ROTINA - MIA

O café da manhã hoje foi repleto de emoções, foi muito importante para o Théo e para mim a benção dos meus irmãos, claro que por sermos destinados já temos a benção da deusa o que diz que ninguém pode quebrar o nosso laço de companheiro, mas e importante saber que as pessoas que a gente ama abençoa o nosso amor. Depois do café da manhã, Théo me trouxe para a faculdade juntamente com Elizabeth e foi para o escritório, Zoe decidiu trancar a faculdade até às crianças completarem um ano pois ainda se sente culpada por perder o primeiro mês de vida de Aurora e Otto então ela passa todo tempo grudada neles.

Depois da extinção do conselho e da aparição da deusa, muitos casais interracial tem se formado e hoje podem viver seu amor livremente, aqui na faculdade mesmo tem alguns casais de humanos com os lobisomens da nossa matilha e lindo saber que o amor venceu, durante a aula vejo uma notificação de mensagens com o nome de Simon tem um tempinho que não vejo meu amigo e também que não nos falamos

📨 SIMON: Oiê, doidinha! tudo bem?

📨 MIA: Quem e vivo sempre aparece, estou ótima! E você?

📨 SIMON: Ótimo! Estou em suas terras, que tal um café?

📨 MIA: Pode ser, passa pra me pegar daqui um hora na faculdade, pode ser?

📨 SIMON: Certo, tenho uma novidade para te contar

📨 MIA: então conta longe! 🤩

📨 SIMON: Deixa de ser curiosa, só conto pessoalmente

📨 MIA: CHATO! 🙄

📨 SIMON: Mimada!

📨 MIA: Em pensar que um dia eu já gostei de você.

📨 SIMON: Tu me ama que eu sei, até mais...

Pronto, agora eu não vou prestar atenção em mais nada pois tudo que eu quero saber é qual a novidade que Simon tem pra me falar? O problema de ser uma pessoa extremamente curiosa é esse a gente não sabe esperar se existe uma fofoca, queremos saber na hora.

Simon e eu não tínhamos como dar certo, pois eu não tirava Théo da cabeça, sei que ele ficou muito chateado comigo quando descobriu que eu já tinha conhecido o meu destinado e não contei a ele, mas a nossa amizade falou mais alto e então ele me perdoou, claro que não saíamos mais pois por ele respeitar Théo preferiu se manter distante, mas sempre nos falávamos temos uma amizade leve, divertida e eu detestaria perder um bom amigo

Uma hora depois, Simon me pega na faculdade e vamos para um café aqui perto, ele parece bastante feliz e radiante e isso me deixa bastante feliz, meu amigo é um homem lindo e será um marido perfeito para sua destinada

— Estou tão feliz em vê você, desde que soube que Théo e meu destinado você me abandonou — digo fazendo biquinho e ele gargalha.

— Eu tenho amor à minha vida — diz puxando uma cadeira para mim — Lembro que o Théo queria arrancar minha cabeça naquele café da manhã em sua casa

— Ele não faria isso, ele tem um respeito enorme pelo seu pai — digo me sentando, e ele faz o mesmo.

— Não existe respeito nesse mundo capaz de parar a fúria de um homem apaixonado, digo por experiência própria — diz com um sorriso tímido como quem tem algo mais a revelar.

— Hum... experiência própria? — pergunto arqueando a sobrancelha — Essa experiência própria tem alguma coisa haver com a sua "novidade"?

— Vamos com calma pequena diaba, me diga como você está? — pergunta rindo.

— Estou bem, depois de toda a confusão com o conselho sinto que enfim posso respirar aliviada — digo sorrindo enquanto corto um pedaço do bolo que pedir.

— Foi um momento tenso para todos, creio que para você e seus irmãos pesou muito mais, agora graças a deusa e a eles estamos livres do conselho e eu enfim encontrei minha destinada — diz com um sorriso de um canto a outro.

— Então essa é a novidade! — digo super animada — Ainnn que maravilha, estou feliz por você, você merece meu amigo — digo me levantando e puxando ele para um abraço apertado

Ouço um barulho de alguém coçando a garganta e quando olhamos para o lado está ninguém mais ninguém menos que Théo com cara de poucos amigos

— Não é isso que você está pensando — se apressa Simon em falar.

— E o que eu estou pensando? Atrapalho algo? — pergunta vermelho me olhando.

