lua, criando um cenário encantador.

Shoko, observando tudo pela janela do andar superior, sentiu uma pontada de tristeza ao ver Geto aguardando Utahime. Ela sabia que deveria estar feliz pela irmã, mas não conseguia evitar o aperto no coração.

Finalmente, a porta se abriu, e Utahime desceu os degraus com graça. Ao vê-la, Geto sorriu genuinamente, impressionado com sua beleza.

— Senhorita Iori, você está absolutamente deslumbrante esta noite. — Ele disse, oferecendo sua mão para ajudá-la a subir na carruagem.

— Obrigada, senhor Geto. O vestido é maravilhoso. — Utahime respondeu, aceitando a mão dele e entrando na carruagem com um leve rubor nas bochechas.

Do lado de dentro, Shoko assistia silenciosamente, suas emoções conflitantes refletidas em seus olhos. Ela queria apoiar Utahime, mas a visão de Geto e Utahime juntos a deixava melancólica.

A carruagem partiu, levando Utahime e Geto para o jantar. Enquanto seguiam para o destino, Geto olhou para Utahime, tentando dissipar qualquer tensão.

— Espero que você aproveite a noite. Tenho certeza de que será uma experiência memorável para ambos. — Ele disse, seu tom gentil e reconfortante.

Utahime sorriu, sentindo-se mais à vontade com a presença de Geto.

— Estou certa de que sim, senhor Geto. Agradeço muito pelo convite e pela sua generosidade.

Enquanto a carruagem se afastava, Shoko fechou a cortina, tentando reprimir suas emoções. Ela sabia que Utahime merecia essa oportunidade e que, um dia, sua vez também chegaria. Por agora, ela apenas desejava o melhor para sua irmã mais velha.

Ao chegar à mansão de Geto, Utahime foi recebida com uma calorosa recepção. A grande entrada da casa estava adornada com flores frescas, e a iluminação suave dava um ar romântico ao ambiente. Geto ajudou Utahime a descer da carruagem, e eles entraram na casa de braços dados.

O jantar foi preparado com esmero, com uma mesa decorada com talheres de prata, cristais finos e uma variedade de pratos apetitosos. Utahime sentiu-se nervosa, mas Geto, com sua presença calma e gentil, tentava deixá-la à vontade.

Enquanto os pratos eram servidos, Utahime, tentando romper o silêncio, começou a falar sobre suas irmãs.

— Minha irmã Shoko é realmente talentosa — disse Utahime, olhando para seu prato. — Ela sempre atrai a atenção em qualquer lugar que vai, e Yuki, bem, ela tem um espírito tão livre e aventureiro...

Geto a interrompeu, inclinando-se um pouco para frente.

— Utahime, me perdoe a interrupção, mas gostaria de saber mais sobre você, não apenas sobre suas irmãs. — Seus olhos estavam fixos nos dela, sua expressão suave, mas séria. — Por que você sempre fala tanto delas e tão pouco de si mesma?

Utahime corou, surpresa pela pergunta direta. Ela hesitou por um momento, tentando encontrar as palavras certas.

— Eu... — começou ela, com um suspiro. — Acho que elas sempre foram mais brilhantes, mais dignas de atenção. Eu me acostumei a ficar em segundo plano, especialmente depois que... — Sua voz falhou ao lembrar da cicatriz em seu rosto.

Geto manteve seus olhos fixos nela, sua expressão cheia de compaixão.

— Utahime, você é uma pessoa incrível por direito próprio. Eu vejo isso, mesmo que você não veja. — Ele disse, sua voz baixa e reconfortante. — Não deixe que a sombra de suas irmãs ofusque sua própria luz.

Utahime sentiu um calor em seu peito com as palavras de Geto. Pela primeira vez em muito tempo, alguém parecia interessado em conhecê-la pelo que ela era, não apenas como a irmã mais velha de Shoko e Yuki.

— Obrigada, senhor Geto. Isso significa muito para mim. — Ela respondeu, finalmente sorrindo um pouco.

O restante do jantar foi agradável, com Geto fazendo perguntas sobre os interesses de Utahime e ouvindo atentamente suas respostas. Ele ficou impressionado com sua inteligência e seus talentos em artesanato e pintura. Utahime começou a se sentir mais confortável, apreciando a atenção e o interesse genuíno de Geto.

Depois do jantar, eles se dirigiram para uma pequena sala de estar com uma lareira acolhedora. Sentados juntos, a conversa fluiu mais facilmente, e Utahime começou a abrir-se mais sobre seus sonhos e medos.

Enquanto a noite avançava, Geto ofereceu a Utahime uma carona de volta para casa. Ao chegarem à residência dos Iori, ele a ajudou a descer da carruagem novamente.

— Eu realmente apreciei esta noite, Utahime. Espero que possamos fazer isso novamente. — Geto disse, segurando sua mão por um momento mais longo do que o necessário.

— Eu também, senhor Geto. Obrigada por tudo. — Utahime respondeu, sentindo uma nova confiança crescendo dentro dela.

Ao entrar em casa, Utahime encontrou Shoko olhando pela janela, uma expressão melancólica em seu rosto. Utahime se aproximou dela, segurando sua mão.

— Shoko, sei que isso é difícil para você, mas acredite, isso é algo que preciso fazer. — Utahime disse, sua voz suave e reconfortante.

Shoko suspirou, tentando sorrir.

— Eu sei, Utahime. Só quero que você seja feliz. — Ela respondeu, abraçando sua irmã.

Enquanto Utahime subia as escadas para seu quarto, ela se sentia mais leve, mais esperançosa. Talvez, só talvez, essa fosse a oportunidade de mostrar ao mundo — e a si mesma — que ela era muito mais do que apenas a irmã mais velha de Shoko e Yuki.

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