Parte: lll _______ POV: Marina

Interesse em comum parte 1

Eu nunca imaginei que meu primeiro dia na aula de música se transformaria em um pesadelo. Lá estava eu, sentada no fundo da sala, tentando me tornar invisível. Mas a professora, com seu olhar penetrante, me encontrou.

Professora: “Você! Toque algo para nós,” ela ordenou. Minhas mãos tremiam, e as notas saíram todas erradas. A sala inteira explodiu em risadas, e eu senti cada olhar de desdém como uma lâmina afiada.

Eles eram todos de famílias abastadas, vestidos com roupas de grife e falando sobre férias na Europa. Eu, com meu violão usado e roupas simples, era a intrusa, a bolsista, a representante da classe mais pobre. Eu queria que o chão se abrisse e me engolisse. Queria fugir daqueles olhares que me julgavam não só pela minha música, mas pela minha existência.

Mas então, houve uma exceção. Entre a multidão de rostos indiferentes, havia um par de olhos que não me olhava com desdém. Eram os olhos de Otávia Lins, a garota que todos na escola conheciam. A famosa Otávia Lins, a menina prodígio que compunha músicas que encantavam a todos. Eu me lembrava dos rumores sobre ela, mesmo quando eu ainda era uma criança na periferia, sonhando com melodias e harmonias.

Desde que me lembro, sempre tive sentimentos confusos em relação tanto a homens quanto a mulheres. Sinto atração por ambos. Porém, o medo de ser julgada por sentir atração por mulheres sempre esteve presente. Tenho duas mães maravilhosas, e o medo de que pensem que elas me influenciaram é constante. Elas me adotaram quando eu já tinha esses sentimentos, mas sei que não tiveram qualquer influência sobre eles. No entanto, o receio do julgamento alheio me leva a esconder essa parte de mim mesma, como se estivesse sufocando-as. Embora ame e seja parte da família que construíram, temo que as pessoas as culpem pela minha orientação. Essa batalha interna me faz questionar minha identidade e me sentir perdida.

Para mim, não se trata de achar errado que duas mulheres vivam juntas. Na verdade, acho isso lindo e convivo com isso de maneira tranquila. Meu medo não é que as pessoas me julguem, mas sim que culpem minhas mães por serem quem são e por me influenciarem. No entanto, elas nunca impuseram suas crenças ou regras para mim. Pelo contrário, me ensinaram valores como educação e respeito, mantendo-se firmes na tradição familiar."

Após a aula, eu corri para o bebedouro, tentando esconder as lágrimas e a humilhação. Mas, ao beber água, acabei me molhando toda, o que só piorou minha situação. Fugi para uma sala vazia, onde encontrei refúgio. Lá, peguei meu violão e comecei a tocar, fechando os olhos e me deixando levar pela música, uma melodia medieval que sempre me acalmava.

Foi quando ele apareceu. O rapaz mais bonito que eu já tinha visto, com um olhar curioso e um sorriso gentil.

Wagner: “Isso é música medieval?” ele perguntou, e eu apenas assenti, incapaz de encontrar minha voz.

Wagner: “É raro ver alguém da sua idade apreciando esse tipo de música,” ele continuou, e eu senti minhas bochechas queimarem.

Wagner: Nossa, eu gosto muito de música medieval, Onde aprendeu a tocar música medieval?

Eu: Olha, na verdade...foi quando fui o ano passado com minhas mães....Elas me levaram ao museu de música, e lá tinha esse instrumento igual o vilão, e eu fiquei fascinada. Como não podia tocar esse instrumento medieval, treinei em casa com vilão. Vi um vídeo no na internet, e comecei a tentar replicar.

Wagner: Nossa, show de bola, eu gostei muito disso. Eu adoro música medieval, acho incrível.

Eu: Que legal! Parece que temos uma paixão em comum então.

Enquanto conversava com Wagner, aquela garota por quem eu tinha interesse entrou na sala. Seu olhar em minha direção foi gélido, diferente do que eu estava acostumada. Ela me ignorou e dirigiu-se a Wagner:

Otávia: "Wagner, você não vem? Nós temos ensaio, esqueceu?" Ele olhou para ela, depois para mim, e respondeu:

Wagner: "Estou indo."

Então, olhou para mim novamente e perguntou:

Wagner: "Qual é o seu nome?" "Marina", respondi. Ele sorriu e disse:

Wagner: "Prazer em conhecer, Marina." Retribuí o cumprimento enquanto os observava sair juntos para o ensaio.

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Comments

CASSIA RIBEIRO

CASSIA RIBEIRO

Já estou apaixonada pela Marina

2024-05-26

3

Joiceane Silva

Joiceane Silva

Já por aqui apaixonada por mais uma história de amor.

2024-05-15

1

Allan Ricardo Araujo

Allan Ricardo Araujo

caraca véi que isso, não Marina tu não pode ter sentimento por outra pessoa se não for a otavia e ela não gostou de outra pessoa está perto de vc

2024-05-14

5

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