...AUTORA NARRANDO...
Mark passa as próximas horas imerso nos documentos espalhados pela mesa. Ele analisa cada detalhe com atenção, ajustando argumentos e organizando estratégias. O tempo passa rápido quando está focado, e, antes que perceba, o relógio marca 1:30 da manhã.
Ele fecha o último arquivo, satisfeito com o progresso.
...MARK LEBLANC NARRANDO...
— É isso. Amanhã será outro dia.
Levanto-me, guardo os papéis e vou para o quarto. Ao deitar, o cansaço finalmente toma conta de mim. No entanto, antes de fechar os olhos, minha mente volta para as palavras da minha mãe.
— Você precisa se permitir.
Solto um suspiro pesado.
— Talvez um dia, mãe. Mas não hoje.
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...AUTORA NARRANDO...
Na manhã seguinte, Mark acorda cedo, como de costume. Sua rotina matinal é quase automática: banho, café, terno. Ele sai de casa e dirige até o escritório, onde mais um dia de trabalho o aguarda.
Enquanto caminha pelo corredor, cumprimenta os colegas, mantendo o profissionalismo de sempre. Mas algo dentro dele ainda carrega a dúvida.
Ao entrar em sua sala, ele percebe um envelope sobre a mesa. É uma carta de agradecimento de um cliente cujo caso ele havia encerrado recentemente.
Mark lê as palavras com atenção, sentindo um raro momento de satisfação pessoal.
— É por isso que faço o que faço. Porque, no final, o trabalho sempre vale a pena.
Dobro a carta e a coloco na gaveta. Por agora, meu foco está claro: trabalho. Talvez seja o suficiente. Talvez não.
Mas isso é algo para o futuro.
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...RHIVIA SALLES NARRANDO...
Meu despertador toca, e a vontade de jogá-lo pela janela me consome. Odeio acordar cedo. Permaneço deitada por alguns minutos, tentando convencer minha alma a voltar para o corpo.
— Mais cinco minutos... Só cinco.
Infelizmente, a realidade me chama. Com um suspiro pesado, levanto e vou para o banheiro, ainda lutando contra o sono.
Enquanto escovo os dentes, encaro meu reflexo no espelho.
— Bom dia, Rhivia. Vamos fingir que você está animada para hoje.
Solto uma risada seca, ciente de que ninguém acredita nisso, nem mesmo eu.
Depois de terminar minha higiene matinal, sigo para o closet. Escolher a roupa certa é quase um ritual. Passo os olhos pelas opções e puxo meu blazer preto favorito, uma blusa branca clássica e uma saia lápis que combina perfeitamente.
Me visto, ajusto os detalhes no espelho e calço meus scarpins pretos. Dou um último olhar de aprovação no espelho.
— Pronto. Elegância impecável, como sempre. Pelo menos por fora.
Pego minha bolsa e saio, pronta para enfrentar o dia, mesmo que minha mente ainda deseje estar debaixo das cobertas.
Saio do quarto e vou direto para a cozinha. Enquanto a cafeteira faz seu trabalho, apoio os cotovelos na bancada e encaro o celular. Há algumas mensagens não lidas, mas nenhuma delas parece urgente.
— Café primeiro, problemas depois.
O aroma do café fresco invade o ambiente, e por um breve momento, sinto que a manhã pode não ser tão ruim assim. Sirvo uma xícara, adiciono um pouco de leite e dou o primeiro gole.
— Ah, agora sim. Vida restaurada.
Pego minha bolsa e, com o café ainda na mão, sigo para a porta. Antes de sair, me olho no espelho do hall de entrada.
— Você consegue, Rhivia. Só mais um dia.
Entro no elevador e quando saio cumprimento, o porteiro.
RHIVIA: — Bom dia!
SEU JONAS: — Bom dia, senhorita Rhivia!
As portas se abrem, e sigo para o estacionamento. Meu carro está lá, impecável como no dia em que o recebi. Um presente de formatura dos meus pais, como um símbolo de tudo o que conquistei.
