O Cerco de Washington

A lua cheia pairava alta no céu, seu brilho pálido refletido nas águas do Rio Potomac, enquanto a capital dos Estados Unidos se preparava para a batalha mais crucial de sua história. A tensão era palpável no ar, cada soldado sentia o peso da responsabilidade que carregava em seus ombros. A ameaça vampírica, que até então se escondia nas sombras, agora se manifestava em um ataque em larga escala, e a cidade de Washington tornava-se o campo de batalha definitivo.

O silêncio da noite foi rompido pelo som ensurdecedor das trombetas de guerra e pelo estrondo de explosões distantes. As defesas de Washington, compostas por um misto de tropas regulares, milícias e aliados sobrenaturais, tomaram suas posições ao longo das muralhas improvisadas e das barricadas nas ruas. Com os sentidos aguçados, os soldados podiam ver as formas sombrias se movendo rapidamente nas trevas, os olhos brilhando com uma luz vermelha sinistra. Os vampiros, liderados por seus senhores mais poderosos, avançavam em ondas, determinados a transformar a capital em um campo de carnificina.

A primeira linha de defesa foi rapidamente engolida pelo enxame de criaturas. As balas convencionais mostraram-se em grande parte ineficazes contra os corpos sobrenaturalmente resistentes dos vampiros. Somente as balas de prata e as estacas de madeira, cuidadosamente distribuídas entre as tropas, conseguiam deter os atacantes. Gritos de guerra e de dor se misturavam, enquanto soldados humanos e lobisomens caíam, mas não sem antes levar alguns vampiros consigo. As ruas de Washington tornaram-se um campo de batalha caótico, com combates corpo a corpo se desenrolando a cada esquina.

No centro deste furor, Abraham Lincoln, o presidente em exercício e agora comandante em campo, liderava pessoalmente as forças defensoras. Alto e imponente, ele ergueu-se como um farol de esperança e determinação para seus homens e aliados sobrenaturais. Com uma espada longa em uma mão e uma estaca na outra, Lincoln lutava ao lado de seus soldados, enfrentando de igual para igual as feras que ameaçavam sua cidade. Seus discursos, carregados de fervor patriótico e uma inabalável fé na humanidade e em seus aliados, ecoavam pelas fileiras, renovando a coragem daqueles que estavam à beira do desespero.

Ao lado das forças humanas, lobisomens de poderosos clãs uniram-se à luta, suas transformações brutais proporcionando uma força de combate avassaladora contra os vampiros. Fadas, com suas asas brilhantes e magia ancestral, criaram barreiras de luz e lançaram feitiços de destruição contra os atacantes. Bruxas, reunidas em covens, conjuraram tempestades de fogo e raios, enquanto dríades, conectadas às árvores e à terra, erguiam raízes e vinhas para aprisionar e destruir os inimigos. A aliança era improvável, mas a ameaça comum havia unido essas diversas entidades em um único propósito.

A batalha tomou um rumo sombrio quando os vampiros romperam a segunda linha de defesa e avançaram em direção ao Capitólio. Lincoln, ciente da importância simbólica e estratégica de manter o prédio em mãos humanas, ordenou uma retirada controlada para formar uma última linha de defesa ao redor do coração da cidade. Soldados, lobisomens, fadas, bruxas e dríades ergueram barricadas com tudo o que encontraram — móveis, carruagens, até mesmo estátuas foram usadas para criar obstáculos.

Foi nesse cenário que momentos de heroísmo e sacrifício se destacaram. Grupos de soldados voluntários, junto com lobisomens, lançaram-se em ataques suicidas contra os vampiros para ganhar tempo para os civis se retirarem. Uma jovem bruxa, com poderes ainda em desenvolvimento, sacrificou-se ao conjurar uma explosão mágica que destruiu uma ponte estratégica, cortando a rota de reforço dos vampiros, mesmo sabendo que a missão significava sua morte certa. Os ecos das explosões e dos gritos de batalha serviram como lembretes amargos do preço da liberdade.

À medida que a noite avançava, os defensores de Washington encontravam-se encurralados, com os vampiros fechando o cerco de todos os lados. Lincoln, ferido mas indomável, decidiu que a melhor defesa era um ataque fulminante. Reunindo os remanescentes de suas forças e aliados, ele orquestrou uma investida ousada diretamente contra os líderes vampíricos. A luta que se seguiu foi intensa e brutal. Lincoln, com uma determinação feroz, enfrentou o próprio comandante dos vampiros, uma criatura de séculos de idade, cujos olhos brilhavam com malícia e poder.

Ao seu lado, um grande lobisomem, o alfa do clã que se unira aos humanos, lutava com garras e dentes, derrubando vampiros como se fossem meras folhas. Fadas voavam ao redor, lançando dardos de luz que incineravam os inimigos. Bruxas conjuravam feitiços de destruição, enquanto dríades erguiam muros de raízes para proteger os combatentes. O campo de batalha era um espetáculo de magia e bravura.

No instante decisivo, quando a derrota parecia iminente, a luz do amanhecer começou a tingir o horizonte. Os primeiros raios de sol, fracos mas implacáveis, começaram a penetrar a escuridão. Os vampiros, pegos desprevenidos, começaram a se retrair, seus corpos queimando ao contato com a luz. Lincoln aproveitou a oportunidade, golpeando com toda a sua força e empalando o líder vampiro com sua estaca de prata. O grito da criatura ecoou pela cidade enquanto seu corpo se desintegrava em cinzas.

Com a morte de seu comandante e a chegada do amanhecer, os vampiros restantes foram obrigados a recuar, desaparecendo nas sombras de onde vieram. Washington, embora devastada e marcada pela batalha, permanecia de pé. Soldados, lobisomens, fadas, bruxas e dríades começaram a emergir de seus esconderijos, o alívio e a exaustão visíveis em cada rosto. Lincoln, sangrando e cansado, olhou ao redor da cidade que ele jurou proteger. Washington havia sobrevivido ao cerco, mas a luta contra a ameaça vampírica estava longe de terminar.

A batalha em si foi um testemunho do espírito indomável dos defensores de Washington, um capítulo épico de sacrifício e coragem que seria lembrado por gerações. Lincoln, erguendo sua espada manchada de sangue, declarou com voz firme: "Enquanto houver um único homem ou mulher, um lobisomem, uma fada, uma bruxa ou uma dríade dispostos a lutar, esta cidade jamais cairá."

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