— Oiê, amor! — digo me afastando de Simon e me aproximando dele.

— Como vai Théo? Sente-se para tomar um café conosco — tenta Simon.

— No momento, a única coisa que eu quero é saber porque diabos minha mulher está tomando café com você em vez de estar na faculdade? — diz em um tom baixo e grave.

— Eu convidei a Mia, minha amiga para um café, já que estou no território do Roman juntamente com meu pai. O motivo do meu convite foi justamente para contar a ela que conheci minha destinada, ela estava feliz com a notícia e me abraçou justamente na hora que você chegou — diz meu amigo calmamente e imediatamente vejo o ciúmes do Théo respirar como se estivesse aliviado.

— Mais calmo? — pergunto puta, custa confiar em mim?

— Sim, bem melhor — responde o infeliz.

— Eu também sou homem Théo, e sei o quanto somos ciumentos e possessivos com nossas mulheres. Desde aquele dia em que você deixou claro que era o destinado da Mia eu não a procurei mais com segundas intenções, mas nutro uma amizade sincera e verdade pela Mia, ouso dizer que ela é a única amiga que tenho e gostaria muito de apresentar ela a minha futura esposa, então vim contar a novidade a ela e convidá-la para marcar um café com ela é com a Nala. Vamos sentar que eu vou contar tudo a vocês — diz apontando para as cadeiras, Théo chama o atendente pede um café puro e senta como se fosse o convidado de honra, folgado.

— Então me conta Simon, de onde é a Nala e como se conheceram? — pergunto ansiosa.

— A Nala é aqui do território do seu irmão, mas vocês não a conhecem, pois ela é humana — diz sorrindo todo bobo ao se lembrar de sua destinada — Eu a conheci justamente no dia daquele café em sua casa, onde o Théo só faltou arrancar a minha cabeça..

— Ele não faria isso! — digo olhando Théo que não esboça emoção alguma.

— Eu prefiro não tentar a sorte. Continuando, eu sair da sua casa confuso com tudo, eu estava interessado em você mas não te amava como mulher mas gostava de sua companhia e isso me fazia acreditar que no futuro poderíamos nos amar, claro que não seria igual ao amor dos destinados, mas ainda assim seria amor — diz tomando um pouco de café — Então eu vim para o hotel pois só voltaria para casa no dia seguinte, pedir serviço de quarto e quando abrir a porta eu perdi totalmente a noção da realidade, parado a minha frente tinha uma pequena mulher, negra, com olhos tão escuro quanto a noite, eu me apaixonei de imediato e meu lobo ficou desesperado com o cheiro dela, era ela, minha Nala

— Ainnnm, eu amoooo essas histórias! — digo emocionada, eu realmente amo ouvir as histórias de quando os destinados se encontram.

— Calma meu amor, vamos ouvir o restante — diz Théo pegando minha mão e depositando um beijo.

— Ela ficou mexida quando me viu, mas por não ser uma lobisomem não entendia o que estava acontecendo, eu dei passagem pra ela entrar e comecei a puxar conversa com ela, daí pra frente eu fui aparecendo toda semana no hotel até ela confiar em mim o suficiente para aceitar sair comigo, depois pedir ela em namoro apresentei os meus pais e depois que o conselho foi derrotado eu contei sobre nossa raça, ela ficou assustada quando me viu mas não fugiu e depois de entender como são as coisas para nós me aceitou e aceitou casar comigo — diz por fim muito feliz

— Estou muito feliz por vocês de verdade, você merece muito Simon. Agora eu quero muito conhecer a Nala e receber meu convite para o casamento — digo muito animada.

— Calma, vou ficar esse final de semana na cidade e vou a sua casa amanhã conversar com seu irmão, Nala e humana, mas é do território do Roman então é responsabilidade dele, não posso transformá-la sem que ele saiba e abençoe nossa união — diz ele parecendo preocupado.

— Você faz bem, vejo que é um bom homem, Saimon. Vou avisar ao Roman e vamos aguardar você na matilha amanhã, aproveite e leve a Nala assim todos vamos conhecê-la. Agora eu preciso ir, você vai comigo princesa? — pergunta, me deixando envergonhada com a presença de Simon.

— Sim. Aguardo você e a Nala amanhã, me mande mensagem informando o horário — digo estendendo a mão para me despedir do meu amigo.

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