Capítulo 3 " BANHO DE CHUVA "

Agora sim, com a oração em dia, onde eu parei mesmo, deixa eu agasalhar-me bem nesse cobertor. Quer saber, vou cobrir a minha cabeça também e ficar no escurinho do edredom. Engraçado quando se é criança não temos medo de nada, eu costumava tomar banho de chuva e era um momento maravilhoso, nós corríamos em baixo das gotas da chuva que caia forte sobre nossas cabeças até estarmos completamente molhados e as nossas roupas ficarem ensopadas e nós felizes da vida com aquele riso gostoso no rosto. Lembro até que na casa de vovó tinha um cano aberto que desviava a água das goteiras da parte do fundo da casa para um imenso tanque. Era direto da telha pra bica e da bica pro tanque. Assim chamávamos o cano que conduzia a água de " bica".

A água jorrava forte nesse local e eu colocava a minha cabeça em baixo era uma sensação incrível, pergunte se eu sentia frio naquele momento, nenhum! Hoje em dia eu tenho pavor de me molhar penso logo na gripe ou em estragar o meu cabelo a minha roupa o meu calçado enfim! Mudamos muito com o tempo isso é certo. Na fase adulta quando ousamos tomar banho de chuva é para esconder as nossas lágrimas naqueles momentos em quer o chão por (N) motivos nos falta. Como se ela a chuva tivesse o poder de limpar a nossa alma sufocada pela dor dilacerante que nos toma por completo em determinados momentos, aqueles mais dolorosos. E a mesma chuva que blindava os nossos momentos alegres da infância sem preocupações que se torna a testemunha e companheira da nossa dor na fase adulta, dependendo da situação.

A chuva continua chuva, nós é que mudamos.

Deixa eu voltar ao passado.

Onde eu parei 💭💭💭💭💭💭 Hummm!!!

— Luísa vêm cá. Anda garota larga esse caderno. Rápido, tá! quase na hora da vó Lurdes ir embora. Vêm, não fica ai parada garota.

— O que você quer Caleb - olhei torto pra ele porque não estava gostando do jeito dele. Fala logo! Ainda tenho que terminar a equação! Fala já estou de pé. O que houve senhor Caleb? Que cara estranha é essa?

Eu não esperava era que Caleb me puxasse forte pelo braço e me empurasse na parede. No início eu não podia acreditar. Caleb estava fazendo igual os mocinhos das novelas. Me empurrava cada vez mais forte contra o muro que eu não sei como, ele não desabou de vez. Chamando a atenção de nossas avós para nós dois e eu com certeza tomaria uma bela de uma surra seguida de um sermão daqueles da minha avozinha. Quero nem pensar na vergonha que seria. Imagine!

Eu continue parada, feito uma estátua sem acreditar no que estava acontecendo e ele bem continuava beijando o meu pescoço insistentemente até que pegou o meu queixo e tocou os meus lábios com os dele de uma forma bruta e desajeitada. Eu permaneci imóvel de boca fechada não dei moral não, até que senti de repente algo rígido se roçando no pé da minha barriga, me afastei com tudo nesse momento dando um empurrão em Caleb e peguei os meus livros e caderno, e saí correndo dali em disparada pra casa nem esperei por vovó. Tampouco respondi aos seus acenos e gritos.

- Oh! Luísa filha me espera menina! O que houve? Que pressa é essa? Oxente! Mais esses jovens viu.

Estava confusa decepcionada e assustada. E com raiva muita raiva, na minha cabeça aquilo era um absurdo pra uma menina de doze anos. Sempre certinha desde sempre! Me senti muito mal com o que tinha acontecido entre a gente. Eu não esperava isso dele. Como ele tinha sido capaz de fazer semelhante barbaridade pensava eu com a minha maturidade exacerbada para uma pré-adolescente.

No dia seguinte pensei em não acompanhar a minha vó a casa da dona Firmina, mais logo pensei melhor e vi que queria mesmo era confrontar Caleb e o olhar olho no olho e dizer umas boas verdades. Ele tinha que me ouvi e me explicar o porque daquela situação ter acontecido e mesmo não tendo nunhum justificativa para o que ele tinha feito. Queria ouvi-lo, pois ele era o cuplado, Caleb estava estragando a nossa amizade e mandado a minha inocência pro ralo por nada. Isso não entrava na minha cabeça. Me questionava porque chegar assim me agarrando sem pedir permissão de forma tão grosseira. Não tinha outro remédio a não ser confronta-lo cara a cara. E assim o fiz. Fui até ele! Mais o que eu não esperava era o desfecho da nossa conversa.

...Ah!!!! Caleb, Caleb....

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💡Meus leitores e leitoras, quem de vocês ai já tomou banho de chuva? Foi bom igual ao banho de criança ou foi daqueles de adulto?Deixa nos comentários o seu relato👇😉

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Comments

Edinalva Batista

Edinalva Batista

eu tomava quando criança estávamos na rua e a chuva nós pegava desprevenido fazíamos ma algazarra kkkk

2024-06-13

1

Anny

Anny

Já tomei sim banho de chuva quando criança :)

2024-04-25

1

Anny

Anny

Mais Luísa mais mais kkkkkkk

2024-04-25

1

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