...Capítulo 18...
Rey acabava de chegar no aeroporto do Norte. Após concluir os procedimentos de embarque, chegou o momento de passar pela segurança. Só que, quando passou pelo detector de metais, o aparelho disparou, sinalizando que ele carregava algo.
"Senhor, peço desculpas. Pode retirar o relógio, por favor?", pediu o agente de segurança educadamente.
Rey atendeu ao pedido do agente, retirando imediatamente o relógio que usava. Em seguida, passou novamente pelo detector. No entanto, o aparelho continuou a apitar, fazendo o agente franzir a testa.
"Senhor, poderia remover o cinto, por favor?"
Rey obedeceu, removendo rapidamente o cinto com a fivela de cabeça de dragão e entregando-o ao agente.
"Pode passar novamente, senhor!"
Rey atravessou o detector mais uma vez. Mas, para sua surpresa, o aparelho emitiu o alerta sonoro novamente.
"Droga, qual o problema?", pensou o agente. Enquanto isso, outros passageiros começavam a reclamar do atraso causado por Rey.
"Senhor, posso garantir que não há mais nada em seu corpo. Mas não consigo entender porque o detector continua apitando. Que tal o senhor me acompanhar até a sala de raio-x? Acredito que este seja um assunto sério. Agradeço a sua colaboração!"
"Vamos lá!", respondeu Rey, concordando. Ele não queria dificultar o trabalho do agente, pois reconhecia que ele estava apenas cumprindo com seu dever.
Ao chegarem à sala de raio-x, o agente relatou o ocorrido aos seus superiores. Como aquele era um caso inédito, ele decidiu contatar o chefe de polícia para auxiliá-lo na revista. Em poucos minutos, alguns policiais chegaram ao aeroporto e foram recebidos pelo agente.
Juntos, entraram na sala e iniciaram a revista em Rey. Desde o início, Rey demonstrou cooperação com os agentes de segurança e policiais, sem qualquer resistência. Para ele, aquilo era desnecessário. Afinal, ele tinha certeza de que todos se ajoelhariam diante dele se soubessem a sua verdadeira identidade.
Os policiais observavam atentamente a tela enquanto o corpo de Rey era escaneado. A surpresa foi geral quando perceberam que havia várias balas alojadas em diferentes partes do corpo dele. Inclusive, uma delas estava alojada em sua cabeça, perigosamente próxima ao cérebro. Se estivesse apenas alguns milímetros mais funda, poderia ter lhe causado danos irreversíveis.
O chefe de polícia ficou visivelmente nervoso. Dividido entre a surpresa e a cautela, ele se aproximou de Rey e começou a fazer perguntas.
Rey sorriu para o policial e fez um gesto sutil, indicando que apenas os dois deveriam permanecer na sala.
Após o chefe de polícia ordenar que todos se retirassem, Rey removeu o anel de dragão que usava em seu dedo e o entregou ao policial. Imediatamente, o homem começou a tremer.
"Co... Comandante...", ele gaguejou, caindo de joelhos.
"Levante-se!", ordenou Rey com um gesto de mão.
O policial se levantou, mas seu corpo permanecia curvado em sinal de respeito.
"Mantenha a boca fechada. Entendeu?", disse Rey com um tom sério.
"Sim, Vossa Excelência", respondeu o policial, sentindo o suor escorrer pela sua testa.
"O que você viu e o que você sabe?", perguntou Rey, com um olhar penetrante, porém controlado. O policial sentiu como se sua vida estivesse por um fio.
"Eu não vi nada. Eu não sei de nada, senhor!", respondeu o policial, sem saber se aquele era seu dia de sorte ou de azar. Tinha a sorte de estar frente a frente com o lendário Comandante que protegia o império, considerado por muitos como um deus. No imaginário popular, o Comandante era visto como uma figura divina, sentado em seu trono, observando o povo com imponência. Ninguém imaginava que ele fosse tão jovem, parecendo um mero estudante. Por outro lado, o policial se perguntava que tipo de azar o havia colocado frente a frente com o "açougueiro do Norte" naquela situação. Felizmente, ele não havia sido rude com Rey. Caso contrário, não queria imaginar qual seria o seu destino.
"Ótimo!", disse Rey, dando um tapinha no ombro do policial. Em seguida, ele colocou o relógio e o cinto de volta.
O policial tremeu novamente ao ver a fivela de dragão no cinto. Ele se perguntava que tipo de batalha Rey havia enfrentado para ter tantas balas alojadas em seu corpo, sem contar as inúmeras cicatrizes que cobriam sua pele. Só de imaginar a cena, ele sentia um arrepio na espinha. Estava aliviado por não estar no lugar de Rey.
"Comandante, quais são as suas ordens? Diga-me o que devo fazer!", disse o policial.
"Não é preciso. Apenas garanta que meu embarque ocorra sem problemas. Você sabe o que acontecerá se eu me atrasar? O Imperador poderá mandar matar até a sua nona geração!", ameaçou Rey, em tom de brincadeira. No entanto, ele conteve o riso ao perceber a expressão de terror no rosto do policial.
"Sim, senhor! Imediatamente!", respondeu o chefe de polícia, visivelmente nervoso. Ele saiu da sala e ordenou que seus subordinados escoltassem Rey até o avião. Ele próprio abriu caminho, empurrando qualquer um que ousasse se aproximar. Os outros agentes ficaram boquiabertos com a situação.
Após Rey embarcar no avião sem mais contratempos, o policial respirou aliviado. Ele então usou a manga do uniforme para secar o suor que ainda escorria de sua testa.
"Ufa, espero não cruzar o caminho do açougueiro do Norte novamente tão cedo", pensou. Apesar do medo, ele sentia um misto de orgulho por ter conhecido pessoalmente aquele homem que se tornou uma lenda. Muita gente sonhava em ver o rosto do lendário Comandante, e ele teve essa oportunidade. Ele poderia se gabar para seus netos de que um dia escoltou o Deus da Guerra até o avião. Pena que o momento não foi dos melhores.
"Chefe, quem era aquele homem? Por que o senhor estava tão nervoso?", perguntou um de seus subordinados, curioso.
"Fique quieto! Não pergunte o que não lhe diz respeito. E lembre-se: boca fechada!", ordenou o chefe de polícia.
"Sim, senhor!", respondeu o subordinado.
"O que vocês viram aqui?", perguntou o chefe, insistindo no assunto.
"Entrou poeira nos meus olhos, chefe. Não vi nada. Não foi, pessoal?", respondeu o subordinado, olhando para os colegas.
"Isso aí, chefe. Entrou um pedregulho nos nossos olhos. Ficamos cegos por um instante. Não vimos nada", responderam os outros em uníssono.
"Ótimo, voltem ao trabalho!", ordenou o chefe de polícia.
Enquanto o avião de Rey decolava, o chefe de polícia entrava em seu carro e deixava o aeroporto do Norte para trás.
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Atualizado até capítulo 236
Comments
Gelcinete J. Rebouças
Kkkkkkk, quase o chefe de polícia teve um “treco”
2025-02-09
0
Rubia Freitas
se borrou todinho kkkkk
2025-03-11
0