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Os dias foram passando com uma rapidez surpreendente, mas, para Emma, cada treino parecia um teste maior do que o anterior. Ela havia percebido uma mudança em si mesma desde aquele último confronto com Damian. Havia algo diferente na maneira como ela abordava o treinamento agora — não era mais uma questão de vencer ou perder, mas de se desafiar a ser melhor. Isso a tornava mais forte, não fisicamente, mas emocionalmente. Ela estava crescendo, e isso fazia toda a diferença.

Damian, por sua vez, também parecia ter notado essa mudança. Ele estava mais atento, mais silencioso em sua presença, mas, ao mesmo tempo, mais exigente. Seus treinos eram intensos, e ele não mostrava sinais de cansaço. Parecia que ele não tinha limites, e isso fazia com que Emma se sentisse desafiada de maneiras que ela não imaginava. Mas ela sabia que precisava se concentrar. Não podia deixar que a pressão dela mesma a fizesse tropeçar.

Ela não estava mais lutando apenas para não perder, mas para conquistar o respeito que sentia que merecia. Cada passo no centro de treinamento, cada soco, cada movimento que ela fazia a aproximava mais de sua meta. Ela não queria ser apenas uma sombra na vida de Damian. Queria ser a parceira de alguém que a respeitasse, que a visse como igual, não como alguém que sempre precisava provar seu valor.

Naquele dia em particular, o treinamento foi especialmente difícil. Damian parecia estar mais agressivo do que o normal, seus movimentos rápidos e certeiros, como se estivesse testando os limites dela. Ela sentia o peso de sua força, mas também sentia a frustração dela mesma, como se estivesse no limite do que poderia suportar. Ela queria dar mais de si, mas havia algo dentro dela, uma insegurança talvez, que ainda a fazia duvidar de suas próprias habilidades.

Damian estava observando tudo com atenção, mas sem dizer uma palavra. Ele não precisava. Ele sabia exatamente o que estava acontecendo na cabeça dela. Sabia o quanto Emma se importava em não parecer fraca diante dele. E sabia que, se continuasse pressionando, ela chegaria ao limite. E então, ele poderia finalmente vê-la se transformar na adversária que ele sempre soubera que ela poderia ser.

Ele avançou mais uma vez, seu corpo ágil e preciso, mas, dessa vez, Emma foi mais rápida. Ela deu um passo para o lado e desviou, sentindo a adrenalina percorrendo suas veias. Era agora ou nunca. Ela precisava reagir, não apenas fisicamente, mas mentalmente. Ela precisava ser mais do que aquilo que ele esperava dela.

Com um grito baixo, ela avançou com um soco direto na direção dele. Damian a observou, mas ao invés de se afastar, ele recebeu o golpe, mas de maneira controlada, como se esperasse isso. E Emma percebeu algo. Ele a estava desafiando, não para derrotá-lo, mas para vencer a si mesma.

Ela ficou ali, em silêncio, por um momento, apenas olhando para ele. O treino havia se transformado em algo mais do que um simples combate físico. Era um confronto de vontades. Ela sentiu algo dentro dela mudar. Algo que a fazia acreditar que não precisava de sua aprovação para ser boa. Não precisava se curvar diante dele para ser forte.

Damian percebeu o que estava acontecendo. Ele conhecia aquele olhar. Era o momento em que alguém se dava conta de seu próprio poder. E, por um breve instante, ele sentiu algo que não queria admitir: orgulho.

— Você não é mais a mesma — ele disse, a voz grave, mas com um tom que Emma não soubera identificar. Talvez fosse admiração, ou talvez fosse uma nova forma de respeito. — Agora, você é mais do que eu esperava.

Emma não respondeu de imediato. Ela só sorriu, algo tranquilo, mas que transmitia uma confiança que ela não sabia que possuía.

— Não sou mais a mesma — ela murmurou, mais para si mesma do que para ele. — E você não vai mais me ver como a mesma garota.

Damian a observou por um momento, uma expressão indecifrável em seu rosto. Ele deu um passo para trás, relaxando os músculos, como se finalmente a tivesse testado da forma que queria. Ele não estava mais tentando forçá-la a ser algo que ela não era. Ele sabia que ela poderia ser mais do que aquilo, e agora, parecia que ela também sabia.

— Isso é o que eu queria ver em você — ele disse, antes de virar as costas e caminhar em direção à saída do centro de treinamento.

