MOMENTO MENINAS - MIA

Durante o percurso para casa enquanto vinha conversando com o Théo senti um calafrio em meu corpo me deixando tensa, não quero mais problemas, estou cansada de confusão, quero ter uma relação tranquila e amorosa com meu loiro de olhos azuis. Depois do jantar estava me sentindo vulnerável e carente então fui dormir na cama do meu companheiro, se meus irmãos souber disso eles morrem, porém durante a madrugada comecei a sentir a tremer e me contorcer acordando Théo

— Mia, o que está sentindo? — pergunta Théo acendendo o abajur ao lado da cama.

— Ainnnm — grito batendo o queixo , sem conseguir formular uma palavra.

— São as dores da primeira transformação — diz entendendo a situação.

— Ainnnm — soluço, sentindo meus ossos doer, deusa me ajude.

— Vou chamar Liz e pedir para aplicar morfina em você — diz ele tentando se levantar da cama mas eu seguro sua mão — Tudo bem, vou ficar com você

— Théo... — chamo entre gemidos enfiando minha cabeça em seu pescoço em buscar do seu cheiro, do seu calor que parece amenizar a dor.

— Estou aqui minha pestinha — ele me afasta com cuidado, tira o casaco de moletom e depois me puxa para o seu peito, meu corpo parece relaxar mediante o contato com sua pele, sentindo isso ele tira minha camisola e seu short moletom ficando apenas se cueca enquanto eu fico apenas de calcinha, me puxa novamente para os seus braços e o contato e como água fresca sobre a minha pele em chamas, pouco tempo depois adormeço.

— Mia, acorda meu amor — ouço alguém chamar enquanto beija meus olhos — Preciso resolver umas coisas, mas tarde estou de volta. Amo você

Volto a dormir...

Desperto e quando olho no relógio são quase 12h pela deusa eu perdi a aula e metade do dia, pulo da cama de Théo olho em volta do quarto vendo que estou sozinha e ao lado da cama tem uma bandeja com frutas e panquecas meu café da manhã favorito, tem também um bilhete de Théo

Bom dia, pestinha!

Tentei acordar você para ir a aula mas você estava dormindo feito pedra, como teve uma madrugada difícil deixei você descansar. Tive que resolver umas coisas.

Bjs, te amo

T. Fontana

Como as dores da primeira transformação me deixa faminta como tudo que tem na bandeja e depois me jogo novamente na cama aproveitando o cheiro de Théo que está espalhando por todo lado.

Na hora do almoço desço e encontro minhas cunhadas reunidas na mesa

— Boa tarde, cunhadinhas! — digo me sentando com elas — Estou faminta

— A bandeja de café da manhã não foi suficiente? — pergunta Zoella — Já estão praticamente o esporte proibido?

— Quem dera — digo sorrindo enquanto pego um pouco de macarrão — As dores da primeira transformação voltou

— Sabemos, o Théo avisou no café da manhã e pediu para ninguém incomodar você — diz Elizabeth.

— E Zoella me zuando — digo fuzilando fuzilando ela com o olhar enquanto ela rir.

— Graças a Deus eu não sentir essas dores pelo que lembro da Lis e pelo que vejo de você não e nada agradável — diz a loirinha de memória curta.

— Pra você o coma foi mais prático né? — eu não consigo segurar a língua, perco o amigo mas não perco a piada.

— Sua sorte e que eu tô bem se não iria te mostrar uma coisa — diz rindo — Eu amo ser lobisomem sinto que nasci realmente pra isso, principalmente quando corro pela floresta com meu marido e fazemos amor sobre o luar

— Zoella! Pela deusa, nos poupe de certos detalhes — grito fazendo Elizabeth gargalhar.

— Eu já transei tanto com Roman no meio da floresta que perdi as contas, agora ele evita esses passeios por conta da minha barriga — diz minha cunhada fazendo biquinho.

— Eu odeio mulheres casadas e felizes — digo fazendo as duas rirem.

— O Théo pareceu tranquilo ontem a noite enquanto você falava do Simon, enfim o ciúmes dele acabou — diz Liz.

— Não se engane amiga, Théo assim como Anthony e Roman sempre será ciumento. Ele está apenas feliz por Simon enfim ter encontrado sua destinada — diz Zoella.

— Exatamente isso, minha querida cunhada. Ele ficou radiante ao saber da Nala — digo me servindo de salada — Lobisomem são possessivos, faz parte do sangue

— Verdade — diz Liz — Meu pai morre de ciúmes da minha mãe, ela me ligou outro dia revoltada dizendo que senhor Aragón parece ter ficado mais possessivo depois do casamento

— Ele quer recuperar o tempo perdido, sem contar que tia Anna e maior gata — diz Zoe pegando Otto do carrinho pois o mesmo começou a resmungar.

— Minha mãe disse que ele estava com ciúmes do próprio Beta, vocês acreditam? Só porque o homem tem sido atencioso com minha mãe ajudando ela com as coisas da matilha — continua Liz.

— O que o amor não faz com a pessoa né? Aragón antes da Anna era um insuportável, vivia perseguindo meu irmão e agora virou cadelinha da tia Anna — digo rindo, quam iria imaginar?.

— Nada que um bom chá não faça, homem bom é homem obediente — diz Zoella — Claro que tem que deixar a gente de pernas bambas também

— Vocês deveria ser mais recatadas já que são mãe de família — digo com invejinha e elas gargalha.

— Seu momento vai chegar, Mia. Tenho certeza que o pobre do Théo vai precisar de uma boa vitamina para aguentar o pique — diz Elizabeth safada.

— Estou contando os minutos — digo arrepiando só de lembrar o que já fizemos, se nem foi completo e já foi perfeito imagina quando for.

— Tá pensando putaria né safada? — acusa Zoe dando a mamadeira a Otto — Essa tuas bochechas vermelhas te entrega fácil pequena depravada

— Ainn...me respeitem, eu sou uma pobre moça virgem. Isso não é conversa pra mim, vou tomar um banho bem frio — digo me levantando e elas riram mais ainda.

— Théo tá fudido com você, vou fazer oração para a deusa proteger aquele pobre coitado — diz Liz enquanto eu dou um beijo na testa de Otto e corro em direção às escadas.

Céus, eu preciso fazer logo 18 anos ou não respondo por mim

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