Capítulo 05

Aylin desceu a escada da mansão da família, acompanhada por seu pai, enquanto uma mistura de emoções tumultuava seu coração. Ao alcançar o hall de entrada, seu avô Ysuf, com um brilho de satisfação nos olhos, anunciou a surpreendente notícia: Aslan havia pedido a mão dela em casamento, e a família havia aceitado de bom grado. Um silêncio tenso pairou no ar, enquanto todos aguardavam a resposta de Aylin.

Com o coração apertado e sem uma saída aparente, Aylin sentiu-se compelida a aceitar. Era como se todas as opções se fechassem diante dela, e a única escolha possível fosse seguir adiante com esse casamento arranjado. Mesmo que sua mente gritasse por liberdade e autonomia, ela sabia que desafiar a vontade de sua família, especialmente seu avô, seria uma batalha perdida.

Com uma voz trêmula, Aylin murmurou um "sim" relutante, sentindo o peso da decisão se abater sobre seus ombros. Enquanto o olhar de Aslan se fixava nela, ela se perguntava sobre os verdadeiros motivos por trás desse casamento forçado. Mas diante da pressão familiar e da ausência de alternativas, Aylin resignou-se ao destino que parecia ter sido traçado para ela.

Enquanto Aylin aceitava relutantemente o pedido de casamento, Aslan sentia um misto de alívio e triunfo inundar seu ser. Para ele, aquele momento representava a realização de um plano meticulosamente elaborado, uma vingança que ele havia planejado por anos. Enquanto observava Aylin, ele sabia que o próximo capítulo de sua vingança estava prestes a se desenrolar, e nada o deteria agora. Um sorriso sutil curvou seus lábios, enquanto ele ocultava suas verdadeiras intenções por trás de uma máscara de serenidade. O jogo havia começado, e Aslan estava determinado a vencer.

Aslan entregou as alianças a Aylin com um gesto solene, simbolizando o compromisso que estavam prestes a assumir. Enquanto Hazar preparava as alianças, amarrando a fita vermelha em volta delas com cuidado, Aslan e Aylin trocaram olhares carregados de significado, cientes do peso do momento.

Com a fita vermelha amarrada simetricamente nas alianças, Hazar cortou-a no meio, representando o vínculo que se formava entre os dois. O gesto solene e simbólico foi testemunhado por todos na sala, marcando o início de uma nova fase na vida de Aylin e Aslan.

Enquanto o corte da fita ecoava pelo salão, Aslan sentia uma mistura de emoções: a satisfação por estar um passo mais perto de sua vingança e a conscientização crescente do compromisso que acabara de fazer. Aylin era agora sua noiva, e o casamento se aproximava rapidamente. O destino dos dois estava selado, e Aslan estava determinado a seguir adiante com seu plano, custe o que custasse.

Enquanto os parabéns enchiam o salão, Aylin, ainda atordoada com a reviravolta de eventos, se sentou em um canto, perdida em seus pensamentos. Ela refletia sobre o compromisso repentino com Aslan e sobre o que isso significava para o seu futuro.

Enquanto isso, Hazar e seu avô se retiraram para uma conversa discreta sobre o casamento. Hazar expressava sua preocupação com a felicidade e o bem-estar de sua filha, priorizando o que era melhor para Aylin acima de tudo. Seu avô, por sua vez, expressava suas próprias preocupações, mas reconhecia a decisão de Hazar e buscava apoiar a família da melhor maneira possível.

Enquanto Aylin refletia em silêncio, ela se sentia grata por ter um pai como Hazar, cujo principal desejo era sua felicidade. Mesmo que o casamento fosse uma surpresa e uma fonte de ansiedade para ela, sabia que podia confiar no amor e no cuidado de seu pai para guiá-la através desse novo capítulo de sua vida.

Enquanto o salão vibrava com os votos de felicidade, uma sombra de insatisfação pairava sobre o rosto do tio Friquet. Ele se sentia perturbado pela reviravolta dos acontecimentos, pois havia imaginado que seria sua própria filha, não Aylin, no centro das celebrações.

Com um olhar carregado de ressentimento, tio Friquet lutava para esconder sua decepção enquanto observava Aylin assumir o papel de noiva. Para ele, a cena era uma dolorosa lembrança das expectativas que havia alimentado para sua própria filha, agora frustradas pelo destino.

Enquanto os parabéns ressoavam, tio Friquet permanecia em silêncio, lutando com suas emoções conflitantes. Embora desejasse sinceramente felicidade para Aylin, não conseguia evitar o amargor de ter sido privado do momento que imaginara para sua própria família.

Com uma despedida cortês, Aslan se retirou do salão, deixando para trás um rastro de expectativa e apreensão. Enquanto se afastava, sua mente fervilhava com a emoção e a certeza de que seu plano de vingança estava finalmente em movimento. Não havia mais espaço para hesitação; tudo estava agora irrevogavelmente em andamento.

Enquanto se dirigia para fora da mansão, Aslan sentia um misto de excitação e ansiedade. A presença iminente da mulher que o criara, que chegaria no dia seguinte para discutir os preparativos do casamento, apenas aumentava a intensidade de suas emoções. Este era o ponto de não retorno, o momento em que sua vingança se tornaria inevitável.

Com o coração batendo descompassadamente, Aslan acelerou o passo, determinado a enfrentar o que quer que viesse em seu caminho. O destino estava selado, e ele estava pronto para abraçar seu papel no jogo que havia começado. A vingança, agora mais do que nunca, era sua única realidade.

Com o coração pesado e a mente repleta de pensamentos sombrios, Aslan adentrou seu carro e deixou para trás a atmosfera carregada da mansão. Ele dirigiu com determinação, seguindo o caminho que o levaria ao lugar onde seus pais foram enterrados.

Enquanto o carro cortava a noite, Aslan revivia memórias dolorosas do passado, lembranças de uma tragédia que havia moldado sua vida de maneira irrevogável. A cada quilômetro percorrido, a sensação de vazio e raiva que o consumia crescia mais intensa.

Finalmente, ao chegar ao local do enterro, Aslan saiu do carro e ficou em silêncio diante das sepulturas de seus pais. Em meio à escuridão da noite, ele compartilhou seus pensamentos mais profundos, suas esperanças e desejos, suas promessas de vingança.

Por um momento, ele se permitiu mergulhar na dor de sua perda, antes de reacender o fogo da determinação em seu coração. Ele sabia que o caminho que escolhera não seria fácil, mas estava determinado a fazer qualquer coisa para alcançar sua justiça.

Com um último olhar para as sepulturas, Aslan voltou para seu carro, pronto para enfrentar o futuro com coragem e resolução. A vingança o aguardava, e ele estava pronto para enfrentá-la de frente.

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Comments

Simone Victor

Simone Victor

estou morrendo de pena da Aylin

2024-05-29

0

Wellington Elias

Wellington Elias

tadinha ele q fazer ela paga por uma coisa q ela nem culpa tem nossa sei q o livro está finalizando mais espero de vdd q ele n machuque ela

2024-05-28

1

Eliana Santos

Eliana Santos

Nossa será que ele fará ela sofrer por algo que não tem nenhuma culpa, já sinto pena dela

2024-04-04

1

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