°•Capítulo 2•°

...AUTORA NARRANDO...

Ao chegar à casa dos pais, Mark é recebido com abraços calorosos e o cheiro familiar de um jantar delicioso.

VERONICA LEBLANC — Meu campeão chegou! Como foi a audiência?

MARK LEBLANC — Vitória, mãe.

MATTHEW LEBLANC — Sabia que você conseguiria. Estou orgulhoso de você, filho.

VERONICA LEBLANC — Eu também estou. E agora que terminou o trabalho, pode relaxar e aproveitar o jantar.

Mark sorri, sentindo-se acolhido pela família. Mas, enquanto conversa e ri com eles, as palavras de sua mãe ecoam em sua mente.

VERONICA LEBLANC — Você precisa se permitir, Mark. Nem toda mulher será igual.

Ele olha para a mãe e decide, ainda que relutante, que talvez seja hora de enfrentar seus medos. Afinal, sua mãe sempre acreditou nele, e talvez ela estivesse certa mais uma vez.

Durante o jantar, Mark tenta se concentrar na conversa animada da família. Veronica fala sobre seus planos para uma viagem, e Matthew comenta sobre as mudanças na empresa. Porém, Mark apenas sorri e acena, distraído pelos próprios pensamentos.

Depois do jantar, enquanto todos se acomodam na sala, sua mãe se aproxima com um sorriso acolhedor.

VERONICA LEBLANC — Querido, está tudo bem? Você parece distante.

MARK LEBLANC — Estou bem, mãe. Só pensando em algumas coisas.

VERONICA LEBLANC — É sobre o que conversamos mais cedo, não é?

Mark suspira, sabendo que não adiantaria esconder.

MARK LEBLANC — Sim, mãe. Não é fácil. Tenho... lembranças que às vezes são difíceis de ignorar.

VERONICA LEBLANC — Eu entendo, meu amor. Mas você não pode deixar o passado te controlar. Aprenda com ele, mas não viva preso a ele.

MARK LEBLANC — É mais fácil falar do que fazer.

VERONICA LEBLANC — É verdade. Mas você é forte, Mark. E sabe que merece ser feliz.

Ela segura sua mão, dando um leve aperto.

VERONICA LEBLANC — Não precisa ser agora. Apenas não feche as portas.

Mark olha para ela, vendo a sinceridade em seus olhos.

MARK LEBLANC — Obrigado, mãe. Vou tentar.

Mais tarde, quando Mark retorna ao seu apartamento, o silêncio do lugar parece mais pesado do que o normal. Ele larga a pasta no sofá e vai até a cozinha para pegar um copo de água.

Encostado na bancada, ele olha para a cidade através da janela. As luzes de Nova York piscam ao longe, mas a sensação de vazio ainda o acompanha.

MARK LEBLANC (PENSANDO): — Um passo de cada vez.

Ele vai para o quarto, troca de roupa e se prepara para dormir. Enquanto se deita, as palavras de sua mãe ecoam mais uma vez em sua mente.

VERONICA LEBLANC (VOZ INTERNA): — Nem toda mulher será igual.

Mark fecha os olhos, tentando encontrar alguma paz em meio aos pensamentos conflitantes.

______________________________________

...MARK LEBLANC NARRANDO...

Acordo com os primeiros raios de sol entrando pela janela. Fico sentado na cama por um momento, encarando o vazio. As palavras da minha mãe ainda ecoam na minha mente.

VERONICA LEBLANC — Você precisa se permitir, Mark. Nem toda mulher será igual.

Suspiro, tentando afastar aquele pensamento. Não é tão simples quanto ela imagina. Toda vez que me permiti, acabei com mais cicatrizes do que esperava.

Levanto, sigo para o banheiro e encaro meu reflexo no espelho. Mais um dia. Mais um caso. É melhor assim, focar no que eu consigo controlar.

— Relacionamentos? Não agora. Só trabalho.

Faço minha higiene matinal, visto meu terno e sigo para a cozinha. O silêncio do apartamento é quase reconfortante, mas também me lembra o quanto essa solidão é minha escolha.

Enquanto tomo meu café, pego o celular e releio a mensagem que enviei para minha mãe ontem à noite.

— Estou pensando em levar a conversa a sério.

Balanço a cabeça, arrependido de ter dado a ela falsas esperanças. Apago a tela e termino o café.

— Certo, Mark. Hora de trabalhar.

Dirijo até o escritório, ajusto minha gravata antes de sair do carro e entro no prédio. Carolina, a recepcionista, me cumprimenta com um sorriso caloroso.

CAROLINA — Bom dia, Sr. LeBlanc. Parece que o dia será corrido.

MARK LEBLANC — Bom dia, Carolina. Perfeito. Quanto mais trabalho, melhor.

No elevador, respiro fundo. Trabalho é o que me mantém equilibrado. Entro na minha sala e encontro Alex já lá, como sempre, pronto para o dia.

ALEX SÁNCHEZ — Bom dia, Mark. Aqui estão os documentos para as reuniões de hoje. Já revisei tudo e organizei por prioridade.

MARK LEBLANC — Bom trabalho, Alex. Como sempre.

Ele me pergunta se há algo mais que precisa ser ajustado. Penso por um momento, mas nego.

MARK LEBLANC — Não, tudo está em ordem. Meu foco hoje é garantir que esses casos sejam resolvidos.

— E é verdade. O trabalho é tudo o que importa agora.

Passo o dia mergulhado em documentos, reuniões e estratégias. Cada detalhe de cada caso é analisado com precisão. Não há espaço para distrações.

Quando o dia termina, volto para o meu apartamento. O silêncio me recebe novamente, mas dessa vez não parece tão pesado. Sento no sofá e envio uma mensagem para minha mãe:

MARK LEBLANC — Decidi focar no trabalho por enquanto, mãe. Não quero me precipitar. Obrigado por sempre me apoiar.

A resposta dela chega rápido:

VERONICA LEBLANC — Eu entendo, meu amor. Só quero que você seja feliz. No seu tempo.

Suspiro, colocando o celular de lado. Ela tem razão: no meu tempo. Por enquanto, a única coisa que não me decepciona é o trabalho.

— E é nele que vou continuar focado.

Depois de enviar a mensagem para minha mãe, fico olhando para o teto por alguns minutos. O apartamento está quieto, apenas o barulho distante da cidade preenche o vazio.

— É engraçado como o silêncio pode ser tão reconfortante e tão perturbador ao mesmo tempo.

Levanto do sofá e vou até a cozinha. Abro a geladeira, não com fome, mas apenas para ter algo para fazer. Pego uma garrafa de água e fico ali encostado na bancada, olhando pela janela. As luzes de Nova York são sempre fascinantes, mas hoje não me trazem nenhuma paz.

— Trabalho. Sempre foi minha prioridade, e sempre será.

Mesmo assim, há uma inquietação que não consigo ignorar. Minha mãe sempre teve essa habilidade de plantar uma semente de dúvida no meu pensamento. E agora, mesmo que eu tenha decidido focar no trabalho, não consigo evitar essa sensação de que talvez algo esteja faltando.

— Não. Isso não leva a nada.

Balanço a cabeça, tentando afastar o pensamento. Decido revisar os arquivos para o caso de amanhã. Trabalho é a melhor distração.

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