Capítulo 5

No dia seguinte, quando Alana acordou, levantou as mãos e uma nevasca muito forte desordenou todo o quarto. Ela verificou se havia alguma janela aberta, mas estava tudo fechado. Foi então que percebeu que também possuía magia de ar. Levantou-se da cama e fez uma dança feliz por todo o quarto.

Entrou para tomar banho, enquanto pensava que se já possuía três tipos de magia, não seria impossível ter todas as magias existentes.

Saiu do seu quarto direto para o campo de treinamento, já que Mary havia levado seu café da manhã no quarto. Mas, ao entrar, viu toda a desordem que havia e resolveu limpar e organizar tudo.

Quando Alana chegou ao campo de treinamento, Lorde Alberto já a esperava. Fizeram os exercícios correspondentes e, depois disso, ele a colocou para lutar com um soldado. Obviamente ela não iria ganhar, pois ele tinha o dobro do seu tamanho, mas ele queria ver o quão forte e resistente ela era.

Quando se posicionaram, a primeira a atacar foi Alana. Se atacasse primeiro, poderia ter alguma vantagem. O soldado, que estava bem confiante, ao ver que a menina sabia se defender e contra-atacar, ficou mais sério. Apesar de ser uma menina de oito anos, era ágil, forte e resistente.

Embora não tenha conseguido vencê-lo, ela lhe deu uma boa luta e o deixou muito cansado. O mestre, vendo isso, esboçou um sorriso e a parabenizou. Se ela continuasse assim, seria verdade que o superaria em menos de um piscar de olhos.

Quando Alana terminou o treinamento e se preparava para entrar na mansão, foi parada por sua mãe, a "grande Arqueduquesa Rebeca Morozov".

Rebeca: Não tente impressionar ninguém, você não é nada mais do que uma ninguém nesta mansão - disse ela, agarrando-a com força pelo braço.

Alana: Não sei do que a senhora está falando, mãe, eu só faço o que me pedem - disse ela com a cabeça baixa e em tom de tristeza.

Rebeca: Não me chame de mãe, eu não sou sua mãe, você é apenas um erro - disse ela, ainda segurando o braço dela com força.

Alana, vendo que com aquela atuação não iria conseguir nada, disse:

Alana: Então, se eu não sou sua filha, a senhora não deveria se importar com o que eu faço ou deixo de fazer - disse ela, olhando-a nos olhos, com um olhar ameaçador, o que fez a mulher se arrepiar. Aquele não era o olhar de uma menina de oito anos.

Rebeca: Como ousa falar assim comigo, menina insolente? Vou te ensinar a respeitar os seus superiores - com isso, chamou uma de suas criadas e ordenou que a levasse para a floresta, onde ninguém as visse, pois não lhe convinha que dissessem que ela maltratava um de seus filhos.

Rebeca: Dê-lhe 50 chicotadas para que aprenda a respeitar sua mãe - que ironia, não é? Agora ela era sua mãe.

A criada, que atendia a todos os desejos de sua senhora, a levou para a floresta e, quando estava prestes a lhe dar o primeiro golpe, Alana se virou e cravou uma adaga que carregava sempre consigo. A criada, sentindo a imensa dor em seu abdômen, caiu no chão e, aos poucos, foi morrendo. Alana observava com indiferença enquanto a vida lhe escapava.

Quando voltou à mansão, entrou escondida no quarto dos pais e levou algumas joias, escondendo-as muito bem onde ninguém as encontraria. Pensava em fazê-los acreditar que a fiel criada de sua mãe as havia roubado e fugido.

No dia seguinte, quando a Arqueduquesa abriu seu porta-joias, percebeu imediatamente que faltavam várias de suas joias e deu o alerta para que procurassem o ladrão.

Depois, foram informá-la de que uma de suas criadas havia desaparecido e que provavelmente era ela quem havia roubado as joias e fugido.

A Arqueduquesa ordenou que a procurassem e a prendessem, mas depois de uma semana não conseguiram encontrá-la, então encerraram o caso.

A razão pela qual não a encontraram foi porque Alana enterrou seu corpo e depois, com sua magia de terra, fez crescerem flores para que ninguém o encontrasse.

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