Após a celebração na vila, Petrick e Liandra se prepararam para partir novamente. O chamado dos elementos nunca cessava, e sabiam que ainda havia muito a fazer. No entanto, agora sentiam uma tranquilidade interna, uma certeza de que estavam no caminho certo.
Uma manhã, enquanto se preparavam para partir, foram abordados por um jovem mensageiro. Ele trazia uma mensagem urgente do Conselho dos Guardiões, uma entidade antiga que supervisionava o equilíbrio dos elementos em todo o mundo. A mensagem pedia que Petrick e Liandra se reunissem com o Conselho imediatamente.
Sem hesitar, seguiram o mensageiro até uma floresta densa, onde árvores gigantescas se erguiam como pilares de um templo natural. No coração da floresta, encontraram um círculo de pedras antigas, cada uma representando um dos elementos. Ali, esperavam membros do Conselho, figuras sábias e poderosas que haviam dedicado suas vidas a proteger o equilíbrio do mundo.
"Bem-vindos, Petrick e Liandra," disse a líder do Conselho, uma mulher de idade indefinida com olhos que brilhavam como estrelas. "Nós os convocamos porque uma nova ameaça emergiu. Algo antigo e sombrio está despertando, algo que ameaça destruir o equilíbrio que vocês tão arduamente restauraram."
Os dois Guardiões sentiram um calafrio. "Do que se trata?" perguntou Liandra, tentando esconder a ansiedade na voz.
"Acreditamos que seja uma força ancestral, uma entidade de trevas que foi selada há milênios," explicou a líder do Conselho. "Ela está se libertando, e sua influência já pode ser sentida. Precisamos que vocês investiguem e, se possível, detenham essa ameaça."
Petrick e Liandra aceitaram a missão. O Conselho forneceu-lhes um mapa antigo, indicando a localização de um templo perdido nas montanhas ao norte, onde a entidade fora selada. Era uma jornada perigosa, mas estavam prontos para enfrentar o desafio.
A viagem para as montanhas foi árdua. Enfrentaram terrenos difíceis, clima severo e criaturas hostis que pareciam influenciadas pela crescente presença das trevas. No entanto, a determinação e a união de Petrick e Liandra os mantiveram em movimento.
Quando finalmente chegaram ao templo, encontraram um lugar antigo e imponente, coberto de runas e símbolos que contavam a história de uma batalha épica entre luz e escuridão. Sentiram a energia pesada e opressiva emanando das profundezas do templo, como se a própria estrutura estivesse viva com a presença maligna.
"Precisamos ser cautelosos," disse Petrick, segurando a mão de Liandra. "A escuridão aqui é poderosa, mas juntos, podemos enfrentá-la."
Entraram no templo, guiados pelas luzes suaves que conjuraram para iluminar o caminho. A atmosfera estava carregada, e cada passo parecia ecoar através do tempo. Finalmente, chegaram a uma câmara central, onde encontraram um grande sarcófago, envolto em correntes e selos mágicos.
De repente, sentiram uma presença fria e maligna. Uma voz sussurrante e sombria ecoou pela câmara. "Vocês ousam me desafiar, Guardiões? Eu sou Eonar, o Destruidor de Mundos. Minha prisão foi quebrada, e logo dominarei este mundo novamente."
Petrick e Liandra trocaram um olhar determinado. Sabiam que essa era a entidade que haviam sido chamados a deter. Invocaram o poder dos elementos e do espírito, formando um escudo protetor ao redor de si mesmos.
Eonar riu, um som gélido e desumano. "Vocês são tolos. O poder das trevas é absoluto. Suas luzes não podem me deter."
A batalha que se seguiu foi intensa. Eonar invocou sombras e ilusões, tentando quebrar a concentração dos Guardiões. Mas Petrick e Liandra, unidos em propósito e espírito, lutaram com todas as suas forças. Usaram o fogo para queimar as sombras, a água para purificar o mal, a terra para firmar seus passos e o ar para dissipar as ilusões.
Sentiram a presença do espírito guiando-os, dando-lhes força e clareza. Finalmente, conseguiram romper as defesas de Eonar e começaram a selá-lo novamente, usando a magia antiga dos Guardiões.
"Não!" gritou Eonar, sua voz cheia de desespero. "Eu voltarei! A escuridão sempre encontra um caminho!"
Com um esforço final, Petrick e Liandra selaram Eonar dentro do sarcófago, restaurando as correntes e os selos mágicos. A câmara ficou em silêncio, a atmosfera pesada começou a aliviar, e sentiram que o equilíbrio havia sido restaurado.
Exaustos, mas vitoriosos, saíram do templo. Sabiam que a batalha havia sido apenas um começo. Havia outras forças sombrias no mundo, esperando para serem despertadas. Mas também sabiam que, enquanto estivessem juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio.
Ao retornarem ao Conselho dos Guardiões, foram recebidos com reverência e gratidão. A líder do Conselho sorriu para eles, seus olhos brilhando com orgulho. "Vocês provaram ser verdadeiros Guardiões dos Elementos. O mundo está mais seguro graças a vocês."
Petrick e Liandra se despediram do Conselho, sabendo que sua jornada ainda estava longe de terminar. Sentiam que cada desafio os tornava mais fortes e mais unidos. E com essa força, estavam prontos para continuar sua missão de proteger o equilíbrio e a harmonia do mundo.
Enquanto caminhavam juntos, sentiam a presença dos elementos ao seu redor, como companheiros constantes em sua jornada. E, acima de tudo, sentiam a presença do espírito, unindo-os e guiando-os, lembrando-os de que a verdadeira força vinha da unidade e do amor.
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Atualizado até capítulo 29
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