Capítulo 8

Chego no meu trabalho e logo dou de cara com a megera da Júlia, garota chata, arrogante que acha que é a chefe.

Júlia- Atrasada de novo queridinha?

Dara- Não enche Júlia!

Júlia- O Carlos está te esperando na sala dele, acho que alguém vai para o olho da rua hoje.

Ela diz e sai toda feliz, essa é a terceira vez em dois meses que eu me atraso para o trabalho. Aí meu Deus me ajuda, eu não posso ser mandada embora.

Dara- Senhor Carlos, com licença, mandou me chamar?

Digo, parada na porta da sua sala

Carlos- Sim, entre por favor Dara e sente-se!

Ele diz fazendo menção para a cadeira logo à sua frente.

Carlos- Dara, essa já é a terceira vez que você chega atrasada e eu infelizmente não posso tolerar tamanha falta de compromisso.

Dara- Mais...

Ele me interrompe antes que eu possa me explicar

Carlos- Olha Dara, eu gosto muito de você de verdade, mas aqui temos regras e sem contar que os outros funcionários falam, eu não quero que digam que estou te tratando com favoritismo.

Dara- E nem eu quero isso senhor!

Encerramos a nossa conversa e eu saio da sala e é muito visível o meu descontentamento ao final dessa vez eu não tive culpa. Carlos é uma boa pessoa, inclusive muito correto, não julgo por sua posição, eu preciso ficar mais atenta, afinal minha mãe depende de mim.

Júlia- Então queridinha já está indo arrumar suas coisas?

Dara- Pode tirar esse sorriso sínico do rosto, eu não fui demitida e nem pretendo ser, e se você está tão incomodada com a minha presença aqui porque você não pede demissão então? Queridinha

Falo e posso notar o seu olhar furioso, eu nunca havia enfrentado alguém dessa forma, minha mãe sempre me ensinou que devemos ser gentis, mas eu aprendi que aqui na cidade grande se você for gentil de mais com algumas pessoas, elas pisam em você. Como aquele idiota mais cedo insinuando que eu me joguei na frente do seu carro por interesse! affs

Chego em casa e minha mãe já está dormindo, agradeço por isso, assim ela não me vê andando toda torta pois ainda sinto as dores do impacto e eu não vou precisar explicar, acho que ela ficaria preocupada,fiquei um pouco mais no trabalho na intenção de amenizar a situação, compensar o meu atraso.

No dia seguinte acordo cedo e resolvo sair para caminhar, hoje é sábado, minha folga ainda bem que não vou trabalhar hoje, me sinto exausta como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Ando alguns quilômetros enquanto ouço minhas músicas preferidas nos fones de ouvido. Noto que em algum momento meu cadarço desamarrou então logo me agacho para amarrar, nesse momento sinto um impacto perco o equilíbrio e caio sentada, logo em seguida noto alguém me entendendo a mão (não é possível💭)penso.