Capítulo 6: Marcada Pelo Supremo

Emma não sabia dizer quando a dinâmica entre ela e Damian havia mudado. Não que ele tivesse sido diferente antes – sempre intenso, dominante, perigoso – mas, desde que despertou, tudo parecia ainda mais brutal. Mais instintivo. Mais inevitável.

A conexão entre eles pulsava como um laço invisível, algo que a prendia sem que ela tivesse qualquer chance de escapar. Ela sentia Damian em cada célula do seu corpo. E o mais assustador era perceber que, por mais que sua mente tentasse resistir, seu corpo já havia se rendido.

Naquela noite, após o ritual, Emma tentou se afastar. Precisava de espaço. De tempo para entender tudo o que estava acontecendo dentro dela. Mas Damian não era do tipo que dava tempo ou espaço. Ele caçava.

E ela era sua presa.

☆

Emma andava rápido pelo corredor de pedra da fortaleza, tentando ignorar o arrepio que subia por sua espinha. Ela sabia que ele estava vindo. Sentia seu poder como uma tempestade se aproximando, consumindo tudo ao redor.

Ela aumentou os passos, mas antes que pudesse alcançar a porta do seu quarto, foi puxada para trás.

Um rosnado baixo ecoou em seu ouvido.

_Está fugindo de mim, minha rainha?

A voz de Damian era um sussurro perigoso contra sua pele. O corpo dele estava quente e forte atrás dela, impedindo qualquer tentativa de movimento.

_Me solta, seu brutamonte. Emma forçou a voz a soar firme, mesmo sentindo cada nervo do seu corpo gritar em resposta à proximidade dele.

P_or quêEle deslizou uma das mãos até sua cintura, apertando com firmeza. "Porque está assustada com o que sente?"

Ela cerrou os dentes, recusando-se a ceder.

_Porque eu preciso pensar.

Damian riu, um som baixo e carregado de algo sombrio.

_Pensar não vai mudar nada. Você já sabe o que somos.

Emma virou a cabeça para encará-lo.

_E o que somos?Desafiou.

Os olhos dele brilharam.

_Companheiros.

A palavra fez seu coração acelerar. Não. Isso não podia estar acontecendo. Ela precisava de tempo, precisava entender. Mas Damian não dava brechas.

Ele virou-a de frente para ele, seus olhos negros como um abismo de luxúria e posse.

_Você já sente isso, Emma. Cada vez que eu toco em você, seu corpo responde. Não adianta mentir.

Ela mordeu o lábio, sentindo o calor crescer entre os dois.

_Você acha que pode simplesmente dizer isso e eu vou aceitar?

Damian inclinou a cabeça, estudando-a como se ela fosse um desafio que ele estava ansioso para vencer.

_Eu não preciso que você aceite. Seu sangue já aceitou. Sua loba já sabe. Sua vampira já se rendeu.

Emma sentiu um arrepio percorrer sua pele. Ele não estava mentindo. Selene e Lilith estavam inquietas dentro dela. Selene rosnava em rendição. Lilith sussurrava tentação.

E então, sem aviso, Damian se moveu.

Ele a prensou contra a parede fria, o corpo firme e quente colado ao dela. Emma arfou, os olhos se arregalando ao sentir cada músculo rígido contra seu corpo.

Ele aproximou o rosto do dela, os lábios roçando sua pele.

_Você é minha, Emma

Ele sussurrou, os olhos ardendo em desejo e posse.

_E eu não sou do tipo que divide.

Emma abriu a boca para retrucar, mas Damian não esperou. Ele a beijou.

Não foi um beijo suave. Foi um beijo de domínio, de marcação. Ele queria que ela soubesse, que sentisse, que absorvesse até o último pedaço da verdade: ela já pertencia a ele.

Emma tentou resistir por um segundo. Mas foi inútil.

Seu corpo cedeu, seus dedos se agarrando à camisa dele, puxando-o para mais perto. Damian a prensou ainda mais contra a parede, aprofundando o beijo com uma intensidade bruta, possessiva.

Quando ele se afastou, seus olhos estavam mais escuros que a noite.

_Não tente fugir de mim de novo.ele ordenou.

_Você pode fingir que tem escolha, Emma, mas não tem

O peito dela subia e descia rapidamente.

_Você é tão convencido.

Damian sorriu, aquele sorriso torto e perigoso.

_Não sou convencido. Sou seu companheiro. E vou te fazer entender isso, nem que precise te lembrar todos os dias.

Emma sentiu as palavras queimarem sua pele. Porque, no fundo, sabia que ele estava certo.

A questão não era se ela cederia.

Era quando.

E o pior?

Ela não sabia mais se queria lutar contra isso.