Vincent Pelson
Acordo às quatro horas da manhã, escovo os meus dentes, tomo um banho frio para despertar por completo e sigo para fora da pequena casa que eu e o meu tio moramos. A nossa fazenda não é grande, temos vinte cabeças de galinhas, seis de ovelhas e cabras, oito de porcos, cinco de vacas e dois de bois e alguns patos e gansos, que no total são quatro patos e cinco gansos.
Ganhamos dinheiro vendendo ovos, leites e verduras, pois fiz uma pequena plantação nos fundos da fazenda. Não é muita coisa, mas o dinheiro que ganhamos dá para nos sustentar e manter as nossas criações.
Os meus pais morreram afogados no Rio que tem próximo daqui, naquele tempo eu só tinha sete anos, então não foi fácil para uma criança crescer sem os seus pais.
Mas como sempre tive o meu tio Vissi por perto, eu não me sentia tão sozinho e foi ele que me ajudou a crescer são e com saúde. Nunca tive relação com mulheres, por mais que o meu tio forçasse a barra para mim às vezes. Ele sempre dizia para eu não perder tempo, sou bonito e consigo ter a mulher que eu quiser e deveria aproveitar enquanto ainda tenho tempo.
Só que eu não quero uma mulher só para ficar, não me sinto confortável fazendo isso! Diversas mulheres já estiveram aqui com o intuito de ficar comigo, mas eu sempre fugia e devido as minhas fugas, saiu o rumor do “sobrinho gay” do Vissi. Eu não sou gay, apenas não encontrei a mulher certa ainda…é apenas isso…
Respirei fundo e fui para a cozinha que tínhamos do lado esquerdo da casa. Acendi o fogo e coloquei a água do café, depois peguei uma garrafa de leite dentro da geladeira e coloquei para ferver. Fritei alguns ovos e bacon para o café da manhã. o meu tio gosta bastante de ovo, por isso frito em torno de oito por dia.
Arrumei a mesa e logo os cachorros chegaram para comer, brinquei com alguns e coloquei o leite com ração para eles. Quando deu quatro e quarenta da manhã, o meu tio apareceu. Ele me cumprimentou e sentou-se para comer. Fiz o mesmo e comemos enquanto falávamos o que cada um iria fazer hoje. Depois deixei ele lavando a louça, fui buscar as vacas para tirar o leite e cinco e trinta e oito, eu já estava tirando o leite das cabras e das ovelhas.
Hoje tinha rendido muito leite, coloquei tudo no pote e o meu tio saiu para vender o leite e os ovos. Enquanto isso, eu ficaria fazendo a colheita das verduras, para depois ir vender na cidade. Aqui a vida era corrida, mas por eu estar tão acostumado, eu não me sinto tão cansado como antes.
Enquanto eu guiava as cabras e ovelhas para o pasto, comecei a ter lembranças estranhas de pessoas que eu nunca vi ou conheci. Tudo começou a dois dias atrás, eu tive um sonho muito…como eu posso dizer? Quente? Ousado? Picante? Erótico? Não tenho uma palavra certa para descrever esse sonho, só sei que ele me fez sentir coisas que eu nunca havia sentido antes.
No sonho, eu estava amando uma bela mulher. Tudo parecia muito real. Quando eu tocava na sua face, eu sentia o meu coração palpitar. O jeito que eu fazia amor com ela era surreal, simplesmente incrível! Naquela noite eu acordei suado e com o corpo quente, quando acendi a luz do quarto para ter certeza que aquilo não passou de um sonho, eu notei que entre as minhas pernas, o meu pau estava ereto e pulsava fortemente.
Por eu não usar nada além de um short, eu podia notar que eu estava no ápice do meu prazer, pelo tamanho que ele estava…Após aquela noite, eu passei a acordar todas as madrugadas de pau duro, mas que após um banho frio, eu podia voltar a dormir tranquilamente.
Enquanto isso, na mansão dos Chase…
— Sente-se, Vissi.
Mariah falou, enquanto acendia um cigarro. Vissi estava confuso, pois foi levado para aquela enorme mansão luxuosa sem mais e nem menos. Ele encarou a bela mulher na sua frente, engoliu em seco e sentou-se.
— O que querem comigo? — Ele perguntou apreensivo.
Mariah apenas deu uma forte tragada no seu cigarro, ela sorriu e soltou a fumaça na direção dele, o fazendo tossir por alguns segundos. Em seguida, ela apagou o cigarro, o jogou no lixo e pegou um doce numa vasilha que tinha em cima da mesa. Ela sabia que aquela demora toda estava causando medo e apreensão no Vissi, por este motivo estava sendo lenta nas suas ações.
Ela parou para analisar aquele belo homem na sua frente. Por mais que o seu corpo estivesse queimado pelo sol, ela não podia negar que ele era muito lindo. Ele era o tipo de homem que a deixava louca e tinha certeza que aquelas belas mãos dele, faziam milagres.
Vissi, percebendo o olhar indecente da Mariah sobre o seu corpo, resmungou e então bateu na mesa, chamando a atenção dela para ele de uma vez.
— Eu tenho trabalho a fazer, poderia me contar o real motivo de terem me trazido até aqui?
— Um, você tem algo que eu quero, Vissi. — Falou ela.
— E o que seria? — Perguntou ele.
— O seu sobrinho, o Vincent.
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Atualizado até capítulo 56
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