Dirigir por Nova York é sempre um teste de paciência. O trânsito não perdoa ninguém.
RHIVIA (PENSANDO): — Nova York e seu caos. Pelo menos aqui dentro, no carro, sou dona do meu tempo... ou quase.
Chego à empresa, estaciono e sigo para a entrada. Silvia, a recepcionista, está no balcão. Seu olhar me acompanha, cheio de desdém disfarçado por um sorriso educado.
SILVIA: — Bom dia, Rhivia.
RHIVIA: — Bom dia, Silvia.
Seu tom de voz é meloso, mas não me engana.
RHIVIA (PENSANDO): — Silvia... a rainha da hipocrisia. Ela é como uma oferenda de desgraça com salto alto.
Passo por ela sem dar espaço para mais interação e sigo para o elevador. Dentro do cubículo metálico, minha mente começa a vagar.
RHIVIA (PENSANDO): — Sempre que olho para ela, não consigo evitar lembrar da traição.
Solto um suspiro pesado e encaro meu reflexo no espelho do elevador.
RHIVIA (PENSANDO): — Quando tudo aconteceu, pensei que nunca superaria. Aquela dor parecia insuportável, como se o chão tivesse desaparecido debaixo dos meus pés.
As portas do elevador se abrem, mas eu ainda estou presa nos pensamentos.
RHIVIA (PENSANDO): — Mas depois percebi... nenhuma mulher merece sofrer por um homem. Ninguém merece carregar o peso de uma traição que não é sua.
Endireito os ombros, ajusto meu blazer e caminho pelo corredor.
RHIVIA (PENSANDO): — Não vou abaixar a cabeça. Hoje é um novo dia, e eu sou mais forte do que qualquer coisa que tentaram usar para me destruir.
Enquanto preparo o café na pequena cozinha do escritório, observo meus colegas entrando. Alguns apressados, outros com aquele ar de quem já perdeu a paciência antes mesmo de começar o dia.
RHIVIA (PENSANDO): — Todos nós aqui somos peças em um grande tabuleiro. Cada um finge que sabe o que está fazendo, mas no fundo estamos todos tentando sobreviver.
Com a bandeja pronta, sigo para a sala do meu chefe, Luís Johnson. As portas do elevador se abrem, e ele surge com sua postura impecável, terno alinhado e a expressão séria de sempre.
Entro na sala dele após uma leve batida na porta.
RHIVIA: — Bom dia, senhor Johnson. Aqui está seu café.
LUÍS JOHNSON: — Bom dia, senhorita Salles.
Ele pega a xícara enquanto eu coloco a agenda do dia sobre a mesa, ajustando-a com precisão.
RHIVIA: — O senhor tem uma reunião com os acionistas às 9:30 e um almoço com o senhor Oliveira às 12:30 para discutir o contrato proposto. Deseja que eu prepare algo adicional para os encontros ou antecipe algum documento?
Ele dá um gole no café, sempre metódico, e balança a cabeça.
LUÍS JOHNSON: — Não, senhorita Salles. Está tudo em ordem. Pode se retirar.
RHIVIA: — Claro, senhor. Se precisar de algo, estarei à disposição.
Saio da sala, sentindo uma leve onda de alívio.
RHIVIA (PENSANDO): — Trabalhar para Luís Johnson é como caminhar em uma corda bamba. Ele não é rude, mas também nunca deixa espaço para erros.
Volto para minha mesa, ajusto minha postura e respiro fundo.
RHIVIA (PENSANDO): — Mais um dia, mais uma rodada. Que venha o próximo desafio.
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Ana paula Nunes
😍🥰😘😍🥰😘💋💋👏👏👏👏👏👏
2024-10-27
0
Rose Gandarillas
Autora Farfalla01 já perdoei !🙂😅
2024-07-29
2
Valda Martins
Continua
2024-07-20
2