Vinícius
Eu simplesmente estou na melhor época da minha vida. A faculdade é lotada de festas e eu fico com todas as universitárias que consigo. Sendo maior de idade eu já estou indo sem pensar duas vezes.
Antes dos meus 18 era mais fácil, todas as menininhas faziam de tudo pelo filhinho querido da professora Fernanda, mas depois passou a ser perigoso demais. Então resolvi escutar a minha mãe e parar de me encontrar com as meninas do ensino médio. Cá entre nós foi uma boa escolha, universitárias são mais experientes e não preciso ficar ensinando nada, sempre sabem o que fazer e fazem bem feito.
Minha mãe se preocupa de que eu acabe virando pai e fazendo igual ao meu. Mas eu não sou tão irresponsável assim, camisinha tá aí pra isso. Sempre ando com elas pra que eu não tenha desculpas, e nem IST's.
Chego na escola pra falar com a minha mãe e eu sei que arranco belos olharem em minha direção, é uma pena não poder saciar a vontade dessas meninas. Mas tudo é questão de tempo.
Fernanda: Oi Vini, como foi a faculdade hoje?
Vinícius: "Vinícius" mãe, odeio que me chamem assim e você sabe.
Fernanda: Carrego 9 meses pra no final ser tratada assim. O que isso tem de demais? Só estou sendo carinhosa...
Vinícius: Deixo me chamar de Vini se durante uma semana eu puder voltar a ser menor de idade.
Fernanda: Tava demorando... o que você veio fazer aqui?
Vinícius: Adivinha mamãe...
Fernanda: Quer minhas chaves de novo?
Vinícius: Se não for muito pra você.
Fernanda: O chaveiro já deve ter umas 5 dessas guardadas pra você.
Vinícius: Deixa de ser exagerada. Vou indo.
Dou um beijo em sua testa e me viro pra ir embora, noto que maioria das meninas me encaravam, e faço uma cara de cínico, nada preocupado pra sair dali sem que ninguém tente falar comigo ainda mais na frente da minha mãe.
Eu vivia perdendo minhas chaves e tinha sorte da escola ser tão perto da minha casa pra sempre passar aqui e pegar as chaves da minha mãe. Ela não é muito a favor das minhas visitas a escola, sabe que eu não sou nenhum santo e que por mais que eu tente ficar longe, mulher é meu ponto fraco.
Já não faço nem ideia de quantas mulheres da universidade ou da escola que minha mãe trabalha eu já fiquei, sei que são muitas e eu não tenho intenção nenhuma de parar.
Algumas pessoas pensam que eu namorei e fui magoado e por isso eu não me comprometo a ninguém, mas isso nunca aconteceu. Eu simplesmente sei que é melhor não me apegar a ninguém e então eu continuo levando a vida sem problemas e sem dor de cabeça.
Depois de atravessar o refeitório cheio de mesas, saio pelo corredor da escola, tiro os fones do bolso e abaixo a cabeça pra conectar eles ao bluetooth do meu celular, mas acabo não me atentando a uma garota na minha frente e acabo esbarrando nela.
Parecia cena de filme, milhares de folhas voaram pra cima e em milésimos de segundos todas elas estavam no chão, a garota de abaixa no mesmo instante pra recolher.
Garota: Você não olha por onde anda?
Ela fala com a voz alterada, visivelmente estressada.
Vinícius: E você, também não?
Garota: Eu estava de costas!!! Você é um...
Ela para de falar assim que ergue a cabeça e vê quem sou eu.
Vinícius: Sou o que?
Garota: Vinícius...
Vinícius: E você é a?
Garota: Eu, é... Eu tenho que ir.
Alguns papéis ficaram no chão, pego todos enquanto estou rindo e entrego pra uma menina que estava só nos observando.
Vinícius: Gatinha, você pode entregar pra ela depois?
Garota 2: Meu nome é Ana Luísa e não, eu não posso.
Ela diz enquanto me empurra de volta os papéis.
Vinícius: E eu posso saber o porquê?
Dou um sorriso de canto enquanto encaro-a no fundo dos olhos.
Ana Luísa: Isso costuma funcionar?
Ela começa a rir e se vira, andando pelo corredor rumo as salas de aula.
Só o que me faltava, paguei de otário e ainda sobrei com uma dúzia de papéis. Olha que ótimo dia senhor Vinícius, um verdadeiro e ótimo dia.
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Atualizado até capítulo 100
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