Rey saiu calmamente do Hotel Pasifik, em direção às ruas movimentadas e cheias de visitantes.
De vez em quando, ele franzia a testa, sentindo que, desde que havia deixado o hotel, uma aura fraca tentava segui-lo. Ele não a considerava uma ameaça, mas, no fundo, estava curioso para saber quem o estava seguindo.
Assim que chegou a um lugar mais tranquilo, Rey parou e ordenou: "Mostre-se!"
Momentos depois, uma figura esguia usando um vestido curto e meias pretas que envolviam suas pernas longas apareceu, caminhando em direção a ele.
"Saudações, Rei do Norte", disse a bela mulher, curvando-se ligeiramente, revelando parte de seus seios fartos e pálidos.
Rey desviou o olhar para o lado e perguntou friamente: "Deusa da Morte. Explique por que você está me seguindo!"
"Respondendo ao senhor, Rei do Norte, fui enviada pelo príncipe para informá-lo que o Imperador o convida para o palácio. Quanto aos detalhes, o senhor poderá discuti-los pessoalmente com o Imperador", respondeu uma das duas Deusas da Morte, com uma postura aparentemente respeitosa.
No entanto, Rey sabia que a Deusa da Morte estava apenas o testando. Mesmo em seu tom de voz excessivamente respeitoso, havia um toque de superioridade.
Rey franziu a testa. Num instante, sua silhueta brilhou, e ele apareceu diante da mulher.
A mulher engasgou quando sentiu uma mão forte apertar seu pescoço. "Responda! É assim que o príncipe envia mensagens agora? Por a guerra ter acabado, não mereço mais respeito? Me seguindo como uma ladra! Que audácia para com o meu título de Supremo Comandante, o temido Carniceiro do Norte! Será que passar muito tempo no palácio a fez pensar que está acima de mim? Diga-me, de que lado você está? Do lado do príncipe ou do príncipe herdeiro?"
"Imploro por sua misericórdia, Rei do Norte! Por favor, não se ire! Estou do seu lado, juro! Por favor, tenha piedade!", a mulher implorou, sem fôlego, enquanto tentava explicar-se ao jovem comandante, conhecido por seu temperamento explosivo. Talvez por estar acostumado ao campo de batalha, sua natureza era agir de forma direta, sem rodeios.
A mulher não era fraca, mas era incapaz de resistir a Rey. Ela percebeu naquele momento que o poder de Rey era como o céu e a terra comparado ao dela.
Lentamente, Rey afrouxou o aperto. "Não me espione! Isso é uma ofensa para mim. Você acha que meu título foi conquistado com mentiras e palavras vazias? O Carniceiro do Norte não é um nome qualquer. Não me provoque! Seja grata por estar viva!"
Rey a empurrou, derrubando-a no chão.
Ele sabia que muitos no palácio o subestimavam. Por isso, eles tentavam constantemente testar suas habilidades. No entanto, para Rey, esta Deusa da Morte não era nada além de uma formiga. Ela tinha sorte. Se isso tivesse acontecido três meses atrás, ela já estaria morta.
"Meu senhor, Rei do Norte, por favor, perdoe minha insolência! Mas sua identidade é extremamente sensível, e não ousei entregar a mensagem do príncipe abertamente. Como o senhor sabe, existem muitos agentes e espiões inimigos infiltrados no império, e é difícil eliminá-los completamente. Apesar do tratado de paz e cessar-fogo, o senhor sabe que as alianças de alguns países ainda não desviaram totalmente seus olhos de Erosia. Por favor, perdoe minha conduta anterior", explicou a Deusa da Morte.
Reconhecendo a verdade em suas palavras, Rey se aproximou dela e estendeu a mão para ajudá-la a se levantar.
"Você está bem? Se estiver com dor, onde dói?", perguntou Rey, puxando-a para cima.
A mudança repentina a deixou atordoada. Um momento ele estava furioso, quase a fazendo ter um ataque cardíaco, e no momento seguinte ele estava sendo gentil e atencioso, quase derretendo seu coração. Que tipo de personalidade era essa?
"Por que você está em silêncio?", perguntou Rey, vendo-a parada com um olhar vazio.
"E-eu... estou bem. Estou bem, meu senhor...", ela gaguejou, então escondeu o rosto, olhando para baixo.
"Diga ao príncipe que visitarei o palácio em três dias. Agora pode ir!", Rey fez um gesto de desprezo com a mão, como se estivesse espantando um mosquito. Ele queria ir mais cedo para encontrar o Imperador, mas em dois dias ele havia prometido ao Sr. Marlon que realizaria sua primeira reunião com todos os gerentes de filial e alguns executivos da empresa para se apresentar como o novo proprietário. Ele não tinha ideia de como seria a reunião. Se todos cooperariam ou se seriam parasitas apenas sugando os lucros da empresa. Se houvesse algum deles, ele não hesitaria em eliminá-los, mesmo que isso ameaçasse a estabilidade da empresa. Para que ter uma empresa? Para ele, era apenas uma fachada. Ele nunca seria pobre, mesmo se não trabalhasse um dia em sua vida. Ele não tinha talento para negócios. Ele preferia carregar um RPG do que uma caneta.
Sem querer ser dispensada novamente, a mulher desapareceu da vista de Rey sem deixar vestígios. Ela nunca mais provocaria a ira do Carniceiro do Norte. Do contrário, ela não saberia que tipo de morte a aguardava. Embora ela e sua irmã fossem ferramentas descartáveis do príncipe, quem em sã consciência desejaria a morte?
"Vocês que estão no palácio, estão muito confortáveis. Temo que haja muitos traidores entre vocês. O Imperador e o príncipe estão cercados por inimigos. Deusas da Morte... Não sei de que lado estão, mas uma coisa é certa: se estiverem contra mim, não hesitarei em mandá-las para o inferno", ele pensou, enquanto se afastava. Sua aparência inocente e comportamento desajeitado enganavam aqueles que não sabiam que, por trás da fachada, havia um tigre pronto para atacar.
"Hmmm, esse estilo não é tão ruim. Pelo menos posso esconder bem minha verdadeira natureza. De repente, sinto falta de ser intimidado, humilhado, desprezado... Haha, que ridículo! Mas talvez seja interessante... Só para ter uma nova experiência", Rey riu para si mesmo como um louco. Ele ria de sua própria ideia absurda. Mas o que mais ele poderia fazer? Sua identidade era muito sensível. Como protetor do império, ele era temido por seus inimigos, mas também havia aqueles que o matariam se tivessem a chance. Sua morte significaria a queda de Erosia. Seus inimigos até tinham um ditado: "Enquanto o Carniceiro do Norte viver, o Império estará a salvo, mesmo sem um Imperador".
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Atualizado até capítulo 236
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Samy Oliveira
/Kiss/
2025-03-31
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