12

O tempo parecia ter adquirido uma nova forma desde que Damian marcara presença definitiva na vida de Emma. Ela ainda tentava manter sua independência, sua individualidade, mas o vínculo que os conectava se tornava mais intenso a cada dia. Sua loba, Selene, e sua vampira, Lilith, estavam cada vez mais inquietas, reconhecendo Damian como seu companheiro antes mesmo que Emma estivesse pronta para aceitar completamente o destino ao qual fora entregue.

Naquela tarde, Emma estava treinando no campo junto a alguns guerreiros da alcatéia. A liderança de Damian era absoluta, e os lobos o respeitavam, mas alguns ainda testavam as capacidades de Emma, questionando se ela realmente era digna de estar ao lado do Alfa Supremo.

Um deles, Victor, um alfa guerreiro de outra alcatéia, a provocava sem descanso.

— A suprema parece muito frágil para estar ao lado de um líder como Damian — ele zombou, circulando Emma enquanto segurava uma adaga prateada. — Será que ela realmente tem força para comandar ao lado do Supremo?

Emma cerrou os punhos. Sua loba rosnava dentro dela, sentindo a afronta. Ela sabia que não precisava provar nada, mas algo dentro dela exigia que ela não se curvasse.

— Quer descobrir? — Emma sorriu de lado, assumindo uma postura de combate.

Victor atacou primeiro, avançando com uma velocidade impressionante, mas Emma se esquivou com agilidade. Seu treinamento com Damian a tornara mais forte e rápida, e agora, ela podia sentir cada movimento do oponente antes mesmo que ele os realizasse. Em poucos segundos, ela contra-atacou, derrubando-o com um golpe preciso.

O silêncio se espalhou pelo campo de treinamento. Victor não se moveu de imediato, surpreso com a força de Emma. Mas antes que qualquer um pudesse reagir, um rosnado profundo ecoou pelo ar, fazendo o solo vibrar.

Damian estava ali.

Seus olhos brilhavam em um tom dourado ameaçador, e a energia ao seu redor era sufocante. Seu lobo, Fenrir, e seu vampiro, Azrael, estavam à beira do controle, e a fúria que emanava dele era palpável.

Num piscar de olhos, Damian agarrou Victor pelo pescoço e o ergueu no ar com facilidade assustadora.

— NUNCA toque no que é meu! — sua voz era um grunhido carregado de possessividade e ameaça.

Os guerreiros ao redor se afastaram, temendo o que Damian faria. Emma, por outro lado, sentiu um frio percorrer sua espinha. Seu corpo reagia à presença dele de maneira conflitante: medo e desejo se misturavam.

— Damian, solte-o — Emma ordenou, sua voz firme, mas sem hostilidade.

Por um momento, os olhos dele focaram nela. Seu maxilar estava trincado, os punhos cerrados de raiva. Mas ao ver Emma ilesa e ainda mais forte do que antes, ele finalmente soltou Victor, deixando-o cair no chão.

— Nunca mais teste minha paciência — Damian disse friamente antes de se virar para Emma. — E você... — sua voz suavizou um pouco, mas ainda carregava autoridade. — Vamos.

Sem dar espaço para discussão, ele pegou Emma pela mão e a puxou para fora do campo, levando-a até seus aposentos na mansão da alcatéia.

No Quarto de Damian

O ambiente estava carregado quando Damian fechou a porta atrás de si. Ele virou-se para Emma, sua expressão ainda tomada por emoções conflitantes.

— Você poderia ter se machucado — ele murmurou, aproximando-se dela.

Emma ergueu uma sobrancelha.

— Eu estava indo muito bem antes de você aparecer e quase matar Victor.

Damian a encarou, sua respiração ainda pesada. Ele a puxou para perto, segurando sua cintura com força, como se quisesse lembrá-la de quem ela pertencia.

— Ele te tocou — sua voz era um rosnado baixo. — Eu não suporto a ideia de outro macho sequer ousando te desafiar.

O corpo de Emma se aqueceu com a proximidade dele. Damian era perigoso, dominador, e cada fibra do corpo dele gritava possessividade. Ela engoliu em seco.

— Eu sei me cuidar, Damian. Eu não sou frágil.

Ele inclinou o rosto, suas testas quase se tocando.

— Eu sei que não é. Mas isso não significa que eu não queira proteger o que é meu.

Emma sentiu o coração disparar.

Enquanto isso, Luna...

Luna estava no salão da mansão, sentindo uma estranha energia percorrer seu corpo. Desde que chegara à alcatéia, percebia pequenas mudanças, mas agora, tudo parecia mais intenso.

Ela olhou para as palmas das mãos e viu pequenas faíscas de energia pulsarem entre seus dedos.

— O que está acontecendo comigo? — murmurou.

Antes que pudesse entender, Elias apareceu.

— Luna? — ele chamou, percebendo o olhar confuso dela.

Luna piscou rápido, tentando esconder as mãos.

— Nada! Só estou... cansada.

Mas Elias não acreditou nela. Ele deu um passo à frente, estreitando os olhos.

— Seu cheiro está diferente... sua energia também. É como se algo estivesse despertando dentro de você.

Luna sentiu um arrepio. Algo dentro dela estava mudando.

E aquilo era apenas o começo.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***