Emma permaneceu onde estava, sentindo o peso das palavras dele, mas ao mesmo tempo, um alívio. Ela não precisava mais se comparar a ele. Não precisava ser perfeita. Ela só precisava ser a melhor versão de si mesma. E isso, para ela, já era o suficiente.

Ela se sentou no chão, respirando fundo. Estava exausta, mas satisfeita. Agora, sabia que o caminho até o topo não seria fácil, mas ela estava pronta. E, mais importante ainda, sabia que não precisava de ninguém para validar sua jornada. Ela estava fazendo isso por ela mesma.

Ao sair do centro de treinamento naquele dia, algo dentro dela parecia ter mudado para sempre. Ela não estava mais lutando por um lugar ao lado de Damian. Estava lutando por seu próprio espaço, por sua própria identidade. E isso, em última análise, seria o que a faria conquistar o que sempre desejou.

Ela não sabia o que o futuro traria, mas uma coisa era certa: Emma não tinha mais medo de se desafiar.

O silêncio da noite envolvia a floresta ao redor da alcatéia, mas dentro do quarto de Emma, o caos reinava. Ela caminhava de um lado para o outro, sentindo o peso da tensão acumulada em seus músculos. Desde que havia aceitado Damian como seu companheiro, algo dentro dela parecia estar lutando para se libertar.

Selene, sua loba, rosnava dentro de sua mente, impaciente, ansiando por controle. Lilith, sua vampira, observava com um sorriso satisfeito, sempre calma, mas cheia de um poder sombrio.

— Você precisa parar de resistir, Emma — a voz fria de Lilith ecoou em sua mente. — Você é mais do que pensa.

— Ela precisa agir como uma Alfa suprema de verdade! — Selene rosnou. — Não ficar questionando a própria força.

Emma massageou as têmporas, tentando ignorar a disputa interna. Era exaustivo sentir essas duas presenças dentro dela, cada uma exigindo algo diferente deixando ela doida e estressada.

Damian percebeu que algo estava errado. Ele não era o tipo de homem que ficava sentado esperando que as coisas se resolvessem sozinhas. Então, quando encontrou Emma sentada na beira da cama, com os olhos distantes e os punhos cerrados, ele cruzou o quarto em três passos e a puxou contra si.

— O que está acontecendo Amor? — Sua voz saiu rouca e suave e um pouco enraivada pensando que alguém podia ter magoado sua companheira

Emma respirou fundo antes de encará-lo.

— Eu sinto que estou me partindo em dois. Selene e Lilith estão brigando dentro de mim. Eu não sei como equilibrar isso, elas estão me enlouquecendo

Damian estreitou os olhos. Ele sabia que Emma era única, mas não imaginava que a transição entre suas naturezas seria tão brutal.

— Você precisa de ajuda. E eu sei exatamente quem pode te orientar.

A Chegada de Sophia e Mia

Na manhã seguinte, Sophia e Mia chegaram à alcatéia. Ambas eram companheiras de lobos poderosos e tinham conhecimento sobre o equilíbrio entre raças híbridas.

Sophia, com sua postura confiante e sorriso tranquilo, sentou-se à frente de Emma.

— Você precisa parar de lutar contra elas e controla Selene e Lilith elas fazem parte de você. Quanto mais tentar suprimir uma, mais desequilibrada vai ficar.

— Eu não sei como fazer isso — Emma admitiu.

Mia, que era mais observadora, interveio.

— Alexander pode te ajudar. Ele conhece híbridos como você.

Alexander, o Beta e companheiro de Sophia, entrou no cômodo com sua postura calma, mas imponente. Seus olhos brilharam com curiosidade ao se fixarem em Emma.

— Você tem dentro de si o poder de dois mundos. Precisa aprender a canalizá-los. Se deixar o conflito interno te dominar, nunca vai alcançar sua verdadeira força, você nasceu para governar os lobos,vampiro e as outras espécie junto com o supremo, Emma você tem que ser forte

Emma o olhou com hesitação, mas sabia que ele estava certo ela estava sendo medrosa e fraca

— O que eu preciso fazer?

Alexander sorriu.

— Para começar, pare de ter medo de quem você é.

Aquelas palavras ressoaram dentro dela, ela sabia que tinha que aceitar o seu destino e nesmo

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