Eu e Kanaya somos amigos há bastante tempo, desde que estávamos no ensino médio. A primeira vez que nos encontramos foi quando a vi parada, imóvel em frente à máquina de venda automática da escola.
Naquele momento, pensei comigo mesmo: ela não sabe como usar a máquina de venda automática? Estaria ela confusa sobre qual bebida escolher? Ou não tinha trocado para fazer a compra?
Eu não era do tipo que se mistura facilmente com os colegas na escola. Sempre me mantive fechado para todos, a ponto de ninguém saber onde moro ou qual a minha situação econômica. As pessoas só conheciam meu nome, Berryl, o eterno detentor do título de campeão de notas que ninguém conseguia derrubar na minha escola.
Talvez por ser tão reservado, as pessoas hesitavam em se aproximar. Eu também ficava excessivamente nervoso, até para simplesmente cumprimentar alguém primeiro. No entanto, naquele dia, não sei de onde veio a coragem que me fez caminhar até aquela garota bonita e cumprimentá-la.
"Oi ...." Eu a cumprimentei amigavelmente.
"Oi ... Pode ir primeiro ...!" Kanaya sorriu para mim, sugerindo que eu usasse a máquina primeiro.
Eu comprei duas bebidas e ofereci uma a ela com um sorriso caloroso. "Isso é para você. Prazer, meu nome é Berryl."
Por um momento, observei seu rosto se contorcer em irritação enquanto olhava para a lata de bebida que eu ofereci.
*Sera que fui indelicado?* Eu pensei. Mas me senti aliviado quando ela sorriu de novo e me agradeceu.
Desde aquele encontro acidental, eu e Kanaya começamos a nos ver mais vezes. Trocamos números de telefone apenas para falar sobre trabalhos de casa. Um exemplo era o projeto da revista da escola e o clube que eu participava. Acontece que Kanaya também fazia parte do mesmo clube que eu.
Nosso relacionamento ficou cada vez mais próximo. Para qualquer lugar que eu fosse, Kanaya sempre estava comigo. Dos boatos que eu ouvi, Kanaya vinha de uma família rica. Mesmo assim, meus pais não reconheciam quem eram seus pais quando eu mencionava seu nome.
Kanaya frequentemente comprava itens de casal de marcas famosas para nos presentear. Nós dois sempre usávamos pulseiras, anéis, chapéus e bolsas da mesma marca. Embora eu soubesse que a qualidade dos itens que ela me dava era diferente da qualidade dos dela, eu sabia que todos os produtos que Kanaya comprava eram falsificados. A única diferença é que os dela eram de falsificação de alta qualidade, enquanto os meus eram feitos com material barato e se deterioravam rapidamente. Mas eu não ligava para isso, ter uma amiga que sempre se lembrava do meu nome já era muito satisfatório.
Eu estava até disposto a compartilhar qualquer coisa com minha primeira amiga. Por exemplo, quando Kanaya pegou emprestado um anel de uma marca famosa que valia dezenas de milhares e simplesmente o perdeu. Eu não me importava, mesmo que isso sempre acontecesse repetidamente.
Também notei que Kanaya às vezes era obcecada pelas minhas coisas pessoais, que obviamente não eram de marcas baratas. Antes de pedir emprestado, Kanaya sempre perguntava de onde eu tinha conseguido tais itens caros. E eu sempre dava a mesma desculpa, dizendo que foram presentes do meu tio e da minha tia.
Na verdade, eu comprei com o meu próprio dinheiro. Ah não, para ser mais exato, com o dinheiro dos meus pais que nunca acabaria por gerações.
Sim, eu sou Berryl. A criança que nasceu rica, filho de Bastian e Sherly, importantes empresários deste país, mas que sempre escolheu viver de forma independente.
Passei meus dias de escola com Kanaya e isso foi muito divertido, pois ela era a única pessoa que queria ser minha amiga. Pensando bem, desde que me tornei amigo de Kanaya, comecei a ter muitos inimigos na escola. Muitas pessoas de repente começaram a me odiar, e não hesitavam em me intimidar em grupo. Isso também tem a ver com Kanaya?
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
"Ryl ...!" Renata bateu no meu rosto, me trazendo de volta da minha longa reflexão.
"Você está bem?" Renata colocou as costas da mão na minha testa.
"Só um pouco abalado, mas nada grave wirrr!" respondi de forma descontraída.
"Maldito!" Renata me xingou.
"Sabe, eu sempre desconfiei de Kanaya e Ibnu, Ryl. Eu os peguei juntos uma vez, mas como não havia câmeras naquele lugar, eu não tinha prova concreta. Eu queria te contar antes, mas estava confusa sobre como fazer. Me desculpe, Ryl." Renata me olhou com arrependimento.
"Não estou a fim de te perdoar, Ren. Vou te dar uma estrela, péssimo serviço." Olhei fixamente para Renata.
"Maldito!" Renata me xingou novamente.
Eu ri ao ver sua expressão azeda. "Ei, e a Amella? Pode me ajudar com a injeção."
"Injeção de quê? Não é perigoso?" perguntou Renata, chamando sua irmã.
"Só Vitamina C, Ren." respondi.
"Sim, Ren?" Amella veio para a sala de estar.
Renata me apontou com os dedos e Amella acenou com a cabeça, entendendo.
Amella sentou-se à minha frente. Meus dedos vasculhavam minha bolsa, procurando o frasco e os equipamentos de injeção fornecidos pelo salão de beleza.
"Aqui, Mell." Passei os itens que eu estava procurando para ela.
Amella pegou e leu atentamente o que estava escrito no frasco, olhou para mim franzindo a testa.
"Você tem certeza que quer usar isso?" Amella queria confirmar.
"Claro, eu sempre uso isso. É só Vitamina C," respondi.
"Tem certeza, Mell?" Renata se levantou preocupada.
Amella suspirou profundamente. "Sim, é Vitamina C. Mas não é só isso, contém substâncias químicas ativas chamadas perfluoroalquil e polifluoroalquil, também conhecidas como PFAS. Você sabe pra que serve? É para aumentar o peso rapidamente, ou seja, fazer a pessoa engordar se usado a longo prazo."
Renata e eu nos olhamos, Renata e Amella olharam para o meu corpo.
"De onde você teve a recomendação para essa injeção, Ryl?" perguntou Renata.
"Kanaya," respondi brevemente.
"Maldita seja...! Que plano bem arquitetado!" Renata xingou.
Finalmente, a resposta para a dúvida que me incomodava tanto. Por que meu peso só aumentava mesmo seguindo dieta e fazendo exercícios corretamente?
"Desde o início eu tinha um pressentimento, sabia? Kanaya nunca foi sincera na amizade com você, Ryl. Tipo, quando você olha para ela, ela sorri. Mas quando você não está olhando, parece que ela quer te devorar!" Renata falou fervorosamente.
Eu me afundei no sofá, completamente desolado. Como pôde, minha própria amiga me tratar assim?
*Kanaya! O que fiz para merecer isso*?!
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Edna Aparecida Rodrigues Pereira
Coitada por isso que tá muito gorda a amante estava fazendo isso só para tomar o seu marido
2025-02-09
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Ecleilda Justino
sabia que essa kaiana não era tão boa ...
2025-02-27
0
MARIA RITA ARAUJO
eita que a inveja mata de verdade
2025-02-14
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