No local da entrega, eu e dois mercenários contratados pelo senhor Marco aguardávamos. O cliente fantasma estava atrasado, e minha paciência estava esgotada. Ao pegar meu celular para ligar para o senhor Marco, uma frota de cinco carros apareceu no porto.
Rapidamente, nós três saímos de nossos carros, armados até os dentes. Cada um de nós empunhava uma MP5 Heckler & Koch e uma pistola Taurus G2C calibre 9mm na cintura, prontos para qualquer coisa.
Os capangas do cliente fantasma emergiram de seus carros, armados com submetralhadoras Uzi M11, vestidos de preto e com expressões ameaçadoras. Silêncio absoluto. Então, um homem imponente, careca, barba ruiva e vestido de branco, saiu de um dos carros com um sorriso enigmático.
Ruivo: "Boa noite, cavalheiro. Sou Ruivo, negociante do senhor M esta noite!" Ele fez uma reverência, contrastando com a hostilidade dos capangas.
Eu: "Trouxe os carros. Onde está o dinheiro?" Minha impaciência era evidente.
Ruivo: "Grosseria, senhor! Não vai se apresentar?" Seu sorriso malicioso contrastava com minha seriedade.
Eu: "Prefiro tratar de negócios. Vamos direto ao ponto."
Ruivo: "Ok, ok! Vamos aos negócios, senhor. Poucas palavras!" Ele ri, abandonando a formalidade.
Eu: "Mostre o dinheiro e eu mostrarei o estofamento de luxo dos carros!" Meu olhar era firme, sabendo que o "estofamento" escondia a droga Zoom.
Ruivo: "Você é um jovem ousado, não é?" Seu sorriso revelava admiração.
Com um gesto elegante, Ruivo ergueu a mão esquerda e fez um sinal discreto para um de seus homens. O capanga se aproximou do carro e retirou um notebook do porta-malas, entregando-o a Ruivo.
Ruivo: "Muito bem, garoto! Mostre-me o estofamento luxuoso e farei a transferência agora mesmo!"
Com um aceno, ordenei aos mercenários que baixassem suas armas. Em seguida, abri um dos carros premiados, liberando o zíper lateral de um dos bancos traseiros.
Ruivo: "Ah!" Seus olhos brilharam de excitação ao ver os pacotes com os comprimidos coloridos da droga Zoom.
Ruivo: "Seu chefe é homem de palavra, mas quero certeza de que o estofamento é de couro legítimo." Seu sorriso malicioso revelava desconfiança.
Eu sabia que essa era uma condição comum em negociações de drogas, então permiti que Ruivo retirasse um comprimido de Zoom e desse a um de seus capangas.
"Prova", Ruivo ordenou.
O capanga ingeriu o comprimido e, em instantes, o efeito do Zoom se manifestou. O capanga cambaleou, perdendo o controle.
Ruivo sorriu, satisfeito. "Muito bem, garoto. O produto é autêntico."
Ruivo: "Negócio fechado!"
Com um clique no computador, a transferência do dinheiro foi concluída. Eu entreguei as chaves dos carros, cumprindo minha parte do acordo.
Eu: "Faça bom proveito."
Mas Ruivo não parecia satisfeito em encerrar a transação.
Ruivo: "Espera um pouco, ainda não acabamos!" Seu tom de voz mudou, revelando uma ameaça subjacente.
Eu me virei lentamente, preparado para reagir, mas foi tarde demais. Um tiro no ombro me derrubou no chão.
Instintivamente, rolei para debaixo do carro enquanto os mercenários eram metralhados. Eles conseguiram levar dois capangas com eles.
Ruivo gargalhou, revelando seu verdadeiro intento.
Ruivo: "Senhor M disse que você lhe custou muito dinheiro. Então, ele comprou sua vida. Pagou bem ao senhor Marco por isso!"
Sua risada ecoou, enquanto eu jazia sangrando sob o carro.
Eu: "Filho da puta, isso é mentira!"
Furioso, eu rolei para o outro lado do carro, me levantei rapidamente e disparei contra Ruivo. Mas ele era rápido demais.
Ruivo se abaixou no último segundo e deu uma cambalhota para frente, se protegendo na lateral do carro.
Ruivo: "Você pensou que vitórias consecutivas no submundo deixariam os poderosos satisfeitos? Deixe-me explicar: quem ganha demais gera pouco dinheiro. Você precisava perder, mas se recusou, seu verme!"
Seu discurso revelava o verdadeiro motivo por trás da traição: eu havia recusado propostas para perder lutas e garantir lucros maiores, priorizando minha honra acima de tudo.
Eu: "Desgraçado, vai se foder!!!"
Enquanto os capangas de Ruivo me bombardeavam com tiros, eu me mantive protegido atrás do carro.
Ruivo: "Acabou, garoto!"
Quando eu menos esperava, Ruivo apareceu ao meu lado, um revólver calibre 38 cano curto cromado apontado para minha cabeça.
Eu: "Vai pro inferno!!!"
Eu larguei a MP5 e rapidamente puxei a pistola da minha cintura. Ruivo tentou me executar com um tiro na cabeça, mas consegui reagir a tempo.
Com um movimento rápido, em um piscar de olhos eu apontei e disparei. O tiro atingiu o rosto de Ruivo, envolvendo-o em uma explosão de sangue.
Enfurecido e agonizante, Ruivo descarregou o revólver em meu peito, crivando-me de balas enquanto eu jazia no chão.
Convencido de que me havia matado, Ruivo chamou seus capangas. Eles rapidamente carregaram os carros e evacuaram o local, deixando-me para trás.
Eu jazia no chão, sangrando profusamente, meu corpo insensível à dor. Mas, contra todas as expectativas, ainda estava vivo.
Quando a esperança parecia perdida, uma figura misteriosa emergiu das sombras. Uma mulher, com uma voz suave e ao mesmo tempo firme, se aproximou de mim.
"Mas que merda, eles acabaram com você, não foi mesmo, Yoshiro?" Sua voz era uma mistura de surpresa e preocupação.
Tentei responder, mas minha voz foi abafada pelo sangue que enchia minha garganta. Eu estava engasgando, meus pulmões se esvaziando.
A mulher se abaixou ao meu lado, seu rosto determinado. Com movimentos rápidos e precisos, ela retirou uma seringa do bolso e injetou um líquido transparente no meu peito.
A mulher misteriosa olhou para mim com uma expressão séria. "Este soro vai mantê-lo vivo até chegarmos à sua casa, mas lá, caberá ao seu melhor amigo tomar a decisão mais difícil."
Ela fez uma pausa, sua voz baixando. "Não é direito meu decidir se você vive ou morre. Mas há algo mais: a única maneira de salvá-lo é transformando completamente sua vida... e seu corpo."
Após a injeção, um estranho alívio tomou conta do meu corpo. Embora ainda impossibilitado de me mover, senti uma leveza inesperada.
O sangramento havia parado, e minha mente, antes turva, agora estava clara. Um pensamento predominava: "Por favor, Yuri, não seja idiota. Não me deixe morrer agora."
Uma ameaça silenciosa ecoou em minha cabeça: "Se ele me deixar partir, juro que voltarei para assombrar aquele imbecil."
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Atualizado até capítulo 35
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