...AUTORA NARRANDO...
Ao chegar à casa dos pais, Mark é recebido com abraços calorosos e o cheiro familiar de um jantar delicioso.
VERONICA LEBLANC — Meu campeão chegou! Como foi a audiência?
MARK LEBLANC — Vitória, mãe.
MATTHEW LEBLANC — Sabia que você conseguiria. Estou orgulhoso de você, filho.
VERONICA LEBLANC — Eu também estou. E agora que terminou o trabalho, pode relaxar e aproveitar o jantar.
Mark sorri, sentindo-se acolhido pela família. Mas, enquanto conversa e ri com eles, as palavras de sua mãe ecoam em sua mente.
VERONICA LEBLANC — Você precisa se permitir, Mark. Nem toda mulher será igual.
Ele olha para a mãe e decide, ainda que relutante, que talvez seja hora de enfrentar seus medos. Afinal, sua mãe sempre acreditou nele, e talvez ela estivesse certa mais uma vez.
Durante o jantar, Mark tenta se concentrar na conversa animada da família. Veronica fala sobre seus planos para uma viagem, e Matthew comenta sobre as mudanças na empresa. Porém, Mark apenas sorri e acena, distraído pelos próprios pensamentos.
Depois do jantar, enquanto todos se acomodam na sala, sua mãe se aproxima com um sorriso acolhedor.
VERONICA LEBLANC — Querido, está tudo bem? Você parece distante.
MARK LEBLANC — Estou bem, mãe. Só pensando em algumas coisas.
VERONICA LEBLANC — É sobre o que conversamos mais cedo, não é?
Mark suspira, sabendo que não adiantaria esconder.
MARK LEBLANC — Sim, mãe. Não é fácil. Tenho... lembranças que às vezes são difíceis de ignorar.
VERONICA LEBLANC — Eu entendo, meu amor. Mas você não pode deixar o passado te controlar. Aprenda com ele, mas não viva preso a ele.
MARK LEBLANC — É mais fácil falar do que fazer.
VERONICA LEBLANC — É verdade. Mas você é forte, Mark. E sabe que merece ser feliz.
Ela segura sua mão, dando um leve aperto.
VERONICA LEBLANC — Não precisa ser agora. Apenas não feche as portas.
Mark olha para ela, vendo a sinceridade em seus olhos.
MARK LEBLANC — Obrigado, mãe. Vou tentar.
Mais tarde, quando Mark retorna ao seu apartamento, o silêncio do lugar parece mais pesado do que o normal. Ele larga a pasta no sofá e vai até a cozinha para pegar um copo de água.
Encostado na bancada, ele olha para a cidade através da janela. As luzes de Nova York piscam ao longe, mas a sensação de vazio ainda o acompanha.
MARK LEBLANC (PENSANDO): — Um passo de cada vez.
Ele vai para o quarto, troca de roupa e se prepara para dormir. Enquanto se deita, as palavras de sua mãe ecoam mais uma vez em sua mente.
VERONICA LEBLANC (VOZ INTERNA): — Nem toda mulher será igual.
Mark fecha os olhos, tentando encontrar alguma paz em meio aos pensamentos conflitantes.
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...MARK LEBLANC NARRANDO...
Acordo com os primeiros raios de sol entrando pela janela. Fico sentado na cama por um momento, encarando o vazio. As palavras da minha mãe ainda ecoam na minha mente.
VERONICA LEBLANC — Você precisa se permitir, Mark. Nem toda mulher será igual.
Suspiro, tentando afastar aquele pensamento. Não é tão simples quanto ela imagina. Toda vez que me permiti, acabei com mais cicatrizes do que esperava.
Levanto, sigo para o banheiro e encaro meu reflexo no espelho. Mais um dia. Mais um caso. É melhor assim, focar no que eu consigo controlar.
— Relacionamentos? Não agora. Só trabalho.
Faço minha higiene matinal, visto meu terno e sigo para a cozinha. O silêncio do apartamento é quase reconfortante, mas também me lembra o quanto essa solidão é minha escolha.
Enquanto tomo meu café, pego o celular e releio a mensagem que enviei para minha mãe ontem à noite.
— Estou pensando em levar a conversa a sério.
Balanço a cabeça, arrependido de ter dado a ela falsas esperanças. Apago a tela e termino o café.
— Certo, Mark. Hora de trabalhar.
Dirijo até o escritório, ajusto minha gravata antes de sair do carro e entro no prédio. Carolina, a recepcionista, me cumprimenta com um sorriso caloroso.
CAROLINA — Bom dia, Sr. LeBlanc. Parece que o dia será corrido.
MARK LEBLANC — Bom dia, Carolina. Perfeito. Quanto mais trabalho, melhor.
No elevador, respiro fundo. Trabalho é o que me mantém equilibrado. Entro na minha sala e encontro Alex já lá, como sempre, pronto para o dia.
ALEX SÁNCHEZ — Bom dia, Mark. Aqui estão os documentos para as reuniões de hoje. Já revisei tudo e organizei por prioridade.
MARK LEBLANC — Bom trabalho, Alex. Como sempre.
Ele me pergunta se há algo mais que precisa ser ajustado. Penso por um momento, mas nego.
MARK LEBLANC — Não, tudo está em ordem. Meu foco hoje é garantir que esses casos sejam resolvidos.
— E é verdade. O trabalho é tudo o que importa agora.
Passo o dia mergulhado em documentos, reuniões e estratégias. Cada detalhe de cada caso é analisado com precisão. Não há espaço para distrações.
Quando o dia termina, volto para o meu apartamento. O silêncio me recebe novamente, mas dessa vez não parece tão pesado. Sento no sofá e envio uma mensagem para minha mãe:
MARK LEBLANC — Decidi focar no trabalho por enquanto, mãe. Não quero me precipitar. Obrigado por sempre me apoiar.
A resposta dela chega rápido:
VERONICA LEBLANC — Eu entendo, meu amor. Só quero que você seja feliz. No seu tempo.
Suspiro, colocando o celular de lado. Ela tem razão: no meu tempo. Por enquanto, a única coisa que não me decepciona é o trabalho.
— E é nele que vou continuar focado.
Depois de enviar a mensagem para minha mãe, fico olhando para o teto por alguns minutos. O apartamento está quieto, apenas o barulho distante da cidade preenche o vazio.
— É engraçado como o silêncio pode ser tão reconfortante e tão perturbador ao mesmo tempo.
Levanto do sofá e vou até a cozinha. Abro a geladeira, não com fome, mas apenas para ter algo para fazer. Pego uma garrafa de água e fico ali encostado na bancada, olhando pela janela. As luzes de Nova York são sempre fascinantes, mas hoje não me trazem nenhuma paz.
— Trabalho. Sempre foi minha prioridade, e sempre será.
Mesmo assim, há uma inquietação que não consigo ignorar. Minha mãe sempre teve essa habilidade de plantar uma semente de dúvida no meu pensamento. E agora, mesmo que eu tenha decidido focar no trabalho, não consigo evitar essa sensação de que talvez algo esteja faltando.
— Não. Isso não leva a nada.
Balanço a cabeça, tentando afastar o pensamento. Decido revisar os arquivos para o caso de amanhã. Trabalho é a melhor distração.
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Ana paula Nunes
💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💯💗💗💗💗💗💗💗
2024-10-27
0
Maria Isabel Souza
Que garçonete abusada, não era ela que ia comer, incoveniente
2024-08-02
0
Rose Gandarillas
Então prometo que nao irei lhe corrigir mais, entretanto, troque os mins por ME
2024-07-29
3