Capitulo 5: Destinos entrelaçados

Um mês havia se passado desde que Isabela começou a trabalhar na empresa de Matheo. Cada dia lá era uma experiência nova e positiva, e Isabela rapidamente conquistou a simpatia de todos com sua educação e beleza. A reputação da jovem recepcionista, tanto por sua competência quanto por sua aparência encantadora, logo chegou aos ouvidos de Matheo, que se sentia perturbado por essas notícias. Como ele não passava mais pela recepção, não a viu novamente desde aquele primeiro encontro. Um misto de alívio e decepção tomava conta dele sempre que pensava nisso.

Naquela sexta-feira, após um longo dia de trabalho, Matheo decidiu que era hora de se distrair. Como de costume, ele foi até a boate de Eduard, um lugar onde podia relaxar e esquecer o peso do mundo.

Enquanto isso, do outro lado da cidade, Isabela chegou em casa cansada, mas satisfeita com mais um dia produtivo. Ela encontrou Clarice, sua melhor amiga, já se arrumando para sair. Clarice estava empolgada para curtir a noite na boate que tinha inaugurado recentemente e que vinha sendo o ponto de encontro mais badalado da cidade.

Clarice: (animada) “Isa, você precisa ir comigo hoje! Essa boate é incrível, todo mundo está indo lá. Você vai se divertir, prometo!”

Isabela: (relutante) “Não sei, Clarice… Eu estou cansada e, para ser sincera, não sou muito fã de lugares tão cheios e barulhentos.”

Clarice: (insistindo) “Vamos lá, vai ser bom para você! Descontrair um pouco, sair dessa rotina. Só hoje, por favor! Eu não quero ir sozinha.”

Isabela hesitou, mas a insistência de Clarice, somada à ideia de fazer algo diferente, acabou convencendo-a.

Isabela: (sorrindo) “Tudo bem, você venceu. Eu vou.”

Clarice sorriu vitoriosa e continuou a se arrumar. Escolheu um vestido mais sedutor, enquanto Isabela optou por um vestido branco elegante, mas discreto. A maquiagem de Isabela foi suave, realçando sua beleza natural.

As duas amigas saíram animadas e, depois de enfrentar uma fila enorme, finalmente entraram na boate. O interior do lugar era impressionante, com uma decoração moderna e uma enorme pista de dança no centro. O andar de cima era reservado para a área VIP, onde o ambiente era mais exclusivo e menos tumultuado. Em contrapartida, o andar de baixo estava lotado; mal se podia andar sem esbarrar em alguém.

Clarice, sempre pronta para a diversão, levou Isabela direto para o bar, onde pediu uma bebida para cada uma. Enquanto Clarice estava animada e aproveitando a noite, Isabela se sentia desconfortável. A música alta, a falta de espaço e os olhares insistentes dos rapazes ao redor a deixavam inquieta.

Isabela: (pensando) “Por que eu vim para esse lugar? Não combina comigo…”

Clarice, percebendo a hesitação da amiga, decidiu agir.

Clarice: (puxando Isabela para a pista de dança) “Vamos, Isa! Vamos dançar, você vai se sentir melhor!”

No início, Isabela relutou, mas aos poucos foi se soltando, permitindo-se aproveitar o momento.

No andar de cima, na área VIP, Matheo estava entediado. Uma mulher insistente tentava chamar sua atenção, mas ele estava mais interessado em observar o movimento na pista de dança abaixo. Foi então que seus olhos captaram algo que o fez parar. Lá estava ela, a recepcionista que não conseguia tirar da cabeça, dançando de forma graciosa e encantadora. Matheo deu um leve sorriso, surpreendido por sua própria reação. Ele nunca havia sentido algo assim antes, e isso o incomodava e fascinava ao mesmo tempo.

Enquanto ele observava, algo aconteceu que o tirou de seu transe. Um homem se aproximou de Isabela e, sem aviso, agarrou sua cintura. A visão despertou em Matheo uma fúria inesperada. Ele viu o homem puxá-la para fora da pista de dança, claramente contra a vontade dela. Sem pensar duas vezes, Matheo se levantou, ignorando completamente a mulher ao seu lado, e desceu as escadas em direção à pista com uma determinação furiosa.

Ele lutou para abrir caminho entre a multidão, os olhos fixos na saída da boate, onde viu Isabela sendo levada à força. Quando finalmente conseguiu sair do tumulto, Matheo viu o homem jogando Isabela no banco do carona de um carro. Sem hesitar, ele correu até eles, pegou o agressor pelo colarinho e o golpeou várias vezes no rosto, até que o homem caiu, desmaiado.

Com a respiração ofegante, Matheo se virou para Isabela, segurando suas mãos trêmulas.

Matheo: (preocupado) “Você está bem?”

Ainda em choque, Isabela apenas conseguiu acenar afirmativamente com a cabeça. Sem pensar, Matheo a puxou para um abraço protetor, sussurrando em seu ouvido.

Matheo: (suavemente) “Vai ficar tudo bem, eu prometo.”

Após alguns momentos, Matheo gentilmente a conduziu até seu carro. Ele abriu a porta para ela entrar, depois deu a volta e assumiu o volante. Sem palavras, Matheo ligou o carro e entregou o celular para Isabela.

Matheo: “Digite seu endereço.”

Ainda atordoada, Isabela fez o que ele pediu. O caminho até o apartamento dela foi silencioso, mas não desconfortável. Matheo estava concentrado, dirigindo com cuidado, enquanto Isabela tentava processar tudo o que havia acontecido.

Ao chegarem ao apartamento, Matheo saiu do carro e a acompanhou até a porta.

Isabela: (ainda um pouco distante) “Obrigada… Eu não sei o que teria acontecido se você não estivesse lá.”

Matheo, agora um pouco mais calmo, acenou com a cabeça.

Matheo: “Não foi nada. O importante é que você está segura.”

Isabela entrou no apartamento, e Matheo esperou até que ela fechasse a porta antes de sair. Enquanto dirigia de volta para casa, ele não conseguia parar de pensar em como tinha reagido. Ele nunca havia se importado tanto com alguém, muito menos com alguém que mal conhecia.

Para Matheo, isso era novo e desconcertante. Ela era apenas uma funcionária, e agora, além de saber seu nome, ele também sabia seu endereço. E, embora tentasse afastar esses pensamentos, no fundo, ele sabia que algo havia mudado naquela noite.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***