Capítulo 5

...Mariah Chase ...

— O que fará comigo…quando eu for com você?

— Eu não gosto muito de falar as coisas que eu penso, eu sou mais de fazer, sabe?

Digo sorrindo e aquilo pareceu ser demais para ele. O jeito que o seu rosto fica vermelho quando está com vergonha é muito satisfatório.

— Arrume as suas coisas, sairemos em dez minutos.

— Dez minutos?! — Perguntou atônito.

— Tenho algumas coisas para organizar, então não se atrase, querido Vincent!

Saí do quarto e fui de encontro com o Vissi, que estava sentado numa cadeira debaixo de uma enorme árvore. O barulho dos animais estava sendo horrível, e por mais que eu não tenha nada para fazer em casa, eu não suporto mais ficar nesse lugar barulhento!

— Conseguiu persuadir ele?

Vissi perguntou e eu concordei com a cabeça. Peguei um cigarro para aliviar o meu estresse, o acendi e depois ofereci um para o Vissi, que negou com a cabeça.

— Você não devia fumar tanto assim, cigarro mata.

— A perigosa aqui sou eu Vissi, e não o cigarro!

Vejo ele estremecer por alguns segundos, então perguntou se eu queria sentar e aceitei. Fiquei ali contando os segundos para ir embora e fugir desse barulho insuportável. A vontade que eu sinto é de amarrar os bicos das aves, para impedir elas de continuarem com esse barulho horrível.

— Como vocês conseguem viver num lugar como esse? E essas aves insuportáveis?! Elas fazem tanto barulho!!— Indago e logo levo as minhas mãos até a minha cabeça.

Vissi sorriu, ele encarou o chão de terra e deu um longo suspiro, antes de falar.

— Você pode achar esse barulho insuportável, mas eu não acho. Nasci e cresci aqui, sou acostumado com todos esses barulhos e garanto Mariah, esse som é canções, e eu prefiro ouvir sons naturais como esses, do que vozes e barulho de carros e motores ligados.

Não disse nada, apenas continuei fumando o meu cigarro, enquanto esperava ansiosamente pela chegada do Vincent, para poder ir embora o mais rápido possível desse lugar.

...(●●●) (●●●)...

Saímos da fazenda mais tarde do que deveríamos. Vincent simplesmente tentou desistir de vir embora comigo, mas eu sendo esperta, delicada e muito gentil, o nocauteei e o joguei de qualquer jeito no banco de trás do passageiro. Eu já estava revoltada porque estava sentindo dores fortes na cabeça, aquele barulho infernal me causou danos nada legais.

A única parte ruim de eu ter o nocauteado, foi que eu precisei abrir as quatros cancelas até finalmente pegar a estrada principal que dava para a cidade. Já era noite e estava chovendo muito, então optei por estacionar ali mesmo e esperar a chuva passar, pois eu não sou tão imprudente assim, dirigir em meio a tempestade é suicídio!

Encarei o Vincent que já estava acordado, mas que estava observando esteticamente pela janela do carro. O que ele tem a final? Vai me ignorar até quando? Respiro fundo e logo uma ideia brilhante vem à minha cabeça. Está frio e eu tenho um homem lindo aqui para me esquentar, então o que eu estou fazendo aqui ainda?!

Tirei o meu sinto, deixei a luz do carro desligada e depois deixei a luz de dentro bem fraca, servindo para iluminar somente os bancos da frente do carro. Passei para o banco de trás e ele encarou-me, depois voltou a sua atenção para a janela do carro novamente.

— Vai me ignorar até quando?

— …

— Vincent…

— Tem como me deixar em paz? Você me tirou do local onde eu cresci e vivi toda a minha adolescência, não é como se eu fosse me acostumar com tudo isso assim, do nada!

Na sua voz tinha rancor, raiva e tristeza. Coloquei a mão no meu peito e senti aquele desconforto novamente. Esse coração filho da puta, por que está reagindo assim? Ele nem pense em se apaixonar por um rostinho bonito. A última vez que isso aconteceu, quem tomou no cu fui eu!

Voltei para o banco da frente e achei melhor deixar ele em paz. Por mais que eu tenha essa casca dura, antes de me tornar a Mariah que sou agora, eu sofri muito com as escolhas erradas que fiz para mim. Peguei um cigarro da minha bolsa, o acendi e abri um pouco a janela do carro, para tomar um ar enquanto fumava o meu cigarro.

Nada está saindo como planejado, mas tudo só indica uma coisa: Eu terei que fazer ele se apaixonar por mim, depois de o usar e me cansar do seu corpo, eu o deixo livre ou então o mato, se caso ele apertar demais a minha mente!

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